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30/09/2014

A cadeira do chefe

Alguns programas de residência nos EUA presenteiam o residente chefe com uma cadeira. Reza a lenda que isso é uma honraria e tanto. Marido me disse que um professor da UAB tem uma cadeira de residente chefe e que isso é algo notável. A neuro da UAB não dá esse presente, quer dizer, não dava, esse ano eles começaram a tradição.

Daí, marido recebe um email dizendo que ganhou o presente e que teria que ir buscar (porque né, a UAB já comprou o presente, você que se vire para buscar). Se eu achei legal o presente? Achei, mas achei ruim porque aqui em casa não tem onde colocar e principalmente porque teríamos que pagar para pegar uma cadeira. Marido entrou em contato com algumas transportadoras e elas cobravam muito caro. Ele deu a ideia de irmos buscar, a minha resposta foi simplesmente "quem vai é coelho!" (porque eu sou baiana). A ideia dele era viajar 8 hs na sexta, pegar a cadeira, dormir e viajar mais 8 horas...pra Bham! Cê acha mesmo que eu iria?!

Ele mudou de ideia e foi perguntar para os colegas aqui da UF se eles conheciam transportadoras mais em conta e ninguém conhecia (vale salientar que todo mundo achou um absurdo o departamento não pagar a entrega, que ficou meio grosseiro isso de te obrigar a buscar algo, ou seja, não é só implicância minha). Bom, acabamos  fechando com o fedex para buscar (pagamos $69, muito caro para o departamento de neuro, não é mesmo?). O bom é que pagamos online aqui e que eles pegam a encomenda no local (não precisa pedir para ninguém levar a  caixa para nenhum lugar) e entregam em casa. Pegaram na quarta e entregaram aqui no sábado.

Essa cadeira é feita a mão e bem clássica. Não é bonita, mas acho que orna bem com o mundo tradicional da medicina. Bom, a cadeira marido já tem, agora só falta a sala :).

Essa plaquinha fica no encosto da cadeira na parte de trás

O logo da UAB é impresso no encosto na parte da frente

E essa é a cadeira, tchanan!
Quer saber mais sobre como ser médico aqui nos EUA? Acesse mediconoseua.com 

25/09/2014

RAL: Tenho Diabetes e vou viajar para os EUA, o que devo fazer?

Bom, já recebi várias perguntas desse tipo e acho bom escrever sobre isso, assim mais gente fica relaxada quando for viajar.


-É super tranquilo viajar aqui nos EUA com diabetes, no entanto, alguns cuidados devem ser tomados:

1. Sua medicação e todos os apetrechos necessários devem viajar com você. Já recebi email de gente falando que iria despachar, mas isso não é recomendado. Vai que sua mala se perca, já imaginou a confusão que será para comprar tudo aqui nos EUA? (A insulina e outras medicações associadas necessitam de prescrição médica e óbvio que receita brasileira não vale de nada aqui. Outro fator é que aqui, o frasquinho de insulina custa $600).

2. A Associação Americana de Diabetes aconselha que todos os seus apetrechos ligados ao diabetes estejam em uma bolsa diferente e antes de você passar na segurança, você deve avisar que é diabético. Essa bolsa não passará pela esteira, será examinada pelo guarda. Aqui eles vendem bolsas de todos os tipos, cores diferentes, umas têm o símbolo da medicina, outras parecem bolsas comuns.

3. A Associação Americana de Diabetes também aconselha que a sua medicação esteja com a receita. Aqui nos EUA, quando compramos a medicação, vem uma espécie de receita (seu nome, o nome do médico, número da farmácia, nome da medicação, como usar etc). Por lei não é exigido que a pessoa tenha essa receita, mas é aconselhável. Se você mora no Brasil, pede uma receita para seu médico, mesmo em português (alguns médicos no Brasil já estão fazendo a descrição em inglês), porque você tem um papel para mostrar.

4. Viaje com uma quantidade um pouco maior de agulha, insulina etc do que irá precisar, ninguém merece estar de férias e ficar fazendo conta para não usar tudo o que trouxe. As agulhas, os lencinhos de algodão (para limpar os dedos) e pastilhas de açúcar são vendidos em qualquer farmácia. No entanto, se precisar de agulha terá que pedir ao farmacêutico, pois elas não ficam nas gôndolas.

5. Caso você use a bomba de insulina, não passe pelo raio-x dos aeroportos, solicite passar pelo vistoria com um guarda. Hoje em dia aqui nos EUA eles usam scanners, o que em tese não atrapalharia a bomba. No entanto, caso você não se sinta confortável, solicite para o guarda fazer a sua vistoria. Não se preocupe, aqui esse procedimento é super normal e normalmente o próprio guarda já diz que você não poderá passar pelo raio-x. Existem alguns casos de bombas que passaram a dar defeito depois do raio-x e ninguém quer correr o risco de entrar em coma em plenas férias. Mais informações, clica aqui.

Entra nesse link da Associação Americana de Diabetes que eles explicam tudo o que você pode trazer para o país.


21/09/2014

Das Judites americanas

Coisa boa do mundo é ter de lidar com empresas telefônicas, não é mesmo? (#sqn). Quando mudamos para Flórida, o sinal do nosso celular ficou péssimo. Dentro de casa então, não funcionava. Tínhamos que literalmente sair de casa para fazer uma ligação. Aí não dá mesmo. Como eu queria mudar o número do celular (não queria que aparecesse o Alabama quando eu ligasse e sim Flórida), fiquei super animada com a mudança de telefonia.

ABRE PARÊNTESES
Aqui nos EUA, você não precisa mudar o número do celular quando muda de cidade/estado porque não existe isso de preços diferentes para ligações feitas entre telefones de cidades diferentes. Uma ligação dentro do país, é uma ligação comum. Por exemplo, se eu ligar para alguém na Califórnia, para alguém no Alabama ou para meu vizinho, o custo será o mesmo.
FECHA PARÊNTESES

Daí, pesquisamos (Leo pesquisou, né) qual a melhor empresa aqui e fomos lá. Trocamos os celulares e escolhemos os números, daí, na hora de assinar, a tela do ipad do homem (eles usam um ipad aqui) travou e ele teve que começar outra vez. Repare, ninguém assinou nada! Marido ainda perguntou outra vez para se certificar que não receberia cobrança. Fomos adiante, escolhemos outro número, pegamos nossos telefones e fomos embora.

Imagem daqui

No primeiro mês, gastamos mais internet do nosso pacote e pra minha surpresa, eles vão disponibilizando mais internet, sem a gente pedir, sem nossa autorização, a um preço extremamente alto. Eu fiquei tão p. da vida. Marido mexeu nas configurações do nosso aparelho e ajeitou as coisas, daí isso não aconteceu mais. De qualquer forma, achei um absurdo eles colocarem mais internet sem nossa autorização. A conta do primeiro mês foi absurda!

1 mês depois da compra dos aparelhos, marido recebe a cobrança de um celular. Aquele que a tela travou, que ele não assinou nada, lembra? Ele liga para Judite #1. 1 hora depois, Judite #1 se desculpa, e diz que está tudo certo. No mês seguinte a mesma cobrança chega. Marido liga para Judite #2 e ela diz que a Judite #1 só havia cancelado a linha, mas não o aparelho e  que ela faria isso. Desligou o telefone garantindo que tudo estava perfeito. No mês seguinte, chega uma cobrança dizendo que caso Marido não resolva pagar o que deve, o nome dele iria para o SPC. Vê isso, que maravilha! Marido liga e fala com Judite #3. Ela diz para ele aguardar enquanto o sistema abria e 15 minutos depois, a ligação reinicia com a Judite #4. Só sei que depois de muito tempo, Judite #4 garantiu que o nome não foi para o SPC e que ele colocou o cancelamento em vias de urgência. Reza a lenda que até sexta marido irá receber uma ligação confirmando o cancelamento.

Daí, eu entro na nossa conta e vejo que a empresa de telefonia que usávamos no Alabama continua descontando a mensalidade. Marido liga para eles e descobrem que eles só cancelaram uma das linhas (embora nenhuma das duas estejam funcionando). Aí é dureza! Reza a lenda que eles irão devolver o dinheiro roubado. Aguardemos e oremos para que esse assunto de telefonia seja encerrado!

PS: tá vendo, e você aí pensando que só tem Judite no Brasil..

08/09/2014

fotos para visualizar os dias

Estou naquele momento: não sei se paro com o blog ou espero essa vontade passar. Vejamos o que irá acontecer...

Coloquei algumas fotos acumuladas no meu dropbox que são dígnas de nota

1. Começando pela primeira multa em terras americanas que meu marido tomou logo um dia depois que começou o fellowship. O motivo? Ele estacionou de ré (como aqui só há uma placa no fundo do carro, a placa precisa ficar a vista. É a lei do estado). Literalmente, o guardinha passou 12 minutos antes dele voltar para o carro, sorte hein? (só que não). Eu já havia lido isso em algum lugar, e já havia falado para ele (que adora estacionar de ré!) que na Flórida isto nõa é permitido. Como a multa foi dentro do campus, ele escreveu uma carta pedindo para ser desculpado, pois não sabia dessa regra, já que era novo no estado. E uns 40 dias depois, o cheque com o ressarcimento da multa, chegou aqui em casa.



2. Dá série "coisas que não fariam sucesso no Brasil". Quem aqui compraria um suco com esse nome?!




3.E essa fruta (tipo uma ameixa) com sabor de granada?




4. Achei babosa e comprei para cuidar dos cabelos!


5. Eu não sei como é no resto do Brasil, mas aipim faz parte da refeição do baiano. Estamos planejando fazer uma carne do sol aqui em casa, para assim completar em grande estilo essa combinação típo queijo e goiabada.

6. Tem inhame também! Eu amo inhame!!!!!



7. Fruta do dragão e essa ameixa ovo de dinossauro para fechar a parte de comida, quem vai? (PS: estamos testando novos sabores, por enquanto não saímos da parte de temperos, mas iremos expandir para frutas já!)


8. E claro, a prova viva que depois de uma super tempestade, com direito a raios, trovões e muita água, ás 8pm, o céu ficou lindo desse jeito!


9. Para finalizar, fomos almoçar na casa de uns amigos e olha o vasinho de plantas inusitado que o vizinho deles usa.