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14/09/2013

Eu só quero trabalhar, posso?




1. Uma pessoa chega feliz e contente para trabalhar, mas a senha da porta não funciona. Essa pessoa tenta algumas vezes e nada. Nada assustador, já que a senha é mudada  eventualmente (mas você sempre recebe por email a senha). O porteiro estava no posto dele? Claro que não. Você, digo, a pessoa sobe e tenta falar com a secretária da chefe ou até a chefe mesmo, mas elas não estão na sala. Você desce mais uma vez. O porteiro já esta lá sentado, você explica a situação
Ele: você trabalha aqui?
Pessoa: sim (PQP! Não trabalho não, quero entrar porque não tenho nada mais interessante para fazer. Ele só faz essa pergunta porque nunca está sentado na cadeira dele e quando está fica no telefone e de cabeça baixa por isso nunca vê ninguém!!!)
Ele: E não recebeu a senha?! Você sabe quem é fulaninha? Pergunta pra ela...
Pessoa: (como eu vou saber onde fulaninha está se ela trabalha aqui na portaria e deveria estar aqui?!) Você sabe onde posso encontrá-la?
Pessoa vai na sala, não acha a mulher, mas acha outra, explica a situação e ouve outra vez  “e você nao recebeu a senha?”, daí é mandada para outro lugar. Pessoa a localização da sala da próxima funcionária e ao chegar no lugar indicado percebe que a funcionária indicada não trabalha ali. Pessoa sai de sala em sala ate encontrar a sala correta. Essa sala é cheia de segurança e ninguém tem acesso a quem esta lá dentro. Pessoa bate na porta até que alguem vem ajudar. Você explica a situação e a pessoa completa “esqueceram te lhe dar a senha, hein?”, pessoa “pois é”. A funcionária pede o seu nome através de uma janelinha (não disse a sala é toda trabalhada na segurança?), tenta colocar no sistema e diz que seu nome não consta lá. Pessoa fala “posso te dar minha identidade? É que tenho um sotaque carregado, muitas vezes é dificil me entender”... a funcionária olha torto e diz que eu posso dar um documento para ela checar, dei o passaporte, mas ela não conseguiu encontrar meu nome (porque ter 2 sobrenomes aqui cag* com a vida de qualquer um). Ela pede a carteira de identificação do trabalho. Eu explico que como só trabalho meio periodo e no 1º  (alguns andares ficam trancados depois das 18hs, mas não é o caso do 1º andar), eu não tenho o bendito cartão.  Pessoa tenta explicar essa diferença, mas a mulher disse que não poderia fazer nada e ainda acha estranho que eu não tenha recebido a senha.
Daí, Murphy deu mole e o funcionário do RH chega para resolver qualquer coisa, fala comigo e acaba me ajudando com a senha e confirmando que eu sou eu.

2. Temos pouco menos de 2 meses para iniciar a coleta de dados do estudo. Foi resolvido que tudo seria enviado por email. Você se reune com a equipe de informática, explica a situação, eles dizem que podem fazer tudo em tempo hábil e ainda acrescentam que os dados a serão tabulados entrarão automaticamente no SPSS (felicidade define qualquer pessoa com uma notícia dessa). Você chega lá com uma ideia bem simples e o experts melhoram tudo e prometem mundos e fundos.
Pessoa dobra as horas de trabalho, cria o banco de dados, se reúne infinitas vezes com a equipe de informática. São 5 tipos diferentes de questionários, mas eles são iguais em 70% das questões, então você acha que a demora (esmero?) da equipe de informática está relacionada a isso: depois que eles aprontarem o primeiro questionário, os seguintes serão mais rápidos. Mesmo assim, fala com sua chefe e pede que ela mande um email só confirmando a data de entrega e para saber como anda tudo. A resposta vem em segundos: tudo ótimo, iremos entregar em dia.
Na semana seguinte, você vê que a coisa não vai funcionar e fala com sua chefe que eles podem até falar que está tudo certo, mas não está.  Esse projeto é financiado com verba federal americana e os prazos foram estabelecidos e devem ser cumpridos. Fora que o projeto acontece no Brasil e toda a logística desenvolvida para dar certo já tinha sido implantada. Atraso nenhum é permitido. Resultado, apesar da semelhança entre os questionários, você é chamada a todo momento para tirar uma dúvida que você já tinha tirado dias atrás, porque aparentemente é mais fácil assim do que abrir o trabalho que já foi feito. No caso, você passa mais tempo na sala deles que na sua. Depois de muita confusão os instrumentos ficam prontos com uma semana de atraso, mas na hora de rodar no Brasil, os sistemas são incompatíveis. O chefe da informática vira pra você com toda grosseria que lhe é peculiar dizendo que em nenhum momento você havia falado isso. Sua chefe nem deixa você falar e “cai pra dentro com uma avoadora” neles dizendo que somos leigas, que antes do projeto tínhamos nos reunido para conversar sobre as diferenças e que nada disso foi falado, portanto contratamos os experts para fazer o trabalho, que isso era papel deles. No final das contas, o tempo que eu levei tabulando os 5 questionários, depois explicando para um chinês que não fala inglês como eu queria e todo o resto foram perdidos porque acabamos tendo que fazer de outro jeito, em cima da hora. Além disso, tivemos um trabalho enorme por conta de um defeito no questionário que causava um erro e confundia algumas pessoas. Foi tanto dinheiro e tempo gastos que seria mais fácil eu ter ido ao Brasil e sair distribuindo os questionários em mãos.

Gente atrapalhando a nossa vida tem aos montes, mas quando atrapalha seu trabalho, a coisa fica feia!

2 comentários:

  1. Pior e quando a gente encontra gente que atrapalha nossa vida e nosso trabalho =/ Tem gente que e dificil demais de trabalhar ne, se os bonitos eram da parte de informatica/tecnologia acho que cabia eles anteciparem esses problemas de conflito de sistema, mas enfim espero que tudo esteja bem agora.
    Beijinhos

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  2. Esses seus casos&acasos do "Alabema" são de chocar o cristão, e um diferente do outro tudo fora do script. Boa Sorte com povo todo, que vão contra ao útil x agradável.

    Da proxima vez vou até preparar uma pipoca w/Coke pra garantir #5diazinhosdobarulho

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