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30/06/2011

Se não tem remedio, remediado está

Acordamos sábado passado e resolvemos fazer uma viagem, embora minha gargata estivesse ruinzinha. Marido olhou daqui, olhou de lá e resolvemos ir a Atlanta. Ele marcou o hotel, compramos o city pass, eu anotei os endereços, arrumamos a pia (a casa sem limpar ainda vai, mas a pia tem de ficar limpa!), as malas e partimos para Atlanta.

3 horas depois, chegamos ao hotel, deixamos as coisas e fomos comer. Passamos 3 dias em Atlanta e só comemos comida brasileira. Taí uma coisa que sinto falta. Depois fomos ao Atlanta Station (que eu gosto, mas segundo meu marido " nao tenho uma boa impressao desse lugar"). Rodamos pelas lojas, compramos umas coisinhas. Gosto de Atlanta, é uma cidade com cara de cidade, com gente de todo tipo.

Daí fomos na Marshalls que nao tem aqui em B'ham,  compramos sal de banho, calcinha e uma escova. Quando passamos no caixa, a moça fala alguma coisa pra gente, mas a gente nao deu atenção, ela repetiu e eu entendi: Huum, ele vai te dar uma massagem no pé hoje, hein? Marido entendeu: ela vai te pegar de jeito hoje hein? Ele riu. Confesso que fiquei sem graça e que faz mais sentido o que o marido entendeu, afinal tinha sais de banho + calcinha + escova (que ela deve ter pensando que era daquelas de banho, sei lá). Oxe! A mulher entrando na minha semana, que coisa esquisita! Nem no Brasil eu ouvi um comentário desses. Pelo menos ela tá pensando coisa boa...

Daí, voltamos e resolvemos jantar na Brazilian Bakery e marido fala "ainda bem que a gente nao mora aqui, já pensou? Iria vir direto". Nessa padaria a galera é super atenciosa, a comida é boa e de forma geral os preços são justos (menos a refeição que vem em porção minúscula).

29/06/2011

Quanto mais eu rezo... ou como a burocracia americana tem me ajudado a perder peso.

Marido terminou o step 3, ufa! 2 dias de prova e 14 horas respondendo questoes e ele sobreviveu (um dia ainda escrevo sobre o sistema de avaliacao americano, que vai de encontro a qualquer orientacao pedagogica, mas tudo bem). No outro dia fomos renovar a carteira de motorista e como o estado est'a sem dinheiro, um dos escrit'orios foram fechados.

Pense numa fila! Fomos ao banco resolver umas questoes e finalmente na hora de tirar a carteira de motorista, depois de esperar mais de 1 hora (de rel'ogio!), a moca me fala que meu nome esta incompativel. Sim, porque ela nao poderia me falar isso logo no inicio, eu tive que esperar 1hora e meia ate ser chamada, depois 1 hora para ela resolver uma coisinha da minha carteira e finalmente falar que eu precisava ir ao seguro social. L'a fui eu, 15 hs (sai de casa antes das 9h e so tinha tomado ceral de cafe da manha lah para as 7:30). No seguro social, o moco me informa que no sistema (tosco) americano, meu nome esta de 3 maneiras diferentes. Resultado, a criatura que fez meu cartao do seguro social cometeu um erro grave ao nao checar meu nome da imigracao com meu nome do passaporte (obvio que a imigracao colocou meu nome errado) e ainda me deu um nome diferente. Dai, o moco que me atendeu ficou um tempao tentando resolver e o coitado nem sabia o que me falar. Ai, ficou com meu cartao do seguro social e mandou minha papelada para a imigracao falar quem sou eu. Resultado: minha carteira de motorista vence em 2 dias (mas posso us'a-la por mais 60 dias), estou sem seguro social e para melhorar vou parar de trabalhar porque o governo americano me deu uma permissao de trabalho de 2 meses e ainda nao mandou o novo cartao (amanha sera meu ultimo dia na UAB).

Esse dia burocratico e sem respostas acabou quase umas 17hs e eu so havia comido cereal, mas tambem ja tinha passado a fome e ate a raiva (acho que para trabalhar na imigracao americana o pr'e-requisito 'e ser burro, minha gente, se no meu passaporte (que eu mando copia para eles) tem dizendo que meu last name eh um, pra que diabos eles tiram um dos meus sobrenomes e colocam como first name?). Outra coisa, em relacao a permissao de trabalho, eu mando copia de todos os documentos e eles ao inv'es de pegarem as informacoes das copias do passaporte, do DS  resolvem digitar se baseando no que a pessoa escreve, por'em, as vezes nao entendem a letra e colocam a informacao errada. Senhor, dai-me for'ca e inteligencia para essas pessoas!

Marido resolveu que iriamos jantar num restaurante libanes (jah que ele sabe que cliches do tipo: vai dar tudo certo, so me deixam com mais raiva :) ). A comida estava 'otima (mas depois de horas sem comer, eu fico super enjoada) e a sobremesa 'e de comer ajoelhada, levei a sobremesa para casa e mais tarde, depois de um banho, comi saboreando e realmente, delicia! Quem disse que chocolate nao traz felicidade nunca comeu uma suicidal chocalate pie.

25/06/2011

Uma coisa estranha...

Uma amiga voltou do Brasil e eu pedi que ela trouxesse tropa de elite 2. Daí, num dia daqueles onde tudo estava dando errado, inclusive peguei um engarrafamento monstro (o que por essas bandas não é muito normal), resolvo assistir o tal filme. Compro junk food, visto uma roupa confortável, chamo marido para assistir e coloco o filme. O filme começa e eu sinto algo estranho, não consigo falar, tinha algo esquisito acontecendo, será que o home theater não estava funcionando? Chequei perto e ela estava bom. Uma agoniazinha, tinha algo estranho, mas não sabia o quê. Algo estava estranho, errado. Até que "aaaaaaaaahhhhhhh!" o filme é em português! Vê se pode a pessoas estranhar a própria língua?! Mas é que foi a primeira vez que essa TV "falou" português.

24/06/2011

"Onde junta brasileiro só se fala em alegria"

(música de carnaval para introduzir o post do São João é ruim né?)

Tem uma coisa que eu fico me perguntando: como os brasileiros que eu encontro aqui são todos legais? Juro, até o momento todos eles que cruzaram o meu caminho foram legais. E claro que não sou amiga de todos que encontrei por razões diferentes, mas até o momento só encontrei gente legal.

Sim, mas o post é sobre o são João. O dia é bem comemorado no nordeste (que vira dias). Eu gosto mais daquela festa "de raiz", forró pé de serra e tal. Mas o que amo nessa época do ano é o clima, o clima de felicidade que paira no ar, com as músicas, as pessoas de férias (ou folga). É diferente! Fora a temperatura que fica mais amena e para quem vai dançar forró no interior, pode usar e abusar de botas e acessórios de frio (taí uma coisa que achava chato de morar em Salvador: o clima não permitia roupas mais pesadas e "chiques"). Tá que aqui nos EUA não se comemora São João, mas quando junta alguns brasileiros com vontade de curtir sua cultura, se encontrar e comer feijão (oi?) nada é impossível.

A associação brasileira daqui encontrou o lugar, cuidou da decoração e da logística. Cada um levava um prato e a noite foi boa (só não foi ótima, pois, pra variar, marido não foi, ficou estudando). Conheci muita gente, conversei, dei risada e comi, ah se comi, comi muito. Só de pensar fico com a boca cheia d'água. Tutu, caldo de carne, arrroz, feijão, quiche, pão de queijo, canjica,  arroz doce, pudim, brigadeiro, salada de frutas (estava ótima!). Tinha mais, porque a toda hora chegava mais alguém com mais comida. Infelizmente, na noite passada tinha ido num aniversário e comi, comi muito (queijadinha, torta de limão, brigadeiro, torta de frango) e tomei muito guaraná (que saudade) e decidi (que diacho que eu só quero escrever descidi,oxe!) comer pouco, só o básico para matar a fome (eh, desde quando brigadeiro mata a fome?)

Bom, teve quadrilha e tudo o mais e até noiva matuta (uma gostosura de meu Deus!). Adorei!



No final da festa ainda tinha comida.



22/06/2011

Chinelo com meia

Usar chinelo com meia naquele friozinho de inverno é ótimo! A gente fica em casa e os pés quentinhos (embora eu tenha e prefira as minhas pantufas para esquentar meus pés no inverno americano).

Agora sair pela rua usando sandália e meia branca?! Tá, eu sei que é tendência usar sandália de salto e uma meia, mas eu acho simplesmente estranho, pois para mim, sandália foi feita aberta para mostrar o pé, mas enfim, quem sou eu para entender de moda né?



Aí, aqui o que eu vejo nos pés dos americanos é (homens e mulheres, só para deixar claro)



 Diz pra mim que esses modelos de sandálias são desenvolvidos, pensando e feitos para mostrar o pezinho e que se fosse para esconder era mehor usar tênis..

Aí, aqui elas vestem short de corrida, T shirt. sandália com meia branca e se entopem de maquiagem. Mas aparentemente estão felizes e é isso que importa...

Imagens foram retiradas daí ó:
http://finaflordobrega.blogspot.com/2005/07/o-retorno-da-brega-e-havainas-com-meia.html
http://oficinadeestilo.com.br/blog/2011/04/13/sobre-sandalias-e-meias/
http://fernandoborghi.blogspot.com/2011/02/cidadao-que-usa-chinelo-com-meia-merece.html
http://fofoquinhas.uol.com.br/shoeme/sapatrocidade-bagulho-com-meia

20/06/2011

Você já viu Blossom?

E essa foi a conversa que o marido teve as 11PM.

Marido: Esse cara é o cara de Blossom! (ele estava vendo a chamada de Melissa e Joey). É ele mesmo,ele fez Blossom, olha!

Eu: quem é Blossom?

M: Você não sabe quem é Blossom? (com uma cara de espanto)

Eu: Não. (sem dar muita importância)

M: (coloca um episódio do tal seriado no youtobe e me mostra). Aí ó, Blossom! Vai dizer que você nunca viu?!

E: (sem dar nenhuma importância). Não, nunca vi, mas essa menina parece Amy Farrah Fowler (namorada de Sheldom no The big bang theory).

Meu marido, ainda não convencido que eu nunca havia assistido o seriado, coloca a música da abertura (30 vezes seguidas, juro!) e continua espantado porque eu nunca havia visto o tal seriado. E vai me explicando sobre os personagens, super empolgado.

M: Como você não assistia?! Passava na hora do almoço. Eu chegava em casa da escola e enquanto almoçava via o seriado.

E: Eu não comia vendo Tv, na verdade, eu praticamente não via Tv...(continuo sem dar importância)

Meu marido ficou repetindo "gente, você não assistiu Blossom?" como se fosse algo importantíssimo. A verdade é que até os meus 10 anos eu quase não via Tv (só xuxa pois era mega fã das paquitas!). Não assiti Cavaleiros do Zodíaco, não assisti Punk a levada da Breca (só desenho animado!) e só fui saber que existiu uma banda chamada Menudo lá paraos 15 anos. Morava numa casa enorme com direito a piscina e pé de amora no quintal. Tinha bicicleta, patins e milhares de amigos no condomínio. Não tinha tempo para TV.  Vivia na cidade "grande" com direito a teatro,  cinema e afins, mas tive o privilégio de morar num condomínio fechado que me possibilitou uma vida de interior, onde os vizinhos se conheciam. Final de semana, a gente ia para Guarajuba, casa cheia de primos e toda a dó-ré-mi. Na minha infância, minha música preferida, aquela que minha mãe cantava para eu dormir era leãozinho de Caetano. Então, eu nunca tive tempo para Tv...

Expliquei isso para o marido e ele continuou não acreditando que eu não sabia o que era esse seriado (era tão bom assim?). Aí, ele encontrou um site que tem todos os episódios gravados e quer que eu veja tudo. Ay, ay, ay, ay, ay!

17/06/2011

Aniversario da chefa

Tenho muito sorte de ter uma chefa  otima. Pense numa pessoa maravilhosa? Eh ela. Ontem foi o aniversario dela e a supervisora (que eh outro amor de pessoa) resolveu fazer uma surpresa, comprou um bolo e trouxe para todas cantarmos parabens (so trabalha mulher aqui). A verdade eh que eu fiquei sabendo da data, umas 8am quando a gerente me ligou pedindo para interromper minha reuniao coma  chefa (toda quinta me reuno com ela logo cedo) e claro que eu disse que nao teria problema. Achei muito fofo da parte dela.

Ai, estavamos terminando a reuniao e na hora que as meninas estavam entrando na sala, minha chefa resolve ligar para o RH e tirar umas duvidas sobre o meu caso (se em 2 semanas minha permissao nova de trabalho nao chegar, vou ser desligada da UAB). As meninas deram marcha re e ficaram na porta esperando a ligacao terminar (minha chefa eh tao legal que depois explicou minha situacao para todas, jah que todo mundo ouviu, eu nao liguei, jah que nao fiz nada errado mesmo, mas achei um amor a preocupacao dela). Acabou a ligacao e  a secretaria entrou, as outras meninas tambem e comecaram o Happy Birthday (sim, eu continuo pagando mico porque sempre bato palmas sozinha!). Achei o bolo estranho, nao tinha cobertura, mas descobri que minha chefa nao gosta, ela so come os bolos comuns sem recheio nem cobertura. Enfim, cantaram os parabens e voltaram para suas salas. Simples assim! Nao teve um abraco (quer dizer, teve o meu ne?), nada de felicitacoes tipo, " eu desejo um ano magico e muitas felicidades". Isso me impactou, juro! Achei legal o gesto, mas acabei achando estranho, meio impessoal. Isso porque eu sou brasileira ne e sou acostumada com calor humano (as vezes ate demais se eh que a gente pode quantificar isso). Mas gostei de participar.

Ps: estou no trabalho e esse teclado nao tem acentos. Entao deixa eu voltar a labuta porque tenho so mais 2 semanas para terminar o artigo. "E vamu que vamu"

15/06/2011

Vai dar certo né?

Quando terminou meu mestrado em outubro do ano passado, eu só pensava em qual doutorado fazer aqui. Daí que resolvi validar meu diploma, mas minha 'chefa' disse que não era algo interessante que era melhor eu fazer o doutorado. Comecei a pesquisar os cursos e a pensar nas possibilidades. Aqui há poucas vagas na área e o PhD portanto é bastante concorrido (1260 no GRE é o mínimo que eles querem fora a parte específica de psicologia, é de matar viu?). Daí comecei a olhar o currículo e droga! Muito, muito extressante! Li e reli as coisas mil vezes e descobri que seria infeliz durante os 5 anos do doutorado. É muita pressão e eu sou muita estressada e não quero isso pra minha vida. Também, não quero ser professora.

Daí comecei a ver o doutorado em Saúde Pública que é bem mais fácil de entrar, tem muita vaga e mais possibilidade de emprego. Comecei a trabalhar em Saúde Pública e vejo que de fato não é isso que eu quero pra mim. O que gosto na Psicologia, o que me emociona e motiva é o fato de ajudar pessoas e conhecer a história de vida de cada uma delas. Em saúde pública, o que importa é a média da população e o contato com os indivíduos fica de lado (ressalto que é uma área super necessária e importante, mas o problema é que não fico feliz trabalhando assim). E sabe, eu decidi que vou ser feliz. Não, não preciso de um salário astronômico, não preciso trabalhar 60h/semana. Quero ter uma casa, um jardim para cuidar, tempo para @ filh@, para a família. Não quero ter de viajar a trabalho sempre. Mas quero muito ter um emprego, um salário, algo que me motive. Finalmente, 8 meses depois de muita procura, de muito choro e ansiedade, (acho que) encontrei o curso que irei fazer e fiquei feliz com isso. É um outro mestrado e eu acho que vai ajudar muito no meu inglês né, tou super animada (embora tensa já que o curso não dá bolsa e custa a "bagatela" de 50 mil dólares! Dinheiro pra caramba! Lembrando que eu pago como aluna internacional e o valor fica 2,5 vezes maior que para os americamos).

Daí que eu finalmente escolhi o curso que vou fazer por aqui, daí que mandei a procuração e papelada necessária para minha mãe pegar meu diploma e histórico do mestrado, daí que a empresa que as universidades daqui utilizam para a tradução do diploma leva NO MÍNIMO 3 meses para fazer a tradução e encaminhar para as universidades. Daí que os funcionários da UFBA estão em greve e nada de diploma. Merda, merda, merda! Daí que eu comecei a ficar tensa e com raiva dessa greve (tá, eu sei que as vezes é a única forma do governo ouvir, mas sou egoísta mesmo, pronto falei!). É para chorar né? Daí tem gente que ainda diz que vai dar certo e eu, do alto da minha raiva pergunto, como? Greve dos técnicos pode durar meses, mesmo porque pouca coisa é afetada no funcionamento da Universidade. Só me resta esperar e pedir para Deus calma..

12/06/2011

Dia dos namorados

Aqui nos EUA o Valentine's day é em fevereiro e um pouquinho diferente do dia dos namorados que a gente tem no Brasil. Por aqui, o comércio está ansioso pelo dia dos pais que é comemorado no terceiro domingo de junho. Um monte de promoção para esse público, de roupa até ferramenta.

Eu nunca gostei de comprar presente e afins na data. Acho um saco ter de comprar presente e acaba que fica uma coisa chata ser obrigada a comprar só por causa da data. Fora que os restaurantes ficam lotados aí no Brasil. Eu não sou muito"dada" a essas datas. Mas esse ano eu iria dar um presentão para meu marido: aula de vôo com direito a 40 minutos voando (com um instrutor do lado). Sabe quando você está animada com um negócio, aí, antes de comprar, ligo para o marido, pra ver se ele queria, pois não teria como reaver o dinheiro caso ele não quissesse e eu não me interesso em nada por esse tipo de brincadeira. Nada dele atender o celular, mas retornou um pager meu e deixou uma mensagem bem sem graça no meu celular. Então tá né, não comprei e me recuso a comprar camisa, gravata e afins, então esse ano vai sem presente (mas o cartão teve). O pobre do marido, coitado, está super tenso com uma prova, a última prova dos steps, que decide se ele continua na residência ou se volta para o Brasil agora! Já pensaram o tamanho da tensão? Para melhorar, em menos de 20 dias, ele será R2 e o ano começa (01/07) prometendo ser o mais puxado (60 plantões, baby), o mais cansativo, o mais estressante...e o mais complicada é que o bichinho não sabe muita coisa (AINDA, porque né, ele vai começar agora no mundo mágico da neurologia) e tudo misturado fica pesado.

Então, adiamos as comemorações para os dias de folga que ele terá no fim do mês, depois de ter feito a prova. Iremos fazer uma "viagem" para Atlanta e fazer uns passeios aqui em B'ham que ainda não fizemos (diz que tem um lugar ótimo para ver o pôr do sol #faroldabarrafeeling).

Passei o dia dos namorados numa ponta da mesa estudando para o TOEFL e meu marido para o step3, espero que o seu dia tenha sido melhor, com ou sem namorado :).

10/06/2011

"ass on the table"

É né, porque quando a gente está aprendendo uma língua, a gente passa por cada uma.

Esses dias eu estava com uma colega brasileira na aula de inglês e a gente estava tentando explicar alguma coisa para a turma (eu não lembro o que era, mas tinha bunda -ui!- no meio). Tá que eu comecei a falar butt, tush e nada de ninguém entender. Eu acho que como a aula já tinha acabado, a professora não estava atenta e naquela falação, ela olhou para tentar ajudar 2 pobres brasileiras que tentavam explicar para 2 chinesas, 1 japonesa, 1 iraniana e 2 espanholas, daí minha colega tentando se fazer entendida solta o "ass" (calma que vou explicar!). A professora, uma senhora já, olhou com cara de nada, sabe, e foi uma situação desconfortável para mim e para a teacher, porque aparentemente minhas colegas não sabiam que ass é algo mais pejorativo (tipo c* mesmo) e não bumbum.

Ainda seguindo esta linha, quando meu marido morou em Nola, ele tinha um amigo brasileiro que é casado com uma americana. Eles estavam jogando baralho na casa de uma família americana, até que o brasileiro, amigo do marido foi explicar um jogo e disse a frase do título desse post, querendo dizer que a carta do baralho, o ás, deveria ser colocado na mesa. Ás em inglês é ace (eice). Já pensou? Que vergonha!!! Vale dizer que era todo mundo religioso e apesar do contragimento, todos riram do " c* na mesa" dele.

Para completar, minha irmã disse que um dia estava conversando com alguém sobre o namorado e falou " I like doing thing FOR my boyfriend", mas o que ela queria falar era "I like doing thing TO my boyfriend". Traduzindo para o português, as duas frases significam eu gosto de fazer coisas para o meu namorado", porém, a primeira tem uma conotação sexual, sabe. Agora veja, uma brasileira bonita morando na California e falando isso...ainda bem que o amigo dela foi legal e explicou o errinho básico.

O pior é saber que eu ainda vou passar por muita coisa nesse nível :)

08/06/2011

Festinha de 5 anos!

Esses dias fui numa festinha de 5 anos. A mãe da aniversariante é brasileira e o pai americano, a aniversariante (que já apareceu aqui) é uma princesa! Ela me ensina inglês, eu ensino português para ela. Bom, a festa foi americana, afinal todos os amiguinhos são americanos, mas teve uma pitadinha de Brasil. O que eu entendi é o seguinte, nas festinhas infantis, você escolhe um tema (no caso, Rapunzel) e uma atividade principal (no caso, pintura). A festa tem duração determinada (2 horas). Os pais deixam as crianças no horário determinado no convite (alguns pais também ficam na festa, caso sejam íntimos da família) e voltam no horário quea festa termina. A minha amiga preparou uns aventais personalizados para cada convidado. Daí, as crianças ficam pintando. Chega a hora do lanchinho que normalmente é pizza, sorvete e aqui foi mini hamburguér para as crianças, com suco ou guaraná. Para os adultos tinha cachorro quente (que é servido sem molho, com cenoura crua e mostarda), hamburguer, feijão DOCE e salada de batatas. Claro que eu experimentei tudo, e digo que o feijão doce não desceu, é muito ruim! Hum, talvez não seja ruim, talvez seja que ao olhar o feijão já está registrado que é salgado...os americanos gostam. Depois do lanchinho tem o "cake time". A família agradeceu a presença de todos e como eles são crentes também fizeram uma oração (começando em inglês e terminando em português). Depois teve o "happy birthday" que eu sempre bato palma (tinham outros brasileiros que me acompanharam) e finalmente o parabéns! Os americaninhos adoram bolo e comem bastante. No caso desse aniversário, tinha brigadeiros e beijinhos e como a mãe é do Mato Grosso, também serviu gelatina (ela disse que é algo comum nos aniversários de lá). Aí, as crianças cheias de açúcar, correm mais um pouco, e sentam para abrir os presentes. a aniversariante se senta numa cadeirinha especial e os convidados vão entregando o presente, ela abre e agradece. Uma fofura! Depois mais correria e os pais buscam a criança. Agora sim é hora para os adultos sentarem, comereme  conversarem :).



06/06/2011

1 ano na Terra do Tio Sam!

Dia 01/06 fez um ano que eu mudei. E não, não passou tão rápido, senti cada dia que se arrastou nos 6 primeiros meses (sendo que estive no Brasil por 1 mês e meio), de janeiro em diante a vida aqui começou a entrar nos eixos, mas penso em voltar para o Brasil todo dia. A verdade é que se soubesse que seria desse jeito, não teria vindo. Bom, eu sabia que o primeiro ano seria o ano mais complicado, o ano do luto e tal e realmente foi. Acho que quem sai do Brasil para casar, para tentar uma vida melhor a coisa deve ser diferente (não que seja mais fácil), mas no meu caso, nessa mudança, se for para colocar na balança, eu perdi muita coisa. Tinha uma vida confortável no Brasil, um trabalho (que poderia ser melhor, já que tive que abrir mão de muita proposta por conta da mudança) tudo ajeitadinho e eu não sonho em morar aqui nem nada. O negócio é que sou teimosa de pai e mãe e aí quando a coisa está feia, difícil é que eu quero ficar, quero provar que eu sou boa o suficiente para melhorar a situação, sei não.

Acho que tenho que comemorar, mesmo assim, afinal sobrevivi a esse primeiro ano que começou terrível, conseguiu piorar, mas terminou bonzinho. E se o primeiro ano foi péssimo, acredito que o segundo será maravilhoso.

O bom é que agora eu já me sinto em casa, já sei os caminhos (não todos), tenho trabalho, faço aula, tenho um super objetivo (que só de pensar, cansa! Eu ainda não sei o porquê de eu insistir em estudar/trabalhar, ser dona de casa aqui já é complicado!). A casa nova é uma maravilha e aos pouquinhos as coisas vão se ajeitando. Claro que toda essa mudança teria sido muito pior caso eu não tivesse encontrado pessoas maravilhosas que cruzaram o meu caminho. Sem elas a vida aqui teria sido um terror, pior do que foi. Pessoas daqui de B'ham e pessoas de várias partes desse mundo que eu acomponho pelo mundo bloguístico e que me confortam (sabe aquela coisa "ah, não é só comigo" que quando a gente descobre dá um alívio?).

Nesse tempo eu aprendi que os EUA não é tão bom como se pinta e que o americano não é tão ruim quanto se pinta. É bom rever os conceitos e atualizá-los. Fiquei mais próxima ainda do meu marido e quando um chorava desesperado pedindo para voltar, o outro dava suporte, porque assim né, na hora da emoção a gente quer o caminho mais fácil, mas voltar depois de tanto investimento financeiro e pessoal sem alcançar o objetivo é fogo, então se for para voltar para o Brasil (que a cada dia voltar a morar no Brasil fica mais distante, já que ando me acostumando com a vida "boa" daqui) que a gente volte com pelo menos um diploma para ele e um para mim, né? De qualquer forma, estou fazendo estória e o que seria da vida sem estórias né? Daqui um tempo, quando tudo isso virar passado, vou ter uma (boa e longa) estória para contar :). E que os próximos 4 anos (o mínimo de tempo que ficaremos até o final da residência) sejam um crescente de alegria! Amen!

03/06/2011

Seta: artigo de luxo nos carros americanos (de B'ham)

Foi a única conslusão que eu cheguei: o pessoal deve pagar mais barato e comprar carros sem a seta. Sim, aquela seta que a gente "avisa" para o motorista que vem atrás ou para o que está querendo cruzar a pista, que você vai virar logo ali. PQP, isso me tira a paciência. Raramente eles ligam o diacho da seta, aí você está a 40/50 MPH e o cidadão resolve virar à direita e  faz você gelar de medo do carro que vem atrás, com a velocidade (normalmente) superior a permitida (aqui ninguém segue as plaquinhas de velocidade máxima, só da mínima mesmo) e pede proteção Divina para ninguém bater no seu fundo (no fundo do carro!). Ah, e para melhorar, como auto-escola não existe por essas bandas e como eles aprendem a dirigir nos carrões, eles incorporam que dirigem caminhões gigantescos e ao invés de irem para a faixa destinada a quem vai virar, não! Eles ficam na faixa de velocidade e muitas vezes ainda "comem" a faixa da contra-mão. Vê se eu posso com isso? E aqui, se o motorista vai largar alguém em um determinado lugar, ele para em fila dupla mesmo, mesmo quando tem vaga para ele encostar o carro, ou ele encosta e deixa a porta escancarada impossibilitando outros carros de passarem. Eu sei que sou impaciente e que as vezes meu horário está apertado, mas não é para se irritar? De qualquer forma, eu ando respirando fundo e pedindo paciência divina (já falei que perdi esse pacote no nasciento?) porque só assim para aguentar esse pessoal, meu Deus! E depois reclamam quando são chamados pelo resto do país de Rednecks...

Agora vou falar das coisas boas né? (esse é só um lembrete pessoal para eu não focar só no ruim). Aqui as pessoas quase não usam a buzina, nada de "lascar" a mão na bendita quando o sinal fica verde (o que acontece em Salvador), as pessoas normalmente dão espaço para você passar (a não ser que esteja engarrafado porque aí vira terra de ninguém). Ah, aqui quando um motorista faz uma gentileza, você não dá aquela buzinada de leve para agradecer não, você levanta a mão, dentro do carro mesmo (pra não pensarem que tem de abrir o vidro) e normalmente quando alguém faz uma barbeiragem também fazem o mesmo gesto para pedir desculpa. Muita gentileza né?

Em relação a aprender a dirigir, o que minha professora falou é que na High School, os alunos pegam uma matéria para aprender a dirigir. Mas uma colega que é iraniana e mora aqui faz 10 anos me contou que nessas aulas, já é esperado que o aluno saiba dirigir. Ou seja, eles aprendem com os pais/família/amigos e não aprendem aquelas técnicas que a gente aprende na auto-escola e que eu acho essencial. Aqui no Alabama, você só faz exame médico, testes e tal uma vez na vida. Isso mesmo, passou uma vez, acabou. Tipo, gente com epilepsia pode dirigir (normalmente pede-se 6 meses sem crise para só depois a pessoa dirigir), gente com 100 anos...fora que o exame de vista é feito por uma policial. Eu sei que as regras mudam de estado para estado, mas aqui no Alabama acho essa lei complicada e inclusive tem muita gente reclamando e achando que isso tem de mudar.

Outro fator interessante referente a automóvel é que o carro não tem a placa dele, você que compra a placa e sai mudando quando compra seu carro. Por exemplo, Ella usa a mesma placa de Aurora (claro que com a mudança do carro você precisa pagar todas as taxas outra vez). Falando em Aurora, encontramos nosso ex-carro numa garagem perto de casa. Marido queria parar e perguntar por quanto a pessoa comprou, você acredita?

01/06/2011

Mudança e correio

Aqui são 4AM! Não tenho conseguido dormir, primeiro porque eu demoro até me acostumar com a  casa nova, segundo que a casa está uma bagunça dos infernos e terceiro que eu tinha que entregar um material pronto para minha chefe e não tinha terminado. Pelo menos esse último eu resolvi, ufa!

A mudança acabou, eu e marido fizemos tudo praticamente sozinhos e as marcas e dores no corpo são a prova de que o trabalho foi puxado. Não bastasse o trabalho braçal ao extremo, o sol resolveu escaldar os nossos miolos, mas pelo menos, perdemos uns quilinhos nessa mudança. Aí, no meio do cansaço, eu me perguntava o porquê de eu resolver mudar e pior, para uma casa de 2 andares (tem escada para entrar na casa e escada para ir aos quartos), subi e desci as escadas mil vezes que minhas batatas ainda estão pegando fogo. A casa está uma baderna! Muita coisa que o condomínio ainda vai ajeitar aqui e eu querendo arumar tudo, mas sei que quando o pessoal da manutenção chegar, vai ter sujeira e não quero fazer tudo outra vez. Bom, fora as reclamações inerentes a minha pessoa, estou feliz, não consigo ouvir os vizinhos e breve voltarei a jogar o wii sem me preocupar com o morador de baixo.

Ontem devolvemos as chaves do apartamento antigo e aproveitamos para ver a caixinha do correio, a carteira estava lá separando as correspondências e disse que como a gente havia pedido a trânsferência de endereço, já estava tudo na casa nova. Eu achei isso de uma eficiência incrível! Estava preocupada pois o meu salário e o novo cartão que me permite trabalhar chegarão pelo correio e o endereço era antigo. Quando cheguei em casa, a caixinha do correio estava recheada com o meu primeiro salário em dólar (dã)! Apesar do atraso de uma semana e meia, foi muito bom segurar o MEU cheque nas mão. Agora vou ao banco depositá-lo porque preciso pagar a máquina de lavar roupa e secadora que compramos. Porque dinheiro é assim, difícil de entrar e fácílimo de sair.

Esses carrinhos do correio são engraçados e práticos: o carteiro não precisa descer em muitos lugares, do carrinho mesmo já colocam as cartas na caixa de correio das casas. Aqui há vários carros dessescirculando de cima para baixo o dia todo.


Imagem: google