Não sou mãe, nem estou planejando nada para os próximos 6 meses, mas adoro ler alguns blogs maternos. Aqueles que contam causos engraçados então! Lembro da minha irmã, 7 anos mais nova e dos comentários fora de hora que faziam a gente rir muito. Porém, noto algumas briguinhas entre as diferentes formas de pensar. Noto blogs que são a favor do parto natural e em casa cairem de pau naqueles que preferem um parto cesáreo e marcado. E vice-versa. Coisas do tipo "sua hippie" ou "péssima mãe" podem ser lidas em alguns blogs por aí. Assuntos como amamentação e cama compartilhada entram para a lista de discussão. E ó, discutir é legal, é preciso. O que eu acho altamente cansativo é eu achar que o que eu acredito é o certo, vestir a camisa e odiar o que é diferente. CHATO!
Porque assim, o que a ciência aponta como o ideal, não necessariamente é o melhor para mim e para o meu filho. Gente, a ciência trabalha com média e talvez eu esteja dentro do desvio padrão ou não! Aqui nos EUA, vejo as crianças chorando nos carrinhos e as mães continuam a fazer o que estavam fazendo. Quando cheguei aqui, achava um horror, queria pegar a criança no colo e acalmá-la, mas hoje sei que a criança "tem de" aprender a ficar no carrinho mesmo porque a mãe vai fazer o mercado, depois vai ao banco, depois vai fazer a comida, pegar os outros filhos na escola e não tem como dar conta de pegar filho no colo no meio de tudo isso. Não que elas não sejam amorosas, elas são, mas são diferentes do meu jeito brasileiro. E quem sou eu para dizer que assim está errado para elas? Bom, eu não acho que conseguiria fazer isso, mas se funciona para ela, porque que eu vou acender a lareira da inquisição e queimá-la? Oxe, tenho tempo para isso não.
Tudo isso porque esses dias recebi um comentário desse post que fiz em 2010. Isso mesmo, em DOIS MIL E DEZ! Sobre o parto aqui nos EUA. Se você já leu mais do que 5 posts aqui vai entender que o meu tom é de brincadeira. E um pouquinho de terror também (quem já assistiu I didn't know I was Pregnant"? E quem já teve aulas de anatomia com peças de verdade e ficou tensa vendo a vagina e imaginando o quanto que aquilo iria ter de extender para passar um bebezinho?).
O comentário da Amanda, minha conterrânea foi esse aqui:
Que pena q vc pense assim. realmente é bom msm vc esperar para ter um
filho... espero q qd vc engravidar esteja com a cabecinha um pouco mais
amadurecida em relação a importancia do parto para o bebê e a mãe...
Eu achei tão absurdo e ofensivo. Na minha cabeça ela poderia ter perguntando se eu pensava igual. Se algo tinha mudado (hello? tem 2 anos!) e olha, eu nasci de parto cesáreo (o plano era o parto na água, mas não deu) com direito a anestesia e tudo e não fiquei traumatizada, não sou pouco inteligente, não tive atraso no desenvolvimento, minha mãe é meu braço direito até hoje. Não que eu seja a favor do parto cesáreo, não sou. Sou a favor da escolha. Sou a favor da informação e mais importante, sou a favor de ninguém ser discriminada ou deixada de lado porque resolveu/achou melhor dar fórmula, não amamentar ou fazer parto cesáreo.
Eu até entendo a Amanda, porque na Bahia está complicado optar por parto normal, então, não há escolha. Minha prima tentou e não conseguiu, uma amiga até conseguiu, mas a médica não deixou o pai assistir (juro!). Mas isso não dá o direito de você chamar o outro de imaturo. Só porque o outro pensa diferente. Nesse caso, quem é o imaturo? Se a abordagem fosse outra, mostrando os pontos positivos, dando informação e deixando a pessoa escolher o que é melhor para si, não seria mais nobre?
Oi Lorna
ResponderExcluirTbm leio muitos blogs maternos e sempre tem polêmica, mas só leio e absorvo pra mim o que me é importante.
Realmente nosso jeito de criar os filhos (nós brasileiros) é um pouco diferente do jeito americano (generalizando, claro), mas em alguns pontos eu gosto mais das rules e do jeito que ligam com as situaçoes daqui.
Somos uma constante mutaçao, eu tinha "certezas" meses atrás que hoje em dia faço diferente, nao tem como ter o mesmo pensamento qdo estamos aprendendo diariamente.
E penso que vc demostra estar super preparada p/ ter seu babyzinho.
Bjs!
Cris, sabe que dá vontade de levar você para casa. (ou mudar para perto)? Você é sempre um amor! É verdade, graças a Deus a gente pode mudar e muda o tempo todo. A Lorna de 2 anos atrás (recém chegada nos EUA), não é a Lorna de hoje :)
ExcluirObrigada Lorna!
ExcluirE escolho a segunda opcao: ter uma vizinha pra batermos papo e no futuro um amiguinho pra brincar com o Lucas (e quem sabe com o segundinho tbm rs)
Bjs
Esse assunto sempre e polemico... eu acho falta do que fazer..kkk... serio!! Acho errado os medicos falarem o que e certo ou nao para a mulher...Como voce falou tem pessoas na Bahia que nao sao autorizadas a terem o bebe de forma natural.. o que e melhor para a mulher dependendo do caso.. Minha pobre tia que mora na Europa, nao teve o direito de pedir cesaria depois de sofrer horas de parto com um bebe de mais de 5kg...ja .. o segundo bebe tambem muito grande.. ela teve que pedir na justica para ter o direito da cesaria...entao .. minha opiniao e de que .. o que for o melhor dependendo a situacao deve ser feito.. uma conhecida minha em Sao Paulo tinha o sonho do parto natural(em Sao Paulo, a mae tem o controle total!), mas antes do parto apos os ultimos exames o medico conversou com ela e o marido sobre o tamanho do bebe, que estava gigante, no final ela teve o bebe atraves da cesaria..e ficou feliz por que .. quando viu o bebe entendeu que sofreria muito.. minha tia por motivo do parto natural forcado que teve, ate hoje, 6 anos depois ainda tem problemas serios na bexiga..Isso mesmo bexiga! Entao acho perca de tempo essa historia de certo ou errado quando se trata deste tema... gostei do post!
ResponderExcluirObrigada Adriana :)
ExcluirLorna, n tenho nem paciência p gente assim. Talvez se eu conhecesse a Amanda na vida real, a gente até pudesse ser amiga, mas é difícil p mim respeitar uma pessoa q mal conhece a outra e vai logo julgando.
ResponderExcluirEsse povo se junta na net, fazem umas panelinhas e quem pensa errado vai pro inferno.
N dá... N dá!
Né não?!
ExcluirA net hoje em dia ta complicada ne?! E um radicalismo e uma falta de espaco para aceitar quem pensa diferente. Acho que o povo pensa que so porque ta em um computador e se aproveita de um certo anonimato que a internet oferece, pode sair por ai ofedendo e julgando as pessoas. O jeito e ignorar e ter pena dessa gente de mente fechada.
ResponderExcluirBeijinhos
Monique, o que me deixa triste e me faz repensar essa questão de ter blog é justamente isso...
ExcluirSobre parto normal, acho muito legal, DESDE que ele seja normal. Explico: não acho normal uma mulher ficar 10 horas (ou mais) em trabalho de parto, por exemplo. Não consigo acreditar que em um caso assim a mãe e o bebê não sofram. Outro dia li em um blog que a mulher ficou 22h (!!!) em trabalho de parto e foi devidamente avisada pelo médico que o negócio seria sofrido. Opção dela, está super contente e não se arrepende do tipo parto que fez, o que eu tenho a ver com isso, né?
ResponderExcluirAnônimo, esse negócio de normal é relativo mesmo. Eu não sei como será o meu parto, mas no momento, penso que uma anestesia de leve não fará mal, fará até bem para me relaxar e acalmar...
Excluirprimeiro que eu morri de rir com a mensagem, e adorei a amiga do marido que levantou tua moral ando precisando de uma assim kkkkkk, misturar os idiomas é cruel mesmo eu já tô no Brasil a 6 meses e ainda falo algumas coisas em espanhol naturalmente... agora essa pobre coitada que n tem o que fazer entrar no blog alheio e ainda escrever besteiras é pra acabar mesmo amiga nao liga tua consciência tá tranquila a dela dúvido... besitos :)
ResponderExcluirAh, eu ainda não conheço essa figura, acho que irei conhecer na festinha de carnaval e óbvio que irei agradecer com um abraço (e assustar a pobre americana que não é acostumada a receber abraço assim, do nada).
ExcluirVirge... chamar de imaturo eh péssimo, hein?
ResponderExcluirminha mãe queria q eu nascesse de parto natural, na água... não rolou e nasci de cesária... E eu também não sou retardada, problemática, nem nada disso...
Alias, cada mae tem o filho do jeito que achar melhor, ne?
Eu não sei, sou muito imatura para responder tal questão :). Parece que tem um jeito certo que a grávida tem de seguir. E aí está o meu problema: detsto seguir o "jeito certo". Oremos!
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