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31/01/2014

da nevasca, da ignorância das pessoas e da lição que aprendi

Pera que vou te contar a história direito. Era terça e todo mundo sabia que iria nevar, mas o que ninguém sabia é que a neve iria acumular. Terça pela manhã, antes de sair de casa, eu conferi a previsão do tempo e meu email da UAB, não tinha alerta de emergência nesse sentido. As escolas estavam funcionando, tudo tranquilo. Levei marido para o trabalho, fui pro jazzercise e na volta peguei bastante trânsito. Eu não sabia que algumas empresas já tinham liberado seus funcionários. Eram 10:30 da manhã. Cheguei em casa e a neve começou a cair. A previsão inicial é que teria neve até as 13hs, mas a neve caiu até as 16hs e as 11hs já havia uma grossa camada de gelo nas estradas. Tirei foto de Luffy e fiquei feliz com o branquinho. Mas aí o caos se instalou. Meus amigos foram conseguindo chegar em casa. A maioria abandonou o carro e andou algumas milhas até chegar em casa. Alguns não conseguiram chegar nas escolas dos filhos e eles dormiram por lá, com os professores e colegas. Uma amiga bateu o carro porque ele escorregou e saiu levando alguns carros pelo caminho, "como uma bola de boliche", ela falou. Uma amiga disse que parecia cena de filme de fim de mundo: deficientes presos nos carros, idosos também, gente andando pelo acostamento etc. Um caos total. Meu marido voltou (tentou voltar) com 4 colegas, eles tentaram chegar em casa por 6 horas até que não tinha como avançar (muitos carros batidos). Eles andaram e pegaram uma carona até o condomínio dos 3 colegas de marido. Foram 6 horas de muita tensão, pra mim e pra eles. Marido estava pertinho de casa e resolveu, de teimosia, vir andando, mas estava muito escorregadio e ele caiu. Caiu em cima do braço e dois dias depois conseguiu ir na emergência para decobrir que teve uma pequena fratura. Nada grave. Ele chegou em casa no outro dia, na hora do almoço e só aí eu me acalmei. Passei mais de 6hs bem tensa e rezando para ele chegar bem.

Aparentemente o Alabama (e a Georgia) virou piada nacional devido a nevasca que enfrentamos na última terça. Sim, foram só 6,5 centímetros de neve e se você mora em uma região fria sabe que isso não é nada. Mas essa neve causou muito transtorno e acabou com a vida de 5 pessoas (uma delas era uma criança de 2 anos). E não, isso não é piada!!

Bom, aqui todo mundo fica atento a previsão do tempo e todos esses sinais de gravidade que falei acima, mas nada foi dito. O governador diz que foi erro da equipe da previsão do tempo, que por sua vez diz que avisou ao estado na segunda-feira sobre a tempestade. Se a população soubesse, as aulas teriam sido canceladas e o trabalho também. Nada disso teria acontecido. Em 2010, também nevou bastante aqui, mas todo mundo estava esperando (eles acabaram com o estoque de pão e leite dos mercados), ninguém saiu de casa. Mas esse ano, sem aviso, aconteceu esse horror! Aqui, o estado não tem aqueles caminhões especiais para tirar neve, nem sal, porque né, aqui não neva. Tá, até neva, mas não desse jeito. O condado que moro pediu falência em 2011 e com certeza estocar sal não seria uma prioridade para quem nem consegue pagar as contas.

Então, embaixo desses 6,5cm de neve tinha uma camada de gelo. Fora isso, os carros não são preparados para neve e as pessoas não sabem dirigir em tais condições. As maiores das rodovias ficou fechada com 50 carros batidos em um curto trecho, o que fechava o caminho para os outros motoristas. Muitos motoristas abandonaram os carros no meio da rua, a maioria tentou encostar, mas muita gente não conseguiu tirar o carro do lugar. Virou uma bola de neve com todas as principais rodovias paradas/bloqueadas.

Não, eu não estou defendendo o pessoal daqui, porque né, não é o tipo de coisa que eu faça, mas nesse caso, os Alabamians fizeram o que poderiam e sabem fazer: tentaram voltar para casa e ajudaram (E como ajudaram!) como podiam as pessoas que ficaram presas no meio do caminho. Nesse texto aqui uma pessoa falou que se preparar para neve aqui é igual preparar NY para tornado: não faz sentido! Simples assim. Então, não é que o pessoal do sul é tão redneck que tenha medo de neve, mas simplesmente que do jeito que a coisa aconteceu e sem nenhum auxílio de sal ou dos caminhões fica realmente inviável lidar com o "inesperado" (que não era inesperado já que a previsão do tempo já tinha "cantando essa pedra").

Por outro lado, eu vi muita notícia de gente espalhando o bem no mundo. E como poucas vezes durante 4 ano (possivelmente, a única vez), eu senti orgulho dos Alabamians. De verdade. Uma amiga foi "salva" por uma alma que comprou gasolina, colocou em um recipiente e saiu dirigindo tentando encontrar gente que precisava de gasolina para chegar em casa. Lojas como a Lowe's e a Home depot pegaram areia e seus funcionários saíram as ruas colocando areia nas estradas. A panera estava dando sopa e café. Restaurantes próximos as escolas que estavam abarrotadas de crianças resolveram levar comida. Tudo isso sem cobrar nada. Gente ajudando e dando carona aos que estavam caminhando. Médico (idoso já) andando 6 milhas para operar um paciente que sem a cirurgia tinha 90% de morrer. Teve outra amiga que o carro só fazia rodar na rodovia e um casal de desconhecido a ajudou a encostar o carro e deu carona pra ela. Teve gente pegando o filho dos outras na escola e trazendo para suas casas. Teve gente fazendo café e deixando para as pessoas que estavam caminhando para suas casas beberem e teve gente enfrentando a calçada escorregadia para salvar dois cachorros na casa dos vizinhos, porque a avó (humana) dos cachorros era velhinha, estava desesperada que os cachorros estavam sem comida e sem água, mas estava com muito medo de cair. De pagamento eu recebi uma mordiscada de um dos cachorros, dois abraços apertados da vizinha e a pergunta "você tem comida em casa? Se não tiver, a gente tem bastante, pode bater a qualquer hora na nossa casa". Fofo né?

Pra mim tem sido muito triste entrar nos sites de notícias e ver gente de Chicago ou do Maine fazendo piada da situação. Porque né, 6,5 centímetros de neve pra eles é a regra durante muitos meses, mas olhar a situação dos outros calçando seus próprios sapatos não pode...Aqui no Alabama, qualquer tragédia no país ganha oração e pensamentos positivos. Nunca ouvi ninguém fazendo piada da desgraça alheia, muito menos esse tipo de desgraça. E nossa, eu fiquei tão decepcionada com os comentários, quanta gente ignorante da situação. Mas serviu para eu sentir feliz, mesmo que só um pouquinho, mesmo que bem rapidinho, por morar aqui.

Bom, se você ouvir piadas a respeito do acontecido aqui, agora você pode dizer o que realmente aconteceu.

28/01/2014

diferença cultural ou falta de higiene mesmo?

A irmã da amiga de uma amiga minha tinha uma colega de estudo. As vezes elas estudavam na biblioteca, as vezes elas estudavam na casa da brasileira e as vezes na casa da americana. Mas elas estudavam bastante. Um dia a dupla resolveu estudar na casa da americana, na entrada do apartamento a americana pisou no coco de um cachorro (infelizmente essa cena é normal nos condomínios daqui), daí, elas andam em direção ao apartamento da americana que tira o tênis na porta e leva o mesmo até a cozinha. Onde que vocês acham que ela colocou o tênis? Acertou quem falou dentro da pia de lavar pratos.  Reza a lenda que depois daquele dia a brasileira nunca mais tomou água ou comeu na casa da americana.


Ps: Sim, eu sei que ter pia para lavar roupa é raro por essas bandas, mas na pia de lavar prato?!Nossa, sem comentários.


26/01/2014

"Jovem para ser velha e velha para ser jovem"

Pra mim eu só desejo que a vida volte a ser doce e deixo a música abaixo que eu andei ouvindo tanto no último mês -pra ver se entrava por osmose- e parece que deu jeito, hoje eu sou só esperança :)

“...
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana 
sempre 
Quem traz no corpo uma marca

Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça 
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida”



Eu queria um bolo de infância, aquele com recheio de beijinho e cobertura de chocolate. O forno aqui de casa não é nivelado, o bolo ficou torto. Tinha que ser um bolo pequeno porque eu queria um bolo só pra mim (mas a verdade é que a idade bateu e fiquei bem enjoada só com uma fatia). Não tá bonito, mas tá beeem bom. E claro que eu comi a primeira fatia na véspera (como você pode ver na foto acima), antes dos parabéns, mas como o aniversário é meu e eu já tenho 30 anos, eu que faço a regra :)


23/01/2014

Milestones da residência nos EUA

Porque eu adoro uma lista e porque é muito bom olhar pra trás e ver o tanto que ele fez. Vamos lá:

PGY1(R1)
-treinamento (esse post esclarece um pouco porque escolhemos Bham)
-início da residência
-primeiro plantão
-fim do primeiro mês (aqui ele estava mais relaxado, já dominava os sistemas e já sabia as diferenças das doses e medicações)
-fim do rodizio na UTI (ele odeia UTI/emergência e afins)
-fim do night float (eu também detestaria trabalhar todas as noites)
-fim do rodízio de emergência
-fim dos rodízio de clinica medica (ele pegou os 10 seguidos, pra ficar com neuro no final)
-final do primeiro ano (mal a gente sabia que o segundo ano seria ainda mais intenso!)

PGY2 (R2)
-primeiro plantão de neurologia sozinho (lembrando que marido ganhou o prêmio black cloud do Programa: ele tinha os plantões mais agitados)
-prova de neuro (percentil 89)
-prova prática
-último plantão (a pessoa é tão boa que se voluntariou para dar um plantão extra, o último plantão do ano)
-Final do segundo ano (ele só disse "agora eu posso jogar vídeo game outra vez)

PGY3(R3)

-início de plantão de backup
-último plantão de pediatria (ele detestou o rodízio de pediatria)
-apresentação do trabalho no congresso da Movement disorders society-Sidney
-Recebimento do Grant para o congresso
-prova da neuro (percentil 92)
-Acabaram os atendimentos no hospital vizinho 
-Final do terceiro ano

PGY4(R4)
-Recebeu o prêmio de TPA mais rápido (31 minutos door- to-neddle)
-último plantão como backup até as 20hs no hospital
-Aceitação dos trabalhos para o congresso da sociedade de Parkinson e movement disorder-Genebra
-Recebimento do grant para o congresso
-apresentação do trabalho em Atlanta
-Artigo aceito na Neurology (aqui eu tenho que comentar, "apenas" 8.25 de impacto...uau!)
-Acabaram TODOS os rodízio de stroke ever!!!! 
-Acabaram os rodízios no hospital militar
-último plantão de 24hs EVER
-Outro artigo publicado
-Apresentação do grand round
-prova de neuro
-Finalização de todos os rodízios no inpatiente service
-finalização dos trabalhos como chief-resident
-Formatura
-último plantão como backup
-último ambulatório no hospital militar
-entrega do pager/jaleco/scrubs


A prova de título será em setembro, aí ele será neurologista de fato e de direito. De fato ele só será neurologista em 2016, depois do fellowship. (e você fica aí reclamando que médico é caro..vê aí: 7 anos de faculdade + 1 ao de mestrado e  provas dos steps + 4 anos de residência +2 anos de fellowship= 14 anos se preparando pra virar médico de fato e de direito).


UPDATE- Depois de toda essa andaça, em julho/17 ele se tornou attending aqui na Flórida

Quer saber mais sobre como ser médico aqui nos EUA? Acesse mediconoseua.com 

17/01/2014

5-minute rule

Eu acho que já comentei aqui que as propagandas da região de Bham são ridículas, mas de forma geral, eu gosto das propagandas nacionais. Já tem um tempo que vi a propaganda abaixo. Acho divertidíssima. Sei que o Thanksgiving é levado muito a sério aqui e imagino que deve ser uma correria para deixar tudo “perfeito”. Na propaganda (17') o peru cai no chão e o marido pega, joga na mesa e fala “5-second rule”. Como eu nao sabia o que era isso, fui pesquisar (mentira! Leo sabia e me explicou). Essa expressão é bem parecida com o nosso “se não matar, engorda”. A ideia é que se a comida fica em contato com alguma superfície (tipo o chão) "só" por 5 segundos, a comida não se contamina. Claro que isso não é verdade, de fato não faz o menor sentido, mas aparentemente muita gente acredita na regra (ou não acredita e usa como desculpa, como a gente usa o ¨se não matar, engorda")

Procurei sobre o tema no google e o wikipedia me disse que já teve ate estudo sobre o assunto e o autor ganhou premio e tudo. Entao tá...

09/01/2014

A friaca que passou por aqui

Foi o maior frio que já passei na vida. Andar com Luffy com a (falta de)  temperatura de -19C (e mais ventinho gostoso fazendo a temperatura cair um pouco mais) não foi fácil.  Mas né, pelo menos eu tenho uma história para contar. Foi a primeira vez que eu vi a temperatura em Fahrenheit  chegar a um dígito, com sensação negativa (-6F de muito amor!). Fiquei me perguntando como que a galera no norte guenta um negócio desses. Tá doido!! Fiquei feliz por marido ter insistido que Gainesville seria melhor que Chicago. Porque lá em Chicago, com transporte público e a possibilidade de ir e vir a pé, eu iria sentir muito mais esse frio que não é de Deus (mas iria ficar feliz quando lembrasse de onde eu vim). 
Se você não consegue imaginar, conceber um frio desse, vou tentar explicar. O vento vira uma lixa em contato com sua pele (por mais que eu use camadas de roupa, sempre sobra uma parte que não tem como cobrir ou que o casaco não protege), é uma sensação nada agradável. O sol, que estava lá em cima, era um mero figurante desimportante, não servia de nada (mas tudo fica melhor com ele). Se nariz fica escorrendo do nada e os olhos ficam ardidos e vermelhos. Tudo que você pega te dá choque (porque estava bem seco). Pode ser a porta do carro, seu cachorro, seu marido. Chega um ponto que quando você muda de posição no sofá, toma choque no bumbum!!! Uma maravilha (só que ao contrário). Pegar uma coberta pesada pode dar choque também, assim como pegar no computador. Frio+tempo seco não é de Deus! E toda aquela beleza que você via nos filmes, aqueles casacos lindos, luvas e gorros, viram um “aaaaahh!!!”, uma dança de tira e põe roupa interminável. Uma dança de protetor labial, hidratante e cortizone eternos.

O maior frio que já peguei na vida não veio acompanhado de  neve. Pela primeira vez nesses anos de Alabama, não vi a neve. Quer dizer, pra ser justa, umas 7hs da manhã, enquanto tomávamos café, caiu uns floquinhos sem vergonha de neve (mas que já foram o suficiente para eu ficar feliz, admito), não durou 5 minutos e acabou. Kuén! Mas se tratando de Alabama foi bom, porque se nevasse mesmo, tudo iria parar. Assim, teve previsão de neve e por isso, na segunda e terça  as escolas e universidades só começaram às 10h. Eu não sei se é uma medida provisória, mas eu sei que aqui a possibilidade de neve é algo assustador, na minha teoria é quase fim do mundo mesmo. E para comprovar que a minha teoria é verdadeira, deixo vocês com a foto do corredor de pão do Walmart  no domingo (peguei essa foto no google imagem, mas estava assim mesmo. Ah, essa imagem é da previsão de neve de 2011...eles não aprendem mesmo). A galera fica alucinada e compra todos os pães e sei lá mais o quê para estocar em casa. Ahahahahahaha. O pessoal aqui é muito doido. Mas o bom é que sábado vai fazer 20C de calor. Daria para usar as Havainas, mas vai chover. O que nao eh algo triste já que significa que ficarei pelo menos 1 diazinho sem tomar choque :).
"Si nóis tem pão, nóis tá salvo"
 Em tempo: em gainesville fez -4C, o que é bastante frio também!

Conversa de casal:
Ela: que frio!!! Será que demora pra fazer calor outra vez?
Ele: nada! Quarta já vai fazer calor, aqui olha, 7C.
***
Ela sai de casa toda cheia de roupa (estava -9C) e quando sai do trabalho, coloca as camadas e vai buscar ele. Ela sente calor no caminho até o carro, quando entra no carro e liga o aquecedor, começa suar. Pega ele e comenta "nossa, esquentou bastante, tou suando aqui", ele "é, tá bem quente mesmo". Estava 5C...
***
Não, essas conversas não tiveram nada de sarcasmo, a gente mudou o parâmetro de temperatura mesmo. Espero que mudar isso seja rápido porque estaremos na Flórida em menos de 6 meses (desculpa, mas vou fazer a contagem regressiva aqui sempre, tou aguardando ansiosamente por esse dia!)
 

05/01/2014

Rota 1: De São Francisco a LA

Uma das melhores viagens que fizemos. Sem dúvida. Se tiver oportunidade, vá com fé que o negócio é muito bom! Fomos em meados de novembro (mas dizem que setembro é melhor) e foi simplesmente maravilhoso. Como só teríamos 6 dias, resolvemos descer de São Francisco para LA (desta forma ficaríamos do lado do oceano). A mala foi engraçada, roupa de frio para aguentar as temperaturas e a ventania em São Francisco e pouca roupa para LA.

Abaixo coloquei o roteiro da nossa viagem.



Infelizmente, tivemos que voar até LA, por conta dos preços das passagens. Embora você possa alugar o carro em uma cidade e entregar na outra, o preço do aluguel aumenta 3 vezes, então optamos por esse roteiro. Eu não curo road trip e por isso não estava assim tão animada, mas a viagem foi sensacional!

O que fizemos:

1.(sábado) Na chegada em LA, deu tudo muito errado (mas vou pular essa parte-dor-de-cabeça). Dormimos na cidade de Firebaugh. A cidade é ponto de parada, não tem nada.

2. (domingo) Chegamos em São Francisco logo cedo e nossa!!! Que cidade maravilhosa! Tudo muito misturado, muita coisa para fazer, para ver, pra comer etc. Foi o ponto alto da viagem (queria saber disso antes e não ter ficado nenhum dia em LA e mais um dia aqui.).

3.(segunda) A ideia era ir em Salsalito tirar umas fotos no mirante da ponte, mas o tempo estava feio e resolvemos explorar a cidade. E foi sensacional. Saímos um pouco do circuito turista, o que sempre me faz feliz. No final do dia, partimos para Half Moon Bay (a idéia era mesmo de tirar uma foto) e vimos o pôr do sol em Santa Cruz. Dormimos em Monterey.

4. (terça) Essa seria a melhor parte da viagem (em termos de vista) e foi de tirar o fôlego. Passeamos em Monterey e Carmel. Carmel é muito fofa! E fomos descendo o Big Sur parando em milhares de mirantes. Tirando muitas fotos. Tudo muito lindo. Paramos no  Julia Pfeiffer Burns State Park (tava cheio de brasileiro, por sinal) e é muito lindo. Depois encaramos a estrada mais cheia de curva que eu já vi. Não tinha acostamento e nem sempre tinha barreira de proteção e eu me segurava com muito medo na porta do carro (ganhei dores musculares). Se tem estômago fraco, tem que levar remédio. Eu não levei e passei muito mal. Chegamos em San Luis Obispo para dormir.


5. (quarta) No outro dia, fomos no ponto turístico de Obispo, o muro de choclete (nojo!) e corremos para Salvang. Salvang é uma cidadezinha dinamarquesa bem charmosa. Passeamos bastante e Leo não queria ir embora. Chegamos em Santa Bárbara de tardinha. Jantamos, fomos na praia, passeamos pelo centro (não nessa ordem). E aqui já parecia coma  Califórnia que a gente vê nos filmes.
Dá para ver que eu estou super a vontade, sqn


6. (quinta) Fomos no State park Leo Carrillo para tirar umas fotos do lugar que foi gravado algumas cenas do Karate Kid original. Marido é louco pelo filme (quando ele era pirralho, lutava Karatê e até competia, chegou na faixa marrom!). Passeamos em Santa Bárbara, paramos em Malibu para uma foto e fomos para Santa Mônica. Depois de um tempo no pier de Santa Mônica, fomos para LA. E aqui a coisa apertou. Levamos mais de 30 minutos para percorrer 3km (eram 2 horas da tarde!). Resolvemos passear em Hollywood mesmo porque não precisaríamos de carro. Tiramos umas fotos e voltamos para casa.


7. (sexta) Não nos empolgamo com LA, resolvemos não passear mais e fomos para Disney. Porque né, a gente estava cansado, sem paciência para pegar engarrafamento, lidar com toda a fumaça (quanta gente fumando!) e todos os "ambulantes" insistentes que encontramos no primeiro dia e a Disney é felicidade garantida. Mas antes, chegamos mais perto do sinal de Hollywood para tirar a foto clássica. Na Disney fomos felizes novamente (mas feliz eu fiquei por ter certeza que a Disneyland não chega aos pés da Disneyworld e eu vou aproveitar muito nos próximos 2 anos).



Pra mim, quanto mais ao norte da Califórnia, melhor. Quanto mais a gente desceu, a coisa foi piorando ficando menos legal. Eu acho que tinha muita expectativa para as cidades mais ao sul...eu não sei explicar, quando vi o píer de Santa Mônica eu só falava "é só isso mesmo?", acho que criei uma fantasia que foi completamente contrária  a realidade (já São Francisco foi melhor do que sonhava). Juntando isso ao cansaço...Bom, a viagem foi muito boa. Espero voltar a São Francisco muitas vezes. Abaixo o tanto que Leo dirigiu e o tanto que ficamos dentro do carro :)