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28/07/2010

Presente diferente.

Aqui passa uma propagando várias vezes ao dia desde que chegamos, é algo bem interessante para presentear os amigos (porque aqui eu só tenho e só vou fazer amigos, embora minha irmã more nos EUA, bem longe de mim, acho que esse não seria um presente bom para ela, eu também não gostaria de ganhar e explico no final do post).

Bom, quando uma pessoa está internada no hospital, quando alguém faz aniversário ou está comemorando uma data importante e em outras ocasiões também, a gente gosta de presentear. Muitas vezes, no Brasil, a gente dá flores, mas aqui nos EUA, existe essa cesta de frutas com calda de chocolate (porque não pode ser 100% light nesse país). As frutas são cortadas em formato de lua, coração, flor, tudo muito fofo. Eu achei muito legal e Leo disse que já viu dessas cestas em alguns quartos lá no hospital, ou seja, os pacientes ganharam de alguém querido. Tem cesta de todo tipo, cor, e variedade de frutas.


Eu sei que minha mãe iria adorar o presente. Mas essa fofura acima sai pela bagatela de $78. Sim, escrevi direito, são setenta e oito doláres em uma cestinha de frutas. Pelo menos a gente come, o que não acontece com as flores, mas por $78 eu prefiro um presente melhor (e minha irmã também). Agora acho que vocês entenderam o quanto gastamos no mercado com frutas e verduras :).

Assistindo filme em casa


Esse aí em cima é o wii. E qual a função do wii? Bom, ele é um vídeo game que perde no quesito gráfico, mas ganha do quesito diversão. Para jogar, você tem de fazer os movimentos e não só ficar apertando botão, então, jogar tênis, boxe, daçar com o wii é muito divertido, você perde calorias e ainda desenvolve a cognição, que maravilha, hein. Além disto, aqui nos EUA, tem uma locadora com filmes para o wii, aí vocês pensaram que a gente ia lá na locadora, escolhia o filme e trazia para rodar no wii, certo? Erradísso. É assim: você se cadastra no site (o primeiro mês é de teste, então é free, depois tem de pagar $9/mês) e recebe um cd em casa, leva 1 dia para o cd chegar, aí coloca o cd no wii. Esse cd não é do filme que quero ver, é um cd tipo uma senha, sei lá, que possibilita passar os filmes. A escolha do filme é feita pelo computador (precisa ter internet também), escolhemos Planete 51 que carregou em uns 30 segundos e pronto, assistimos o filme. Leo disse que a qualidade não é a mesma, mas eu não vi diferença nenhuma.

Claro que nem todos os filmes estão disponivéis para o wii e então, a gente faz o pedido pela internet, o dvd chega pelo correio e depois a gente devolve pelo correio também. E e a gente não vai levar no correio, a gente deixa num envelope que vem junto com o dv, na nossa caixa de correio, a moça do correio pega e entrega. Sim, aqui o correio tem a chave do lugar das cartas.

Depois pegamos um filme de uma mulher do Alabama que vai morar em NY, gente, vendo assim fica tão engraçado o sotaque daqui. E a imagem que os EUA tem do Alabama também é muito estranha. Me senti como nas novelas da globo que fala da Bahia como algo completamente tosco e que não é tão real assim.

Adorei essa possibilidade. A tecnologia me encanta!

3 anos de formada!


Que o tempo voa, eu já sabia, mas a coisa está tão acelerada que um dia você recebe a notícia que entrou na faculdade e depois, e depois já está comemorando 3 anos de formada. Agora já sou psicóloga, especialista em Neuropsicologia e prestes a me tornar mestre em Medicina e Saúde, além de estar morando nos EUA. A minha pergunta é: como serão os próximos 8 anos?

27/07/2010

AVON

Ontem estava com fome, com vontade de comer algo diferente e Leo falou sobre um lugar que vende muffin de bluebarry que a professora levou para o hospital e ele adorou. Então fomos atrás desse lugar, GPS na mão e fomos lá, mas o GPS, muitas vezes diz que a gente chegou no lugar, e você procura a loja e nada, e foi assim...até que estacionamos e resolvemos bater perna para encontrar o lugar, achamos! A loja é muito fofa, com coisas que parecem ótimas. Tudo que eu escolhi tava gostoso (claro!), Leo escolheu um negócio ruim, mas comeu mesmo assim, disse "ouxe, não tá estragado", hahaha.

Depois fomos ao shopping e lá tem uma loja da AVON, uma loja física, você entra, testa os produtos e compra. Aqui, claro, tem muita coisa que não chega no Brasil, muitos produtos são bem maiores, mas tem produto do mesmo tamanho que é mais barato em real mesmo. Aqui tem um gel para cutícula muito recomendado para quem sempre faz as unhas e muita maquiagem, batom etc. Mas eu só olho para os esmaltes (que aqui é o dobro do tamanho e o dobro do preço também) e encontrei uma promoção típica da AVON (tipo um você paga $4 e dois $5) e levei dois lindinhos que não foram lançados no Brasil. Quando você sai da loja, eles entregam as compras e o livrinho daquele que as revendedoras têm no Brasil.

Ainda não encontrei uma loja da MAC aqui, mas tem uma Sephora enorme, com atendentes gentis (uma disse que meus óculos são lindos), deixa meu carro chegar que irei fazer compras de maquiagem, mas sozinha, claro :).

Fiquei "de cara"!


Que americano adora um fast food gorduroso e gordo, todo mundo sabe, mas presenciei umas cenas estranhas. Estávamos na Burguer King (que no Brasil é horrível, mas que aqui é bonzinho) e eu logo sentei enquanto Leo fazia o pedido. A lanchonete tinha alguns casais com filhos pequenos (coincidência ou não, eram todos gordinhos), uma criança de uns 3 anos cansou de comer e disse que queria o brinquedo da promoção e foi pegar no saco, o pai disse que ele tinha que comer tudo, o menino insistiu, o pai, veja bem, o pai, grande, gordo, tipo segurança, bateu na cara do filho de 3 anos, na frente da esposa e de todo mundo. Eu, brasileira, psicóloga e gente fiquei chocado e fiquei olhando espantada para a cena, mas fiquei encarando muito e o pai olhou para mim e eu continuei de boca aberta, com cara de repreensão e espanto, mas aí, caiu a ficha "vai que esse sujeito quer tirar satisfação comigo", bom, tratei de procurar o marido para comer.

Esses dias, vendo Super Nanny (Jo Jo, a original, não aquela criatura que passa no Brasil, essa aqui se emociona, conversa, é um amor) e mostrava uma criança de uns 5 anos que não queria comer a pizza, mas pediu cenoura. Os pais acharam um absurdo, ele precisava de pizza e não mais de cenouras (ele já tinha comido uma porção). Se a cena fosse no Brasil, a família iria ficar contente e ainda iria sair pela vizinhança se gabando do quão seu filho entende de boa nutrição.

Vi uns documentários aqui e americano não entende o mal que o fast food, a coca-cola faz a saúde, pois eles comem isso desde que o mundo é mundo. Mas, eles tomam 1l de coca todo dia e comem fast food sempre. Além disto, todas as refeições são acompanhadas por pão, até na janta (que é o almoço deles), tem, sei lá, macarrão, frango, salada e pão. Então, ficar magro aqui, é que deveria ser estudado: diante da crença que o fast food não engorda e diante dos baixos preços e da alta possibilidade de compra, como existem amercanos magros? Boa pergunta de invetigação :)

Na foto acima tem Wendy, o Ronald e o KFC, todos gordinhos. Todos eles são mascotes de grandes redes de fast food, mas eu só experimentei da comida do Ronald, Leo disse que eu não iria comer os outros 2, porque são muito gordurosos e por enquanto que meu estômago não está 100%, vou ficar sem testá-los.

Por outro lado, fomos ao mercado esses dias, e é uma viagem, a gente vai em3 ou 4 mercados diferentes, comprando as promoções de cada um (pobre é assim mesmo). É um absurdo o que a gente gasta de frutas e verduras (um absurdo mesmo), aqui é mais caro que em Salvador, sem dúvida e fica mais caro ainda quando comparamos com o fast food e as comidas prontas. Como a gente tenta comprar as coisas orgânicas, integrais, cheias de grãos e uns queijos mais diferenciados, sai sempre mais caro, mas é melhor gastar em comida que em remédio (ixe, mas aqui o plano de saúde que paga os remédios...), então, é melhor gastar em comida que em médico (porque aqui, mesmo com plano de saúde, você paga por cada consulta e cada procedimento).

25/07/2010

Dirigir nos EUA

Por enquanto, estamos usando nossa carteira de motorista internacional que tem validade de 1 ano aqui no Alabama (as regras mudam de estado para estado). Eu, na verdade, já poderia tirar a minha, mas prefiro estar com o meu carro e ter mais tempo de treino. Estamos alugando um carro e fico sem querer dirigir, já que nào é meu e quando resolvo pegar no carro, é aquela cena engraçada: até você entender a profundidade do freio, o carro pula, viu.

Já havia falado que aqui o trânsito é bem organizado, mas para brasileiros, um pouco confuso. Vamos lá que eu vou explicar. Primeiro, a direita é sempre livre (menos em alguns poucos cruzamentos na rodovia), então, quando você pára numa sinaleira, mas quer virar a direita, não precisa esperar ficar verde, é só olhar para ver se não vem carro e pode ir embora. Segundo, você pode fazer curva em "U" e isso é muito estranho, pense, você está em uma direção na Av. paulo VI e quer ir para a outra direção, é só fazer uma curva em "U" (claro que as ruas aqui são mais largas).

Tem vezes que você está parado na sinaleira e vai virar a esquerda e ao lado da sinaleira, em cima, tem escrito que mesmo que o sinal esteja fechado para você, se não tiver carro, você pode ir (muito doido isso!!!). Uma coisa muito legal, imaginem a Paulo VI, você está na direção correio- itaigara e resolve parar na Caixa econômica, resultado, tem que parar no meio da rua, esperar o trânsito da outra pista parar, atravessar a pista e estacionar o carro. Aqui, há uma pista no meio das duas pistas (no meio da pista de quem vai e de quem vem), que você para seu carro e espera ficar livre para ir, ou seja, ninguém fica atrás de você, você não causa engarrafamento e não fica tenso com os apressados, para mim, foi a melhor diferença).

Uma coisa mágica: a placa de STOP! Quando tem na sua pista essa placa, você tem de parar e contar 3 segundos e é muito engraçado, porque(quase) todo mundo pára, pode não ter ninguém na rua (a policia aqui fica na surdina, escondida mesmo, então temos que fazer tudo certinho). Uma coisa muuuuita confusa, é que as vezes o sinal abre para você virar a esquerda ou ir reto e outra pessoa na pista contrária a sua, pode ir reto, resultado, eu tomo um sustão, quando o outro carro se aproxima de frente para o meu, tensão total!

Mas nem todo americano cumpre as regras. Como aqui os carros são automáticos, eles colocam o pé lá embaixo e pronto. Nas estradas (pegamos muita estrada, pois como as cidades são pequenas, para ir ao shopping ou ao cinema, precisamos ir para outra cidade que fica uns 5 ou 10 minutos daqui, mas vamos pela estrada), eles correm horrores, os caminhões então, nem se fala, eles ficam apertando o pé atrás de você.

Aqui, qualquer acidente no trânsito, tipo, entre carros, pessoas, até uma queda de árvore, vem logo o carro da polícia para ajudar e o socorro também.

Ontem faltou energia, pois choveu um pouco (foi só um pouco) e ficamos um tempão sem luz, aí resolvemos ir ao Walmart comprar uma lanterna. Eu fui dirigindo e como estava sem energia, as sinaleiras estavam quebradas. Aí sim, os americanos dão um show de educação no trânsito, deixam você passar, dirigem devagar, adorei isso, pois estava bem nervosa, mas fui me acalmando. Só sei que bem pertinho do mercado, percebi um carro da polícia atrás de mim, até aí, tudo bem, mas como tem muita pista, eu me atrapalhei uns metros depois e acabei, completamente sem querer, fechando um indivíduo, e Leo do meu lado "você tá fechando o cara!" e eu sem entender...depois entendi que na entrada do Walmart tem 2 pistas para entrar e uma para sair (a gente sempre sai por outro lugar), o que me confundiu. No final deu tudo certo, apesar do meu pé ficar procurando a embrenhagem...preciso praticar mais!

21/07/2010

O porquê de Birmingham


Esse post é para explicar os motivosque fizeram a gente escolher Birmingham para morar. Bom, sempre que falava aí no Brasil que iríamos mudar "praqui", as pessoas perguntavam os motivos e achavam estranho a nossa escolha. Eu entendo o porquê as pessoas estranhavam, aqui é bem interior, o pessoal gosta de música country, tem um sotaque beeem engraçado, eles falam cantando é meio feinho, tenho que admitir. Aqui não é um estado rico, é um dos estados com mais gordinhos, não tem atração turística, nem praia, enfim.. Apesar disto, é um dos melhores lugares para se fazer residência: a área médica é uma das melhores do mundo e a cidade é reconhecida nacionalmente pela força na tecnologia médica (descobri recentemente que foi aqui que eles desenvolveram a endoscopia e um tipo de cirurgia cardíaca para colocar um treco nos vasos e facilitar a passagem do sangue), outro plus: o salário do residente é um dos mais altos dos EUA, a vida é barata aqui (estamos morando num apt de 2 quartos enorme e pagamos menos do que minha irmã pagava no aluguel da califónia onde ela dividia o apartamento...a Califórnia é massa e cara), o departamento de neurologia paga os cursos e os livros que os residentes necessitem e são 3 semanas de férias no ano, ou melhor, são 4 contando com a semana free do final de cada ano. Na hora de fazermos a escolha, também optamos por uma cidade pequena, lugar em que a gente conhecesse as pessoas e pudesse manter a comunicação. Então, logo de cara excluímos Miami, NY e a Califórnia, pois além de grandes cidades, tem gente do mundo todo e a gente queria morar nos EUA (não sei se fui clara), além disto, lugares muito frios não são legais...aqui as pessoas são bem amistosas, interessadas nos outros, muito educadas e acabamos ficando por aqui (e a faculdade também escolheu Leo para ficar por aqui). Então, vamos passar os próximos 6 anos por aqui, (pelo menos, pois meu doutorado só começa em 2012 e são mais 4 anos e Leo vai se especializar em alguma área da neuro, quem sabe Neuropsicologia :) ), depois, quem sabe, iremos para Atlanta ou outra cidade maior.

Minha mãe falou que achava que eu não iria voltar para o Brasil (não que ela estivesse feliz com isso) e como ela é muito bruxa (uma bruxa boa, óbvio) em se tratando das crias, vá saber...

20/07/2010

Moedas

Ainda estamos alugando um carro, pois a documentação não ficou pronta. É um carro da KIA ou Hyundai (por dentro, as 2 marcas são iguais, então não sei), é o mais barato, tipo um Sedan, não tem nem alarme, mas tem mil coisinhas legais: Se você ligar o carro com alguma porta aberta, ele apita, se o motorista não usar o sinto, ele apita e o mais legal: se os pneus estiverem baixos, liga uma luz no painel indicando. A bendita luz estava lá, gritando para colocarmos mais ar nos pneus e fomos lá. Aqui é assim, você coloca 3 moedas de 25 na maquininha (só pode ser as moedas de 25) e a máquina liga, basta você colocar no pneu e pronto. Claro que aqui não tem frentista e você faz o serviço.

A gente fez isso umas 18hs e estava um sol de rachar, Leo coitado, estava fantasiado de médico, com a roupa toda formal, suando e com as mãos sujas. Eu, claro, fiquei no carro e descobri que as moedas nos EUA são muito antigas, nessa foto aí em cima, na primeira fileira tem moeda de 1960, 62, 71, 74, 80, 81, 86. Imaginem a economia que o governo americano faz para colocar o dinheiro em circulação. Moedas bem mais velhas do que eu. Achei massa e fiquei imaginando todo o caminho que as moedinhas tomaram até chegar em minhas mãos...uma viagem!

Compras inusitadas.

Ontem fomos ao walmart comprar coisas que estavam faltando: leite, suco, pão. Mas precisávamos de um banquinho de plástico para Leo sentar e assim facilitar minha vida na hora de cortar o cabelo dele (sim, além de excelente manicure, estou testando meus dotes de cabeleireira). Então procuramos no lugar óbvio, o de móveis e nada, achei que poderia estar na parte de acampamento e nada...eis que Leo me aponta umas armas, sim espingarda, revólver, umas metralhadoras, tinha equipamento para segurar a arma, para guardar, balas, bala de festim, enfim, tinha de tudo. Eu resolvi sair rápido do lugar, pois a gente sabe das histórias, vai que alguém acha que a gente tá olhando demais, vá saber (teoria da conspiração!). Que loucura hein? Você vai ao mercado, compra pão e café e um 38. Por isso a gente vê no jornal a galera entrando nas escolas e atirando e matando meio mundo, scary! Acho que foi a coisa mais estranha, mais esquisita que vi por aqui. Ainda bem que isso não existe em Salvador, pois apesar dos dificultadores para comprar armas todo dia vejo notícias de gente se matando por brigas no trânsito e outras coisinhas sem sentido.

17/07/2010

Conhecendo a cidade

Quinta passei o dia na casa de uma brasileira, a conversa estava tão boa que voltei já de noite para casa. Então, no jogo do Brasil conheci Renata, a mãe dela e a filhinha, Sofia e ficamos de marcar algo. Renata é casada com um americano e mora aqui já tem 1 ano e meio, na verdade, ela mora em Vestevia, uma cidadizinha (a distância de um bairro daqui de casa), muito fofa. A gente tinha marcado de ir ao museu, mas a conversa estava tão boa que eu fui ficando e o museu ficou para o outro dia. Conheci também a família de dentistas brasileiros daqui (graças a Deus tem dentista brasileiro para cuidar de meus dentinhos), conheci a matriarca Lícia e sua filha Marília, muito legais, que moram aqui tem 9 anos. O bom de encontrar esse pessoal (além da conversa boa e da amizade) é ter dicas sobre as coisas aqui em Birmingham: onde encontrar coca-cola mexicana (o gosto é igual a nossa), roupas baratinhas, onde cortar o cabelo e várias dicas para sobreviver aqui.

Ontem fomos ao museu, é pequeno, mas tem muita coisa legal, gostei bastante do passeio, depois conversamos mais e voltei para casa com uma garrafinha de vidro de coca-cola, cookie bauducco e pé de moleque...preciso comer com moderação, o sobre-peso que insistia em se agarrar em mim, está indo embora (com muito esforço) e não posso chamá-lo de volta, né?

Infelizmente não tirei fotos, mas na próxima vou lembrar de levar a máquina.

15/07/2010

Salário.


Iêêê! Hoje Leo recebeu o primeiro salário americano, ou melhor, uma parte (pequena) do salário. O mais legal, o cheque veio pelo correio, numa folha de papel normal, com os dados (o contra-cheque) e embaixo, é só destacar o cheque e fazer o depósito. Precisamos abrir uma conta para começar a entrar as verdinhas, porque até agora, só saiu verdinhas :). Aqui nos EUA, você pode mandar dinheiro, cheque pelo correio que não tem problema nenhum. Bom, que venham mais verdinhas!

12/07/2010

Dizem que depois que a gente nasce, só há uma certeza na vida: que a gente vai morrer. Mas porquê será que quando o momento chega, a gente fica triste, chora e pede que esse momento não chegue nunca? Eu nunca senti a perda de um ente querido, não sei dizer qual a sensação, mas sempre que alguém morre eu choro, pode ser a mãe de um amigo que eu só vi algumas vezes, ou o pai de uma amiga que eu nunca vi, eu sempre me comovo com a possibilidade da ausência de alguém tão importante na vida das pessoas. Mesmo quando a pessoa está doente, sofrendo e a razão diz: puxa, foi melhor assim, ela está descansando e sem dor. Por outro lado, tudo que não é razão, faz o contrário: chora, fica triste com a partida, sente falta, quer mais uns minutinhos. Mas a verdade é que apesar de termos a certeza que iremos morrer, a gente não sabe quando e a gente nunca está preparado para a perda.

Daí, a gente lembra, para mim uma vovó treitcheira, que colocava a sobremesa embaixo da gelatina, para ninguém falar nada, uma vovó carinhosa com suas crias e os agregados, uma vovó que sofria com as despedidas e que se derretia com todas as fotos dos netos e bisneta no quarto, uma vovó com a língua afiada, falava as coisas na hora certa. Para outros, a vovó que fazia o lençol mais maravilhoso e difícil de deixar para trás, a mãe que entendia as estripulias...
Agora, eu só fico imaginando a festa de boas-vindas que vovô vai fazer lá em cima para ela. O vovô que eu nunca conheci, mas sinto como se conhecesse, pois ele sempre esteve presente nas conversas, nas lembranças, em cada um dos Almeidas.


O tempo não pára e faz parte do ciclo da vida, enquanto uns vão descansar de uma vida intensa e olhar por todos de um lugar mais que privilegiado, outros chegam ao mundo, tão pequenos e ensinando tanto, trazendo mais alegria a esse mundo de meu Deus e fazendo infinita a existência dos que se foram. Ruim tá longe agora...

11/07/2010

Dia de compras!

Hoje saímos para gastar, quando nos mudamos para os EUA, deixamos para trás coisas como bolsas (eu só trouxe 2) e sapatos. Quem me conhece sabe que eu não tenho muita paciência para sair comprando e principalmente eu detesto gastar dinheiro, ainda mais comprando em dólar e pagando em real. Para ajudar nessa dificuldade das compras, aqui os tamanhos são estranhos, então visto uma, visto duas, visto três, se nenhuma roupa fica boa, fico de mau humor e não quero mais saber de comprar nada (esse comportamento vem deste sempre). Depois que fiquei apaixonada por esmalte, minha distância das lojas ficou ainda maior, pois meu instinto consumista fica satisfeito com um potinho de esmalte (mais barato, impossível! Quer dizer, no Brasil é barato, aqui é carinho...).

Bom, aqui está tudo em liquidação, pois as lojas estão se preparando para o outono (apesar do calor soterapolitano) e eu queria comprar duas roupas específicas para dois eventos que irei no final do ano no Brasil. Fomos em 3 lojas, mas nada de achar as roupinha, mas achei 2 bolsas lindas (Sam, foi da guess, viu?), um cintinho (Anne Klein). Mãe, achamos uma Ross aqui e lá sim, comprei meus 2 vestidos da Calvin Klein, um outro vestidinho e um sobretudo para usar de noite, lindão. Pensem aí, tudo de "marca" (seja lá o que isso signifique) e gastei menos de R$ 350,00, sim, Reais, pois por enquanto ainda faço as contas em real...fiquei passada, comprei mil coisinhas e não gastei tanto quanto gastaria em qualque Opção no Brasil. Claro que essas compras foram em lojas tipo outlet, mas eu fiquei satisfeita. Os vestidos aqui são muito lindos (viu Jai), mas as americanas preferem as bermudas de basquete ou shortinho micro de moleton, vá entender (eu ainda não me acostumei).

O engraçado das compras daqui é que nas lojas (de departamento), as roupas não estão arrumadas por tipo, por exemplo na Rener tem uma sainha preta, aí, na arara você encontra, diferentes tamanhos e diferentes cores da mesma saia, mas aqui é dividido por seção e tamanho, aí tem, vestido e todos os tamanhos de vestidos, de todos os tipos, eles não se repetem, você fica tonta com tanta coisa. E não adiata achar um bonito no tamanho grande, pois se não tiver na arara do seu tamanho, já era! É bem cansativo e tem muita coisa marrom (argh!).

Hoje devolvemos umas compras que fizemos uns 10 dias atrás: umas camisas masculinas que ficaram pequenas e umas fronhas. Eu amo a possibilidade de poder devolver. Agora mesmo Leo está experimentando as roupas que comprou e percebeu que a gravata está grande. Tem nada não, temos um mês para fazer a devolução, legal, legal :). (Isso acontece também, pois tem roupas que vem em caixa e não temos como experimentar na loja).

08/07/2010

temperatura e tempo

Os brasileiros que moram aqui estão comentando do calor (36 graus). É engraçado que aqui dentro de casa, eu não sinto calor nenhum, inclusive, fico de meia até meio dia, pois sinto frio. Às vezes, trago um lençol de manhã, para a sala, pois sinto frio. E lá fora tá esse calor soterapolitano...não sei o motivo, mas o apartamento fica fechado o dia todo e sem ar condicionado, mas fica super fresco o dia todo, melhor assim.
Aqui, como em qualquer lugar do mundo, no verão os dias são enormes, mas aqui só vira noite, com tudo escuro, 21hs, é muito estranho. As ruas aqui em Homewood não são iluminadas, e quando digo isso, não é exagero, aqui os carros andam com farol alto, pois não tem poste com lâmpadas na maioria das ruas.
Outra coisa, o tempo aqui corre, e olha que tem muito dia que fico sozinha, só estudando ou vendo TV, mas quando olho para o relógio, já é noite (com um sol lascado no horizonte, mas é noite). É muito esquisito.

Coisa prática parte 2

Vocês aí no Brasil bem sabem como é fazer mercado e ter de esperar uma eternidade nas filas. Fazer mercado depois de um dia de trabalho é tortura: muita gente teve a mesma infeliz idéia que você, você já está cansado, com fome, sem paciência e às vezes ainda tem a sorte de pegar um caixa lento ou clientes brigando por lugar na fila (ah, o Brasil!).

Aqui, a gente sempre encontra umas filinhas, mas são bem pequenas e a sua vez chega bem rápido. Isso deve acontecer porque muita gente recebe o dinheiro por semana e os carrinhos de mercado não ficam tão grandes...ou porque aqui o pessoal é mais ligeiro mesmo.
Bom, só sei que se você tiver menos de 20 itens, pode passar no self check out. How cool is it? Masssa!!!! Fiquei empolgada, a gente passa nosso própria compra, a maquininha vai dando as dicas e você vai fazendo, sai a nota e pronto. Nada de espera. Amei!!!


Agora, imaginem isso no Brasil, o mercado poderia ter sérios problemas, pois acho que muito espertinho iria levar e não iria passar o produto. Pensando nisso, aqui existe uma pessoa na entrada/saída do mercado, quando a gente chega ela fala algo simpático e quando a gente sai, confere as comprar. Na verdade, só conferiram nossa compra uma vez e só vi conferindo a compra de outra pessoa.
Acho mesmo que aqui o pessoa não pega sem pagar mesmo, pois os jornais ficam numa espécie de estante nas ruas, farmácias, não ficam preso não, você deixa 1 dólar numa caixinha de acrílico e pega o jornal. Claro que existem outros tipos de caixa para jornal, que fica trancada e só abre quando você coloca o dinheiro (tá nos filmes), mas acho que aqui, por ser cidade pequena, tem muito da pessoa fazer.
Outro ponto que me chamou atenção aqui é que os velhinhos trabalham em tudo que é canto, você vê deficientes pelas ruas e ninguém olha torto nem nada. Tenho que admitir que algumas crianças americanas fixam o olhar nas mulçumanas que usam o lenço na cabeça, mas nada muito sério. É muita gente diferente junta...só os americanos que parecem ter só uma forma: branquinho de olhos azuis. Ainda bem que aqui tem latinos, indianos, negros e muitos outros para colorir a coisa.

Happy Birthday to you!


Passagem rápida para desejar felicidades ao aniversariante do dia, parabéns!

04/07/2010

Comprando carne.

Estamos comendo muito frango e peixe (só achamos tilápia), mas bateu uma vontade de comer carne de boi...huum...filé a francesa, carne do sol, bife...ah, carne de boi! Só encontramos lagarto no mercado e fizemos um lombo show! Mas queríamos mais carne e vem o problema: como comprar carne nos EUA? Os cortes aqui são completamente diferentes, estranhos e eu acrescento, não são bons, num corte, eles misturam vários tipos de carne. A sensação que tenho é que eles fazem os cortes ao contrário das fibras musculares e a carne fica sempre dura. Bom, tem picanha e filé mignon (esse último teremos que esperar para comer no Brasil, pois até agora só achamos num preço muito, muito alto), mas e carne de bife? Até agora nada...Ah, e o melhor é que temos comprado carne estragada, sim! Em cima elas estão lindas, mas por baixo, amarela e verde (bem brasileiras), aí a gente volta para devolver para o mercado (o lado bom dos EUA).

Estávamos tentando achar farinha e nos deparamos com um mercadinho Mediterrâneo com a bandeira do Brasil (eu também não sei o que o Brasil tem a ver com o Mediterrâneo, mas eu precisava da farinha...). Resultado: nada de farinha e do Brasil, lá só tinha a bandeira, pena!
Os brasileiros daqui falaram que coisas do Brasil só vende em Atlanta, então assim que comprarmos o carro vamos pegar 2hs de estrada para ir em Atlanta comprar farinha (quem manda morar no "jebe-jebe"!).

03/07/2010

"Quando junta brasileiro, só se fala em alegria"


Mesmo com a derrota, foi legal o encontro. Repare que a foto foi tirada depois da derrota e a metade do grupo já tinha ido embora. Adorei conhecer alguns brasileiros aqui de B'ham, tem enfermeira, contadora, músico e muito mais. Conversamos, trocamos contato e depois fomos almoçar num restaurante tailandês em Five Points (centro boêmio da cidade). Amei conhecer a galera e peguei dicas para meu futuro aqui.
Infelizmente o Brasil perdeu :(.

Foi muito engraçado juntar gente de muitos cantos do Brasil, vários sotaques e formas de falar diferente. Brasileiro fala muito durante o jogo! Amei o passeio, pena que não vai ter mais porque o Brasil perdeu...hunft!

01/07/2010

Passeio

Não contentes em morararmos no meio da floresta, resolvemos visitar o jardim botânico de B'ham. Muito lindo. Adorei o passeio. Lá tem mil banquinhos debaixo das árvores para piquiniques ou conversas, muito legal. Mãe, lembramos de você: um banquinho, brisa fresca, um livro, uma fanta (pq aqui não tem suco de verdade), os passarinhos cantando de fundo, cheiro de grama tem até umastrilhas...você passava um dia fácil assim, hein?

Aí embaixo é a entrada da estufa, com várias árvores brasileiras, temperinhos, mas não achei pé de quiabo! Achei bananeira e Leo disse que o pai iria falar: esses meninos são bestas, a roça cheia de bananeira e eles vão para os EUA ver... :)

Essa foto era para mostrar a menina lá atrás (Leo foi o coadjuvante), muito simpática, tentando caçar girinos, num espelho d'água (eu pensei que fosse um espelho d'água). A sujeitinha, estava com os cabelos todos molhados de tentar pescar os girinos, muito engraçada. Eu estava com a camisa do Brasil (com S) e uma menina perguntou onde consegui a camisa, explicamos que éramos do Brasil e não é que conhecemos uma baiana chamada Ana que mora aqui tem 17 anos?! Mas ela não é mais brasileira, é 100% americana, fala português como americano (meus tias e por aí vai), se veste como americana (short de basquete que com certeza é do marido), enfim, é americana. Ela estava com a filhinha no colo, toda vermelha do sol de meio-dia. Sim, a pequena do giríno caiu no espelho d'água, e na verdade era um pouquinho mais fundo, mas ela, toda descolada, levantou, deu risada e ainda perguntou se eu ou Leo queríamos segurar a roupa molhada dela (ela tinha ido com um short e uma camisa por baixo do vestidinho). Será que esse jogo de cintura todo é o sangue brasileiro?



Olha a bananeira aí atrás!


E por último, o jardim japonês, muito legal, tinha peixes nesse laguinho...
Tivemos que sair rápido daí, pois tinha muito "rato americano" (os esquilos), na verdade, eu que saí, não gosto de esquilos, só nos desenhos ou na TV.