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27/04/2014

911: Em briga de marido e mulher, a polícia mete a colher!

Aí né, era uma quinta-feira qualquer. 2:30 da madrugada e estava todo mundo dormindo. Bom, pelo menos as pessoas com juízo que serão acordados à gritos finos de um despertador miserável. Vocês conhecem aquele casal de baianos que moram nos EUA, né? Aquele que eu sempre falo aqui. Pois então, eles estavam dormindo também. Daí, a esposa acorda tonta com uma buzinada "goxxxxtosa" do vizinho! Ela sabia qual dos vizinhos estava louco buzinando, pois ele adora usar essa forma para chamar a esposa. No susto, ela pensa que perderam a hora, daí levanta para conferir o horário e antes de alcançar o despertador, ouve a esposa do vizinho gritando, chorando, fazendo o diabo:

-Fuck you!!! Get out of my house!!!!.

imagem daqui


Aparece uma outra vizinha perguntando se está tudo bem (oi?) e a senhora acima é super grossa. Esse "diálogo" dura 10 minutos. Até que a vizinha fora de si, que tem seus 70 anos, começa a imitar e se irritar com o cachorro dos baianos. Aí né, se a criatura que estava alucinada gritando e xingando na rua passa a se incomodar com o cachorro da vizinha baiana que compreensivelmente ficou nervoso e latiu...muito (ele estava dentro de casa), a baiana achou que aquela confusão tinha passado do tamanho, onde já se viu xingar o cachorro dos outros? Ela cutuca o marido e pede para ele ligar para a policia. Ele levanta e vai ligar pois estava preocupado que a vizinha pudesse jogar algo no carro do marido e que poderia pegar no carro dos baianos. Daqui de casa Da casa dos baianos não dava para ver o casal de velhinhos gritando e brigando (o marido baiano inclusive achou que a confusão era de outros vizinhos "nossa, uma briga feia dessas com pessoas dessa idade!" tsc, tsc, tsc, mal sabe ele que não há idade para esse tipo de coisa), mas ele descreveu a cena e pediu para a policia não passar na casa dele (o pessoal do 911 perguntou se ele queria que um policial passasse aqui, mas a gente só queria dormir mesmo). Quando o marido desliga, magicamente acaba a gritaria. A esposa só pensava "Merda! Vamos ter de pagar uma multa de $25 para chamadas falsas". Mas o silêncio durou pouco e a cena vergonhosa continuou.

Menos de 2 minutos depois (fiquei impressionada com a rapidez), duas viaturas já estavam aqui. A senhora começou a chorar histericamente, mas 5 minutos depois já estava tudo calmo. Os policiais/psicólogos levaram os "baderneiros" para dentro da casa deles e saíram depois de 40 minutos. Com o silêncio, o marido baiano já estava dormindo, mas a esposa dele ficou super nervosa com a situação e não pregou o olho até o despertador gritar alegremente. O problema foi que ela juntou esse nervoso, mais a alergia, a falta de sono, um anti-alérgico e digamos que fez uma ultrapassagem perigosa e que foi parar no acostamento (tá, não era um acostamento de verdade, mas deixemos isso para lá).

No outro dia, algumas versões para o acontecido surgiram, mas a campeã foi feita pelo marido baiano: o vizinho foi para a jogatina (volta e meia ele chega tarde em casa- nossa janela dá para o estacionamento....), a esposa dele não queria pois ele vive perdendo dinheiro, daí ela trancou a porta e  resolveu beber para relaxar, acabou passando da medida. Quando o vizinho chegou da jogatina, a porta estava trancada e ele teve que buzinar o carro para a esposa abrir a porta. Ela, que estava, digamos, alta, já abriu a porta xingando muito...

O problema é que agora a baiana está com vergonha de encontrar com esses vizinhos, mas o marido dela disse "oxe, eles é que tem de ficar com vergonha"...então, tá, então.

23/04/2014

Da queijadinha sucesso da Páscoa

Uma amiga brasileira resolveu juntar umas pessoas soltas (leia, sem família aqui) para celebrar a Páscoa. Tinha os colegas de faculdade da filha (todos americanos que não viajaram para ver a família porque estavam estudando para as finals), tinha americano casado com brasileira, tinha criança e claro que tinha brasileiro. Minha função foi de levar a sobremesa e claro que eu logo pensei na queijadinha que é facil e sempre é sucesso. A minha receita foi desenvolvida a partir de outras receitas. Sempre quando levo as queijadinhas, recebo muitos elogios. As que levei para Páscoa eu não sei se estava boas, não sobrou nenhuma para eu experimentar :). Abaixo vou colocar a receita porque algumas pessoas me pediram:

-4 gemas

-300g de coco ralado (Se você mora nos EUA, lembre de não usar o coco ralado com açúcar porque vai ficar muito doce!)

-2 colheres de queijo  ralado (atenção, não pode ser queijo “de verdade”, tem que ser aquele pozinho, caso contrário vai mudar a liga da queijadinha)

-1 lata de leite condensado (eu indico o leite moça, especialmente se voce mora aqui, porque os outros leites condensados são horríveis)

-4 colheres de leite

 Mistura tudo, coloca na forma de cupcake (ou empada) e coloca no forno. Aqui eu coloco 400F por 12 minutos. Espera ficar levemente bronzeado e esta pronto. Se ficar muito bronzeado, fica mais duro e eu não curto tanto. Depois eu coloco na geladeira e pronto. rende umas 14 queijadinhas.


Dica: como a massa é bem liquida, eu coloco a forminha de papel de cupcake dentro da forma de cupcake (aquela de alumínio, tipo a forma de petit gateau), desse jeito todas as queijadinhas saem parecidas.

Bom, a Páscoa foi muito legal. Teve caça aos ovos. Teve feijão. Teve muita conversa. Teve a companhia do marido.

14/04/2014

Aposentadoria precoce do meu cargo de cabeleireira

Eu já comentei que era a responsável por cortar o cabelo do marido. Foi tudo bem durante 3 anos e 9 meses, até que esses dias....enfim, lá estava eu cortando o cabelo dele. Tudo igual, música de fundo, ele sentado, eu com a máquina e tal, até que quando fui fazer o pé do cabelo (portanto, com máquina zero), meu digníssimo marido deu uma tremida na cabeça e...lembra aquela propaganda que uma mulher vai ao salão, e cada espirro que dá, o cabeleireiro corta mais do que deveria? (não achei o link da propaganda para ilustrar o post)

Pois é, fez um furo considerável no cabelo dele...passei 30 segundos pensando se falava com ele ou se fingia que estava tudo bem, mas né, falei. Você acha que ele acreditou? Não acreditou, até que eu fui repetindo e ele foi vendo que era verdade e foi ficando tenso. Mas aí, eu fui rindo, rindo e rindo alto. Ele viu o estrago e ficou puto. Já eu não conseguia parar de rir, não da situação, que na hora não é engraçada, mas eu fiquei rindo de nervoso mesmo. Bom, eu diminui um pouco o pé do cabelo e ele penteou o cabelo de tal forma que disfarçou o estrago. Ficou ok e uma semana depois, já estava como se nada tivesse acontecido.

E foi assim que eu aposentei a máquina de raspar cabelo...

07/04/2014

Das diferenças culturais- pistas para a prova

Marido tem estudado bastante para a prova da residência. A Neuro prepara várias aulas, revisões e ele ainda acaba se reunindo com uns colegas para estudar. Dentre o material escolhido para estudo, ele usa esse livro aqui que é bem no padrão americano: revisão de pontos importantes, piadinhas e mnemônicas para ajudar no trabalho de decorar aprender.

Aí ele, um colega indiano e outro paquistanês estavam estudando uma doença X que um dos sintomas são manchas marrons que aqui nos EUA eles chamam essa mancha de "cafe au lait". Pra você que é brasileiro, faz todo sentido né? Café com leite é marrom...mas para o colega indiano e o paquistanês, não fazia sentido simplesmente porque eles não entendiam o que "cafe au lait" significava, fora que na cultura deles não é assim tão comum tomar café com leite.

Ainda nesse estudo, eles chegaram na doença Y e a pergunta era: qual o gene ligado a essa doença? Meu marido era o único que sabia e falou "o gene Merlyn!". Os colegas perguntaram como ele fez para decorar sabia, meu marido disse que foi uma dica do livro acima, que fazia uma ligação com Merlin (o mago), já que esse gene era "meio mágico" pois causava lesões semelhantes dos dois lados do cérebro. Os colegas olharam para ele com cara de interrogação. Ele continuou "vocês sabem, o mago Merlin", um dos colegas respondeu que nunca tinha ouvido falar em um Mago Merlin e que a única Merlin que ele conhecia era "Merlin" Monroe.


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