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16/05/2011

Sobre a felicidade

Não, eu não acho que a felicidade seja eterna, acredito que passamos por ondas de felicidade, tristeza e normalidade. Acho que a felicidade não é um estado permanente pois a gente depende de muitas coisas e pessoas para ficar feliz (eu não consigo ficar feliz se sei que minha irmã está mal). Por isso, quando boas coisas me acontecem, eu costumo festejar. Claro que a comemoração depende da conta bancária e do evento a ser comemorado, mas seja um filme, um lanchinho ou uma saída bacanuda, acho válido a gente parar, comemorar, agradecer as coisas boas e vivenciar o máximo possível a sensação gostosa da felicidade. Sim, eu sou do tipo que grita para comemorar também, mas calma, peço licença para os que estão a minha volta para eu soltar o grito da felicidade. E sim, eu amo a sensação de estar feliz (e quem não gosta né?).

E agora eu estou nessa onda feliz (ou estava...), passei um ano complicadinho, mas tenho recebido muitas coisas boas. Até que, hum...até que...sabe, eu odeio câncer (não há quem goste). Odeio essa doença com todas as fibras do meu ser. Odeio, tenho raiva e queria exterminar todas as células "mutantes" que teimosamente insistem em roubar a paz e a vida das pessoa e bichinhos. Ninguém deveria ter isso. Nem criança, nem adulto, nem velhinho, nem bichinho, nem ninguém. Eu odeio o câncer!!! Principalmente porquê ele se impõe de um jeito arrogante e rouba a minha felicidade. Tenho raiva de quem rouba a minha felicidade! Daí que no meio dessa onda feliz, recebo a notícia que um amigo que havia entrado em remissão um tempinho atrás, vai voltar a brigar contra o câncer. Outra cirurgia mais quimio...que raiva! Porque o câncer não aceitou que perdeu da primeira vez e foi embora de vez? Saco, saco, saco! E eu aqui, longe! Tá, nesse caso, as chances dele vencer mais uma vez são imensas (e isso me acalma), mas né...e pra roubar minha felicidade ainda mais, minha cachorrinha morreu de câncer. Eu recebi a  notícia e chorei, chorei, chorei. Chorei sozinha....só de pensar que quando eu for visitar minha mãe, ela não estará me esperando, doida alucinada por carinho, chorando de saudade. Do diagnóstico até a morte foi menos de 1 ano (e eu estava lá no Brasil na época). Fiquei com o coração tão apertado, muito ruim.(se você não tem/teve um bichinho talvez não entenda essa dor, mas é real e dói muito mesmo). Fiquei lembrando dela atrás de mim quando eu estava triste ou d'eu colocando ela no sofá (escondida de minha mãe) pra assistirmos tv juntas e da cara de vergonha dela quando fazia algo errado. Eu acho que agora ela está no céu de cachorro, boazinha e feliz. Rezei pra vovó Júlia passar lá no céu de cachorro e fazer um carinho na gordinha mais maravilhosa desse mundo! Tchau Bri, see you later, alligator! E aí, quando voltei do trabalho, uma moça estava andando com sua cachorrinha e a sujeitinha largou a dona e veio se engraçar comigo...ai que saudade!

Ps: Mãe, lembrei da música do "quá-quá", daquelas fitas educativas que via quando era pequena, lembra? "eu vejo meu quá-quá de noite quando vou orar, ele brinca lá no céu,um dia com ele vou ficar. Até me parecia que ele me amava tanto que sabia o que eu  dizia, "quá-quá", se triste eu estava ele sempre me alegrava com um "quá"."

6 comentários:

  1. Tenho pavor dessa doença!! Torço pro seu amigo vencer mais essa luta e sinto muito pela sua cachorra. Beijão

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  2. Sua mãe também lê seu blog?
    A minha lê, comenta, se mete, corrige!
    Morar longe é difícil, né? (ou não!) hahaha

    Tomara que seu amigo saia dessa, meu primeiro marido morreu de câncer, meu marido foi diagnosticado com cancêr de pele o ano passado e espero que não volte.
    Tenho uma amiga em tratamento e rezo muito para que tudo dê certo e principalmente que encontrem a cura para essa doença que mata tanto...

    beijos

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  3. Minha mãe lê sempre, mas antes não conseguia comentar, agora, volta e meia ela comenta algo aqui. Estou na torcida pela sua amiga, Karine e que o rosinha não veja mais "a cor" dessa doença chata!

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  4. OI Lorna
    Ano passado recebi a notícia que uma professora da escola havia falecido de câncer. Trabalhamos juntos 8 anos e eu gostava muito dela. Uma verdadeira dama, vivia sozinha com toda classe de uma francesa. Eu sinto muito pela Célia, ela deve ter sofrido muito no final. Sei bem o que você falou sobre sua cachorra. A minha faz 2 anos que morreu e eu ainda choro de vez enquando.
    Sabe por isso tento viver da melhor maneira possivel e gastei milhares de reais em 5 anos de terapia pra resolver TUDO e passar longe dessa doença. Acredito que o câncer vem quando a gente não limpou a casa "por dentro" entende?
    Bjs e sorte pra seu amigo
    Sorte pro seu amigo

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  5. Nooooossa! Essa musiquinha do "Quá-quá" me remete demais à infância! Eu tinha várias daquelas fitas, minha mãe colocava o som no corredor todas as noites e eu dormia escutando. Vc lembra o nome do grupo que cantava??? Ou da coleção???
    Tudo de bom pra vc!
    Megui.

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  6. Megui, eu não sei o nome. Também tinha muitas fitas e via direto com minha irmã e primos. A gente adorava e eu ainda lembro de várias músicas :)

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