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29/01/2011

Pagando a licença/emplacamento do carro

Parênteses rápido, quando fui escrever o título fiquei na dúvida como escrevia licença, já que em inglês é license...o my! Estou perdendo o português!

Anyway, tínhamos até o dia 31/01 para renovar o emplacamento do carro, mas fomos logo resolver essa pendenga. Essa taxa pode ser paga pela internet, mas como o carro estava registrado com a carteira internacional, precisávamos ir lá modificar os dados para a carteira daqui (vale dizer que a carteira de motorista daqui tem nosso endereço e toda vez que a gente muda de casa, tem de mudar os dados na carteira). Quando a gente chegou no lugar eu me deparo com uma bunda. Sim, sabe aquela moda que os negros americanos usam a calça embaixo do bumbum? Pois então, mas ele estava usando uma cueca apertada e eu falei para Leo olhar a cena, quando disse isso o moço se abaixou e a cueca preta ficou transparente...pense numa vergonha! Como alguém sai assim na rua, OMG!

Depois da cena, entramos no office e pra nossa sorte, a fila estava minúscula (milagre!), pagamos tudo, mudamos os dados. Aí, a gente recebe da moça um comprovante de pagamento e um adesivo para colar na placa. Esse adesivo é importante, pois mostra quando a taxa deve ser paga novamente (no nosso caso, janeiro de 2012). O mais interessante é que esse adesivo é super simples, não tem marca d'água, facilmente copiável.

(nessa placa o 'JUL' e o '2009' são adesivos, o 'JUL' você recebe uma única vez, quando paga pela primeira vez, o adesivo do ano que vai trocando).

Já vimos um carro com placa vencida em novembro, mas se a polícia pega é multa. Aqui tem policial em tudo que é canto. Inclusive, quando estávamos na fila, tinha uma mulher (americana viu?) dizendo que a placa dela tinha vencido e que uma policial tinha dado várias multas, cada dia que ela sai, a policial multava, até que a policial disse pra ela que iria multar todos os dias até ela renovar a placa. A mulher tentou dar uma de esperta justificando que tinha acabado de mudar, que estava cuidando da mãe doente, mas teve que pagar o emplacamento e mais as multas que recebeu. Porque aqui não tem jeitinho certo.

27/01/2011

Aniversário

(esse bolo foi feito por Licia, muito fofo da parte dela e estava muito gostoso, recheio de beijinho...huuum!)


Ontem foi meu niver. 27 anos...já?! O tempo está voando...Bom, ganhei uma festinha surpresa (na véspera) das amigas. Que coisa mais linda, muito amor mesmo. Tá, eu já sabia da surpresa, mas adorei mesmo assim :). Tinha bolo, brigadeiro, um pastel com goiabada (muito bom!) e muito amor!




Do marido ganhei um passeio de balão que teve que ser adiada por causa da previsão de neve e chuva, resultado, fez um solzão (mas um frio danado, estava uns 2C). Decidimos que o passeio ficará para quando a primavera chegar, porque vai estar quentinho. Então saímos, comprei roupa de verão, de malhar (amanhã começo e não tinha nenhuma roupa), fomos ao cinema, almoçamos num Indiano (que fica na Village on Lorna, que por sua vez fica na Lorna Road, claro!). Gostei do frango que é diferente e do arroz indiano, o resto era extramamente apimentado, Leo ficou fungando e queimou a boca. A sobremesa estava boa também.







Antes do filme começar, ficamos rodando procurando casas, louca pra sair daqui!!! Depois do filme, a temperatura estava super baixa, um frio da zorra, fomos na Panera Bread (amo, amo!) tomar sopinha e aziago cheese (e aqui eu só imagino Sami falando: sopa no aniversário?!). Pra fechar o dia com chave de ouro!


Adorei receber as felicitações por email, facebook e telefone. E o clásico "as 6hs da manhã, há 27 anos atrás, sua mãe estava...", porque esse não pode faltar :).

24/01/2011

Gravidez e visitas ilustres.

Não, eu não estou grávida, mas é que ultimamente este tem sido um assunto recorrente (inclusive nos sonhos e interpretações alheios). Eu até que queria ter um/uma filhinh@, mas as coisas por aqui não estão fáceis e filho só daqui uns anos mesmo. Por enquanto, umas amigas daqui têm me emprestado bonecas sabidas e lindas para eu matar um pouquinho da vontade. Elas ficaram aqui enquanto as mamães estavam fazendo trabalho voluntário ou estudando. Encheram a casa de alegria, dei muita risada com a Sophia e a Sofia. Brincamos, dançamos (as duas adoram dançar!) e foi ruim quando elas foram embora...

Eu fiquei apaixonada quando vi a Sophia com esse tênis pela primeira vez.

Cara de sapeca da pequena Sophia. Muito fofa, muito linda!

Por último, a Sofia brincando e mostrando os dentinhos. Coisa mais linda!

21/01/2011

Carteira de motorista, again!!!

Meu prazo estava acabando, apesar de ter a carteira internacional e dela ter validade de 1 ano, a empresa que faz o seguro do nosso carro estava exigindo que eu e Leo tivéssemos a carteira do Alabama (eu entendo, pois eles precisam ter certeza que estão segurando um carro que os donos entendem as leis e regras do estado- sim, aqui nos EUA cada estado tem leis diferentes). Meu prazo era até fevereiro, mas em dezembro o marido já avisou que eu teria que tirar a carteira em janeiro. Frio na barriga total, mil pesadelos com a policial gorda e grossa. No começo de janeiro já sabia que dia 18 seria o dia. Parei mil vezes para fazer o percurso no juízo, pensei em treinar o que tinha errado, mas acabei nem fazendo, só ontem de noite que marido me ensinou um truque.

Quem me conhece sabe que tenho dificuldade para dirigir, embora eu saiba e ache que até que não sou ruim, o carro é sempre um lugar tenso ainda mais quando carrego gente no carona (e olha que eu nunca bati). Embora eu já esteja dirigindo aqui há um tempinho, estava bem tensa para essa prova, queria adiar, fazer outro dia, mas marido achou melhor eu acabar logo com isso. Ele e minha mãe levantaram mil possibilidades de que eu iria passar, mas eu estava nervosa mesmo.

Gente, funcionário público tem um ritmo próprio, agora imaginem policial fazendo trabalho burocrático...uma super demora (no total foram 3hs, sendo que levei menos de 30 minutos com a policial colocando meus dados no sistema e fazendo o teste de rua, o resto foi na cadeira sentada). A boa notícia foi que a chata mal homorada estava fazendo trabalhos burocráticos e eu não teria o risco de fazer a prova de rua com ela.

A policial que foi fazer o teste de rua comigo era nova, gordinha e baixinha. Ninguém é simpático lá, mas até que gostei dela. Fui fazendo tudo direitinho, até que chegou a parte de dar ré, mas aqui a ré tem de ser dada olhando para trás, como nosso carro é enorme e tem o bumbum grande, não dá pra ver nada, resultado: errei. Pedi para fazer de novo e agora fiz do meu jeito (como o marido tinha sugerido) olhei rápido para trás e depois usei os retrovisores e pronto (afinal, retrovisor é pra isso). Fui indo tranquila, até que a mulher pede para eu virar a direita e eu viro pra esquerda (dislexia miserável!). Na verdade ela pediu para eu entrar na direita onde um caminhão tinha saído (eu entendi isso) que era à esquerda, errei e ela grosseiramente disse que era para eu ter virado à direita, fiz a volta e continuei. Finalmente o teste acabou, foram uns 5 minutos que pra mim duraram 50min. Eu estava meio calma, afinal sei dirigir e aqui eles não pedem nada de difícil (nem baliza!). Aí a gente estacionou o carro e ela começou a falar e eu pensando "minha filha, passei ou perdi?" , só sei que ela disse que eu passei, mandou eu estacionar numa vaga e entrar para pegar a carteira. ÊÊÊÊ!!!! Pensem numa alegria! Fiz 87% no teste de rua, o que é muito bom e nos próximos 5 anos e meio não precisarei mais de teste de rua :). Entrei para pagar e pegar a carteira (a gente já leva uma provisória para casa que é impressa na hora) e claro que o sistema deu pau e eu tive que esperar bastante. Tem problema não, estou muito feliz que consegui vencer isso e que agora posso deixar o passaporte em casa. Agora posso comprar uma carteira americana (aqui, como os documentos são menores, a carteira também é).

20/01/2011

Quero calor!!!!



Esse frio aqui está de matar! Usar casacão, scarf, luvas, botas é legal, mas chega! Enough is enough! Neve, tudo branquinho é bonito por 1 dia ou nas férias, mas pra morar num lugar que fica parado por conta dessa "coisa" branca, é muito chato. E a preguiça de colocar mil roupas e sair, aí você chega no lugar fechado (sim, porque nessa temperatura, lugar aberto é só uma visão) e fica segurando seus casacos.. Cansei, cansei! Sei que a primavera ainda demora, mas espero temperaturas próximas a 10C, que aí sim é bom, gostoso e fica todo mundo feliz: dá para usar botas, casaquinhos, mas ninguém congela de frio. Quero primavera, tudo verdinho outra vez (tá tudo seco com ar de morto), temperaturas amenas. As lojas já estão vendendo tudo de primavera, mas a estação continua fria (as temperaturas estão abaixo de 0C) .

Agora entendi porque quando cheguei aqui no verão, as pessoas iam trabalhar nos escritórios, com chinelo, roupas super informais (e eu achei estranho na época). Agora entendo os milhões de eventos que os americanos marcam no verão: churrasco, piquinique, encontros. Eles celebram cada minuto do calor (que aqui chegou a 40C), curtem até o final. Claro, sabem que depois vai chegar esse tempo chato...por aqui, o céu tem ficado cinza por conta das chuvas, aí que fica tudo pior né? Porque quando está frio, mas o céu está azul, tudo fica convidativo e bonito, mas do jeito que está, tá brabo. Quero calorzinho... (quem duvida que eu vou reclamar do calor insuportável do verão?).

Esses dias eu li em algum blog uma brasileira que mora em algum lugar gelado de verdade (sim, porque aqui nem é tão gelado assim), que ela estava muito "chateada" com os brasileiros que estão reclamando do calor e eu a entendi. Gente, calor não prende você em casa, não tira seu direito de ir e vir, no calor o volume de roupa para lavar é bem menor, de alguma forma, todo mundo fica mais alegre, moreno, fica tudo colorido. Tem festas, eventos, sorvetes e muita alegria. Ah, o verão!

Imagem: google

19/01/2011

morar fora é...

...perder as celebrações das pessoas que amamos.
Sabe, você estava lá quando eles começaram a namorar, quando noivaram, quando foram morar juntos. Ouviu as resenhas de brigas, histórias hilárias, mas no dia do casamento, da comemoração e tal, você não estava presente. Tati (a prima noiva) foi uma fofa, quando estive no Brasil para defender o mestrado, mandou fazer uma cópia do convite do casamento, as pressas, para me entregar (quanto amor!!! Fiquei contente com o carinho).
Minha mãe disse que foi tudo lindo, todo mundo estava arrumado, bonito e que a celebração foi ótima. Disse que a dó-ré-mi esteve presente e que foi tudo muito bom. Fiquei feliz com o casamento e preciso comentar que Nanda e Lari estavam umas princesas de tão lindas (e aí faço uma ressalva de que estou realmente ficando velha...fui visitar Nanda quando ela tinha dias de nascida).
Aí hoje recebi umas fotos de outra prima querida (valeu Ve), do casamento de Tati e do pequeno Adrianinho...coração ficou apertado! Mas estou feliz pelo casamento ter sido lindão.

Ps: o noivo não está na foto, esse daí com a noiva é meu padrinho doidho!

18/01/2011

Quem lê, viaja!

Finalmente depois de uns 2 anos (ou até mais) sem ler livros não-relacionados ao mundo acadêmico, voltei a fazer algo que sempre gostei: ler por prazer, sem obrigação (tipo leitura necessária para uma prova ou aula que você vai ministrar). Gente, ler é muito bom mesmo. Tá que eu escolhi um livro bem relacionado as neurociências e tá que ele está em inglês (nomes científicos numa linguagem popular nem sempre é fácil), mas eu gostei. Ouvi falar desse livro numa aula da pós, acabei encontrando por acaso e resolvi trazer.

My stroke of insight conta a história de uma neurocientista da Harvard que teve um AVE (um derrame) com 35 anos. O livro é inspirador, muito legal mesmo, pois ela conta como se sentiu durante e depois do problema com um olhar científico, mas numa linguagem popular. A intenção é ajudar parentes, pacientes e até mesmo o corpo de saúde que lida com esse tipo de problema. Ela explica de um jeito bem simples e gostoso as funções do cérebro, a necessidade da gente não deixar o hemisfério esquerdo no comando o tempo todo (o superego).

Achei interessante, afinal neurociências é a minha cachaça e assuntos relacionados ao cérebro e a mente são sempre legais. Tá, admito que no final ficou meio auto-ajuda, mas acho que é porque eu estou acostumada a ler artigos e o final não leva tanto tempo. Bom, gostei. E senti mais fortemente que no meu caso não adianta fugir, eu sou neuropsicóloga, neurocientista e sinto uma profunda falta/saudade de estar rodeada desses assuntos "cerebrais".

Comprei outro e vou começar a ler. Vou achar uma biblioteca boa e voltar a ler livros, foi depois dele que sonhei em inglês. Ah, ler em inglês é tão fácil, falar é que é meio "cumplicadu".

17/01/2011

Sobre o preconceito e Martin Luther King

Hoje é feriado aqui nos Eua (não pra residente...), é comemorado o dia de Matin Luther King Jr (gente, se você não conhece esse cara, convido-o a clicar nesse link e entender a história desse guerreiro). Ele foi muito importante e acho que todo mundo já ouviu algo sobre o discurso mais famoso dele, muito bonito. Bom, esse cara nasceu em Atlanta (um dos estados que tem mais negro) e trouxe muitas mudanças pra esse país (em termos de discurso e perspectiva). Como no Brasil que os negros (leia-se escravos) foram "trazidos" da África para trabalhar nas lavouras, no "progresso do país", aqui foi a mesma coisa e com a liberdade, eles tinham "direitos" diferenciados dos brancos até que esse cara aí fez uma revolução e mudou tudo. Naquela época, a região de B'ham foi considerada por ele "a região mais preconceituosa dos EUA". Os escravos daqui foram trazidos, em sua maioria, para a parte Sul do país (acho que é melhor para a agricultura, por conta das temperaturas) e no Norte foram se desenvolvendo as indústrias. Até hoje há um "rumor" por aqui de que o Norte é melhor que o Sul (igual ao Brasil, mas ao contrário!)

E agora os negros e brancos vivem bem, numa harmonia linda e blá, blá, blá. Mentira, mentira, mentira. No Brasil sempre ouvia as pessoas dizendo que o preconceito do Brasil (contra o negro, viu?) é pior que aqui nos EUA, pois aqui pelo menos é escancarado e tem como se fazer algo e no Brasil ninguém admite que é preconceituso, então como combater isso? Eu estou aqui agora e digo, apesar da hipocrisia do Brasil, acho aí muito melhor (nesse quesito). Aqui parece que há 2 países em 1, tipo um apartheid, são culturas completamente diferentes: falam inglês de forma completamente diferentes, se vestem diferentes. Existe a marca de roupa do negro e a do branco. Aqui tem igreja de negro e igreja de branco (não é proibido ir em nenhuma igreja, mas cada um vai para a sua, sabe?). Negro anda com negro e branco com branco. Quando eles casam entre si fica um mal estar (nunca vi aqui um casal desse tipo...). Ninguém faz piada de mau gosto, ninguém xinga, mas eles vivem como se estivessem ignorando o outro. Então, existe aqui uma falsa sensação de direitos iguais e aí eu entendo quando um policial (que aqui eu só vi negro) me trata mal, pois eles continuam sendo pisados durante a vida e quando têm poder, sai de baixo!

Será que essa coisa estúpida, burra, idiota, sem noção de dizer (ou de sentir) que fulano é pior do que você por conta da cor que ele tem, ou do dinheiro, ou do lugar que ele nasceu, ou da orientação sexual ou sei-la-mais-o-quê, vai acabar um dia? Porque é muito limitado achar que você é melhor só porque nasceu de sangue azul (seja lá o que isso signifique) né mesmo?

Ps: pelo que ouço falar, vejo na TV, leio nos jornais no norte dos EUA o pessoal é mais cabeça aberta, mas só posso falar daqui mesmo...

16/01/2011

musiquinha....

Eu e Leo temos o hábito de dançar, tipo random dance quando estamos felizes ou quando estamos tristes (para jogar a tristeza de lado). A idéia não é dançar bonitinho nem nada, é se divertir e se sentir bem mesmo. Tem uma música que a gente tem ouvido, mas só os pedaços por aí, ontem resolvemos colocar o som pra espantara tristeza (os últimos dias têm sido complicados). Essa música tem um ritmo mais antiguinho que a gente adora e tem tanto palavrão que faz a tristeza ir embora mesmo (e isso é científico, xingar diminui a dor- já tenho desculpa para falar nomes feios :)). A letra e o clipe são tão bobinhos que é até lindo, vejam aí e tirem suas conclusões.

Finalmente sonhei em inglês!!

Pense na minha alegria! Sonhei em inglês u-hu, u-hu! Sinal de que meu cérebro está aprendendo. Eu ouço inglês o dia todo, mas falo pouco, falo mais português (que também falo pouco, já que passo 90% do tempo by myself). Como sempre estou com algum brasileiro, eles acabam falando por mim. Mas esses dias conversei com uma americana e ela disse que meu inglês estava ótimo (uma pausa aqui, americano é muito simpático, eles sempre falam assim), conversamos por um tempinho e ela ficou impressionada, ela disse que conhece brasileiros e que eu estou aqui tem pouco tempo e meu inglês é muito bom. Ah, que alegria! Infelizmente, o curso de inglês que iria fazer na universidade foi cancelado, tenho que esperar até março para ver se abre algo.....

O mais engraçado é que o inglês e o português têm se batido, pra mim e pra Leo. As vezes ele fala inglês comigo sem pereceber, as vezes eu não sei se o que vi na tv era em inglês ou português, a gente fala "vamos fazer ribs hoje?"... a forma de conjugar o português, as vezes fica confuso. É engraçado.

Voltando ao assunto, o sonho foi um pasadelo (roteiro de filme, segundo minha mãe), sonhei que estava num apartamento a lá Almodovar e Hannibal Lecter matava e comia um policial. Eu saia correndo tentava ligar para o 911, não conseguia e achava um policial na rua, o engraçado é que eu ficava pensando "Lorna, tem que lembrar das palavras murder, apartment, cannibal" e eu falava direitinho para o policial -em inglês, o melhor, o policial falava em inglês (como eu consegui traduzir tantas palavras difíceis?!). Só sei que voltava para a cena do crime (isso porque não queria desenvolver um transtorno pós-traumático, aí tinha que voltar em até 24hs- isso é ciência verdadeira viu gente) e quando eu entrava no apartamento, ficava morta de medo, o melhor é que o hemisfério frontal esquerdo do meu cérebro (ai que saudade desses assuntos), despertou antes do sonho acabar e eu ficava pensando "acho que isso é um filme...aquele cara é um ator, não é?". Tsc, tsc, tsc, acordei com medo (Leo estava de plantão, pra variar), mas feliz pois finalmente sonhei em inglês, baby!

13/01/2011

Mais dica de beleza

Agora que estou me preparando para o 3.0 (ainda falta um pouquinho, mas estou só na preparação), tenho comprado alguns cremes e afins para ajudar na saúde da minha pele. Descobri que minha pele é normal (eu achava que era oleosa) e que dependendo do tempo preciso mudar de produtos. Por exemplo, estava usando um hidratante no rosto no verão muito bom, mas no inverno ele deixa minha pele muito seca, tenho que mudar. No inverno, minha base e pó é de uma marca, mas no verão daqui, só a Mac salva! Caso contrário as "tintas"começam a escorrer pela cara, igual em Salvador. Esse é o lado bom de morar aqui, testar creminhos sem gastar tanto (eu comprei um batom no boticário por R$30 e compro batom da Mac por $15). Eu vou comprando aos poucos, não vou usar mil coisas novas no rosto e desenvolver alergia, vou aos poucos, vendo o que ficou melhor. Leio uns sites sobre dermatologia e os blogs brasileiros sobre beleza e tento escolher o que acho que vai ser melhor pra mim. Nada com ácidos ou coisas perigosas. Infelizmente, não posso ir ao dermatologista aqui, pois cuidados com a pele não é algo que meu seguro cobre.

Li em algum blog (não lembro qual), sobre o exfoliante(body scrub) da Victoria Secrets e fiquei louca para experimentar. Ele tem uma textura bem consistente e grossinha e quando você esfrega na pele ele vai virando um hidratante bem cheiroso. Amei! Tentei comprá-lo ano passado, era $12 (achei justo), mas a fila estava fazendo volta. Desisti, voltei esses dias e estava na promoção $3 (isso sim é promoção!!). Vou voltar lá e comprar mais nessa promoção. Eu adorei mesmo e indico. Então, se você vai encomendar produtinhos VS, lembre de pedir esse, é muito bom :).

Comprei ainda um batom matte que não tinha e amei, comprei um batom coral clarinho e um rímel que dá um toque dramático. Tudo isso saiu por $12+taxas, caro né? :)

12/01/2011

cuidados com a cutícula

Desde que comecei a gostar de esmalte, tenho mudado e muito meus cuidados com as unhas e cutículas. Muita gente me pergunta como faço pra cuidar delas, já que nós brasileiras gostamos de unhas sem cutícula. Bom, vou falar o que eu faço e vou colocar tutorias que me inspiraram, além de blogs especializados que tem várias diquinhas de como pintar as unhas e cuidados também.

A cada 20 dias (minhas cutículas são bem fininhas então uso bem espaçado, mas pode usar até 2vezes na semana) eu aplico o Instant Cuticle Remover

Achei esse produto aqui e ele é muito bom, amolece as cutículas e o uso do alicate fica restrito as pontinhas das pelinhas.

Durante o dia hidrato com massagem leve nas cutículas. uso cremes de hidratação para mão mesmo. Pela noite uso o creme da Avon ou a pomada Bepantol. No Brasil, as meninas gostam da cera da granado (que eu acho melequenta) ou o creme da granado para usar durante o dia.

Quando você deixa de cutucar a cutícula, ela demora de crescer e diminui o risco de infecções. Abaixo listo um conjunto de blogs das especialistas no assunto.

http://unhabonita.com.br/tutorial-aprenda-a-cuidar-das-suas-cuticulas-e-diga-nao-ao-alicate/

http://nosamamosesmaltes.blogspot.com/2010/01/tutorial-1-seja-feliz-pra-sempre-com.html

http://www.9ml.com.br/9ml/tutorial-fazendo-as-unhas-em-casa

http://utilidadefeminina.com/2010/08/acho-til-produtos-para-o-cuidado-das-cutculas/

Tem vídeo no you Tube também, mas não tenho muita paciência para vídeo caseiro, sorry.


Ps: Gente, não faça como eu e compre mil esmaltes, tenho dificuldade até para escolher a cor, então é melhor comprar aos pouquinhos :).

11/01/2011

Tudo congelado por aqui, literalmente!


Desse lado do mundo, previsão do tempo é algo sério. Todo mundo está sempre de olho e faz a programação das agendas, um liga para o outro e todos ficam rapidamente sabendo do tempo. Por aqui, há alguns dias já havia uma previsão de que iria ter gelo e que o pessoal deveria ficar em casa. Eu explico, se dirigir na neve é difícil, no gelo é impossível, o carro não sai do lugar, quer dizer, ele escorrega de um lado pro outro. A UAB mandou um comunicado dizendo que não haveria aula e deu endereço de alguns pontos que os funcionários do hospital poderiam pegar um transporte seguro, afinal de contas, médico tem de trabalhar.

Leo, como sempre, estava tranquilo. Eu, tive contato com uns americanos e brasileiros que moram aqui há muito tempo e fiquei super preocupada. Como tudo congela, há grandes possibilidades dos fios de energia congelarem e dos canos de água também. Agora, imaginem uma temperatura abaixo de zero, uma casa não 100% vedada e falta de energia. Isso significa frio insuportável, água fria para o banho (se os canos não congelassem) e nada de comida preparada no fogão (que aqui é elétrico). Já pensou? Resolvi ir ao mercado, comprei mais água, lencinho de bebê (caso fosse preciso tomar banho de gato), comida que não precisasse de fogo.

Minha preocupação era o percurso de Leo para o hospital, porque ele não poderia/queria faltar. Bom, ele acordou e se arrumou normalmente, combinámos que ele iria dar uma volta no estacionamento, se tivesse dificuldade não iria. Eu nem quis ver nada, nessas horas a ignorância é melhor...resultado, a porta do carro estava congelada e nem abriu, Leo forçou um pouco, mas nada aconteceu. Horas depois vimos um vizinho tentar sair daqui, mas o carro só fazia girar, nada de andar. Leo já tinha entrado no prontuário dos seus pacientes (tecnologia, ele faz isso aqui de casa, vê exames de imagem, tira ou coloca medicação...tudo de casa) ligou para a residente que estava de plantão, discutiu os casos por telefone e pronto. Claro que ele ficou agoniado a manhã toda, queria tentar abrir o carro e tal, mas se contentou em ficar em casa (ainda bem, pois logo depois recebi a notícia do falecimento de minha vó).

Isso acontece quando chove e cai neve. Esse processo começou de tarde (água e neve) e só acabou de madrugada deixando gelo em tudo que é canto. Abaixo umas fotos, não sei se dá para ver que não é neve e sim gelo...



o dedinho de Leo sumiu no gelo...

A porta congelou e não abria

10/01/2011

Um aDeus...

E hoje cedinho vovó Júlia disse tchau pra esse mundo daqui. Ela vem lutando bravamente pela vida há uns 10 anos, quando começou a ter problemas de saúde, demência e sua condição só vinha piorando. Foi melhor assim, já estava mais do que difícil vê-la sofrer tanto, passar por tanta coisa nessa última década de vida.

Lembrei dos biscoitinhos que ela fazia quando eu era bem pequena, da galinha a molho pardo que estava sempre pronta para meu pai quando íamos visitá-la (sem dúvida, meu pai era o genro preferido). Dos primos dormindo espalhados pela sala, dos jogos de meu avô (que se foi antes de eu ser gente de fato), dela subindo e se pendurando nas árvores do sítio, da reunião com as filhas dizendo que ela teria que mudar para Salvador, da reação dela abaixando a cabeça de tristeza, do nó na garganta de todos presentes e das lágrimas de tia Dete. Depois ela se estabelecendo perto de tia Nita, morte de tio gordo, piora da saúde de minha vó, muitas hospitalizações, cuidados e agora ela se foi. A verdade que ela era praticamente uma criança, as filhas (minhas tias e mãe) cuidando, não queria tomar banho nem beber água e a gente inventando mil coisas, mil histórias para "tapear". As vezes ela ficava bem doente e começava a ver os parentes mortos e já até disse que a morte tinha chegado para levá-la. Corpo frágil e mente falhando muito. Ela começou a me chamar de Alana (minha prima mais velha), depois Inês (minha tia). Eu, certeza, já tinha sido apagada do spam dela...foi muito triste todo esse processo, mas fico feliz por saber que ela teve o melhor tratamento. As filhas sempre ajeitaram tudo e deram o possível de conforto para minha vó. O que não foi tarefa fácil, admito. A velha não era fácil :).

E mesmo vendo a situação dela, dessa luta meio que sem sentido pela vida, chorei, fiquei triste, senti minha cabeça afastada do corpo (sinto sempre isso quando estou profundamente triste, não sei explicar, mais ou menos quando você acorda de um procedimento cirúrgico, mas ainda está grog, com a cabeça pesada). Queria muito estar em Salvador, com a minha mãe, com a minha família. Leo pensou na possibilidade de uma viagem para Salvador, mas por aqui o aeroporto está fechado e o carro literalmente congelado (nem a porta abriu).

Morrer faz parte da vida, ainda mais quando se está velhinha, mas a morte de um ente querido esfrega na nossa cara nossa finitude, nossa urgência de fazer coisas boas aqui, de realizar aquele sonho de criança que é mudar o mundo pra melhor, da urgência de ser feliz desse jeito, do jeito possível, do jeito que dá.

Bom, vó Júlia, espero que você seja bem recebida aí e que finalmente fique em Paz. Sei que vai zelar pela dó-ré-mi.

Primos e primas (o que estão estabelecidos na vida, por favor), precisamos re-equilibrar o número dos "Bittencourt" no mundo, encher de alegria esse lado de cá e continuar, de alguma forma, a história dela.

Beijos saudos para todos.

08/01/2011

Minhas impressões sobre Nola

Ficamos na parte turística da cidade e muita coisa me lembrou Salvador: ruas apertadas do centro, micro carnavais em várias esquinas (claro que não tinha música brasileira, mas tinha rock, jazz, blues, música irlandesa...), muita arte/criatividade espalhada, quando você vai chegando perto do rio, sente uma brisa típica de Salvador (mas sem o desconforto do sargaço ou maresia), muito turista, ruas lotadas de carro, muita pobreza (pedinte mesmo) e muito contraste. Ah, as vezes você houve um grupinho de negros falando Cajun, que é um dialeto daqui. Cajun também é o tipo de comida daqui: tudo com muita pimenta (mais do que no resto dos EUA)

A área dos ricos tem restaurante chicosos, as casas são lindas com arquitetura francesa e claro que não inundou no Katrina. A parte dos pobres, um horror, casas que ainda não se recuperaram e isso já tem quase 5 anos. Ah, vale salientar que pedinte aqui não é igual no Brasil, eles pedem, mas se você não dá, eles não insistem e não ficam agressivos. Achei a população bastante mal-educada, fomos super mal atendidos nas lojinhas e nos lugares, inclusive pela gerente. Ruas "sujas" (para os padrões americanos, para os nossos padrões até que estavam limpinhas).

New orleans é uma cidade que a galera vem "comer água" e do tipo "água dura" mesmo. É a única cidade que as pessoas podem sair bebendo pelas ruas e enfim, cedo já tem gente "bêba" por todo lado. Mesmo assim não vi briga, nem gente chata, só gente muuuito alegre. A Bourbon Street tem de tudo: clube gay, várias casas de streap tease, diz que tem até um clube que mostra casais fazendo "ozadia" (??!!), tem promoção do tipo compre 1 drink e receba 3, que é pra galera fica mais pra lá do que pra cá. Tem vários clubes nessa região com temas diferentes como country, jazz, rock... e é lugar preferido para despedida de solteiro (porquê será?).

Tem o Mardi Gras que é o carnaval daqui, e passa as bandinhas tocando e tem aquilo de a mulher ganhar um colar do cara se ela mostrar os peitos (e eu só imagino um mundo de mulheres sem sutiã pelas ruas...tsc, tsc, tsc), muito esquisito esse jeito americano.

Fomos no aquário e é muito legal ver as arraias literalmente sorrindo pra gente, ver os tubarões de pertinho, moréias, up-side jelly que é uma água viva invertida. Gostei! Andamos no carstreet mas antigo do mundo (tipo um bondinho), passeamos até a parte rica da cidade, mas esse treco é muito lento e levamos umas 2 horas. Comemos beignets que é algo muito típico de Nola e muito bom, as filas eram enormes, mas valeu.

Aqui, além do Mardi Gras, tem outras 2 marcas típicas da cidade que é o jacaré presente por conta dos pântanos e o Vudu. Tem jacaré pela cidade(estátua, viu? De verdade só nos pântanos e no Aquário) e mil lojas de vudu também. Nola é a capital do vudu (quem assistiu a princesa e o sapo da Disney, vai saber). Em relação aos artistas de rua, é legal pra gente que é turista, mas muito triste pra eles que dependem da bondade dos turistas e das gorjetas que eles dão, o governo não ajuda mesmo, uma vergonha!

Vi o lugar que Leo morava, o caminho que ele fazia até o mercado. A faculdade e o lugar que ele morava são muito perigosos e ele andava bastante para fazer o mercado, pegava o ônibus e andava ainda 1h pra ir e o mesmo percurso para voltar com o peso das garrafas de suco, água e compras, tadinho! Ele disse que é muito melhor voltar de carro e com dinheiro :).

Foi legal, gostei da viagem, mas não voltaria (sei que vocês já tinham chegado a essa conclusão, Nola não tem nada a ver comigo). E estou mais feliz por Leo não ter escolhido ir pra lá, B'ham é muito melhor (e olha que eu já reclamei tanto daqui...).

Mais de Nola

Tivemos pouco tempo na cidade vou resumir aí:

Chegamos no Hotel e a fila do check in estava enorme, subimos, guardamos as coisas e saímos para bater perna.

Acima é a vista do quarto do Hotel, a Canal street. Ficamos bem perto do fuá da cidade.

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Canal street de noite e visão noturna do rio Mississipi.

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Cassino que fica na Canal Street (ele é grande, ocupa um quarteirão) e uma pequena árvore, num shopping chique de lá.

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Fotos do rio Mississipi

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Aquário


Artistas de rua em todo canto, tinha mágico, vidente, cantores, homens que imitavam estátuas…de um tudo.

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French Quarter

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Car street

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Café du Monde,beignets…hum,hum,hum!

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Bourbon Street, lugar onde menino chora e mãe não vê.

E pra terminar, outras fotos…

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Depois escrevo o que achei de Nola..