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03/09/2012

Detalhes de Montreal- parte 1

Esse post foi escrito para mim. Eu preciso lembrar da cidade, das sensações que tive lá. O próximo post (entrará no ar na quinta) será mais turístico, ok? Ah, e já aviso que o post está gigante!

A ida a Montreal foi para eu apresentar dois trabalhos no congresso, mas resolvi ir alguns dias antes para conhecer um pouco da cidade. Bom, se você já leu 3 posts nesse blog já sabe que eu detesto morar aqui em B'ham (e coitado se você já leu mais posts, não aguenta mais meu mimimi). A minha idéia era voltar ao Brasil depois do treinamento do marido, mas marido prefere qualquer coisa a ter de voltar a terrinha (porque a área que ele vai se especializar, ainda não tem no Brasil), então, como meu grau de insatisfação nos EUA é enorme (não só pela cidade, mas por todas as questões burocráticas e culturais) e aparentemente voltar para o Brasil será motivo de briga, a minha idéia é mudarmos para um país neutro, onde nossos diplomas sejam válidos e a qualidade de vida seja boa. Então, os 2 dias de "turista" que eu tive na cidade foram voltados para conhecer o dia a dia do pessoal e não tanto para conhecer a parte turística. A minha expectativa era alta e a vontade de amar a cidade era mais alta ainda (ou seja, minha opinião tem um viés enorme).

Vamos lá, viajei ao lado de uma família de Montreal que estava na Disney. Pense na coisa mais linda que é ver uma menininha falanda francês, contando história, jogando e puxando papo comigo. Fiquei apaixonada! (admito que o sotaque é meio diferente, mas eu achei tão fofo!). Daí, chego na imigração e sobe o frio na barriga porque eu estou mal acostumada com a grosseria da imigração americana, mas para minha surpresa, o policial canadense fala olhando para mim, é super educado, faz as perguntas que tem de fazer e pronto. Já fazia tempo que não me sentia gente na imigração.

Daí eu peguei um táxi para a casa de uma amiga que mora na cidade há 3 anos e foi minha host. Primeiro que o taxista era do Haiti e foi tão educado! Quando cheguei na casa da Marina e entrei no apartamento dela, tudo tão fofinho.  Conversamos uns minutos e ela me levou para fazer um programa local. Como estava quente, fomos em um parque, levamos a canga e conversamos mais. Eu fiquei tonta com tanta coisa diferente. Mil pessoas esportivas, correndo, andando de bicicleta. Todo mundo magro (lembre que aqui  no Alabama mais de 30% da população é obesa). As pessoas são tão relaxadas. Cada pessoa se veste de maneira diferente, muitas estampas e peças diferentes, tão diferente daqui do Alabama que ninguém usa decote, as coisas são todas padronizadas, tudo irritantemente igual! Vi mulher de cabelo molhado (aqui no Alabama isso é sinônimo de desleixo), gente de todo tipo. Ah, a "bolha" ao redor das pessoas é menor que a americana (mas maior que a baiana). A minha host definiu a cidade com uma palavra "liberdade" e foi assim que eu me senti lá. Vi tanta gente tatuada (acho que nunca vi ninguém com tatuagem aqui), casais homossexuais andando de mãos dadas na boa (como, na minha opinião deve ser), deficiente físico participando de tudo. Eu olhava para tudo e fui me imaginando morando lá.

Para melhorar: o transporte púbico. Eu odeio dirigir, mas aqui ou eu pego o carro ou fico trancada em casa (aqui quase não tem passeio/calçada). Em Montreal, os ônibus passam na hora, o metrô também. Você não precisa ficar congelando no frio ou derretendo no calor (eu peguei 41C de puro derretimento), como já sabe a hora do transporte, sai de casa prevendo o tempo e não precisa aguardar debaixo do sol ou neve. Eu achei engraçado porque a gente estava em um ponto da cidade e resolvia ir para outro ponto, minha host via o horário do ônibus/metrô pelo smartphone (invenção que definitivamente é de Deus) e íamos. Não tinha aquele coisa chata de pegar o carro, sabe. Eu amei bater perna pela cidade. Amei ver gente, interagir com gente (quando se está dentro dos  carros, a gente perde isso). O metrô é tranquilo e Marina disse que os novos trens já foram comprados e vão ser instalados brevemente. Comprei meu passe para 3 dias e pude pegar onibus e metrô a vontade. Eu ficava olhando tudo, estava tão feliz, sabe quando você finalmente se sente em casa? Pois é...

Aqui eu não vi ninguém "psicotizando" (falando ao celular com o "bluthu" enfiado no ouvido). As pessoa parecem normais, mas definitivamente são diferentes e ninguém liga. A Marina me contou que houve uma quebra com a religião um tempo atrás, o que não significa que as pessoas não tenham suas crenças (sou eu toda!) e disse que tem tanta lei para proteger a mulher, que se você quiser sair "com os peitos para fora, ninguém vai olhar/notar" (não que tenha gente que faça isso). Engraçado que ela mora em um lugar ótimo, perto do trem e do metrô, da faculdade, na divisão entre a parte francesa e inglesa da cidade. Então na hora de dormir, ela disse que fazia barulho, mas as 3 noites que dormi lá foram ótimas porque o barulho a que ela se refere, é barulho de vida sabe, um carro passando, uma passoa falando longe e isso não me incomoda, pelo contrário, deu a sensação de estar viva fazendo parte do mundo.

A arquitetura da cidade é inglesa e meio cinza ou marrom. No verão fica tranquilo, pois tem muito verde para contrastar, mas no inverno, com tudo branco e "árvores de cemitério" deve ficar feio. Sim, aí você resolve parar para comer algo, a primeira língua é francês e o garçom fala em francês com você (que é muito lindo), mas é só falar que precisa falar inglês que eles mudam a língua. O interessante é que os garçons falavam francês com a  Marina e inglês comigo e a gente falando "brasileiro". Tem cardápio em inglês e francês, a descrição dos produtos no mercado também está nas duas línguas. Tem gente aqui que só fala inglês e tem gente aqui que só fala francês. É muito engraçado ver uma pessoa que foi crianda falando francês, falar o inglês. Eles falam com sotaque, tipo o "h" é mudo, então "help"vira "elp". Agora, a moça do metrô só fala francês.

O atendimento nos bares e restaurantes é diferente. Espera-se muito para ser atendido (talvez esse seja o normal do mundo, mas o americano é que está sempre com pressa), os garçons não ficam perguntando a cada segundo se você precisa de algo (graças a Deus, porque se tem coisa irritante é ter de dizer a cada segundo que está tudo bem e de boca cheia então, não é digno!).Ah, a Marina fez uma fahitas ótimas e comemos na varanda. Ela disse que isso é muito comum lá (eles aproveitam bastante o tempo quente).

Tem padarias espalhadas pela cidade e isso faz toda a diferença na vida de uma pessoa. As  coisas aqui são mais caras, a taxa é ainda maior que a do Alabama. Marina falou que lá é onde tem a maior corrupção no país, as taxas são as mais altas e os salários menores. Ah, uma coisa que achei o máximo é que os casais andam de mãos dadas, se abraçam, dão beijinhos na rua. Coisa fofa! (parece que nas cidades inglesas não tem essa cultura, pois esse tipo de comportamento é tipicamente francês).

E Montreal vai para o topo da lista da mudança. Já pensou, não ser humilhada cada vez que passa pela imigração americana? Fato é que preciso voltar no inverno para ver se continuo apaixonada assim pela cidade, mas pelo pouco que vi, moraria lá tranquilamente (e com muitos casacos para aguentar o inverno). 

16 comentários:

  1. Ai menina como deve ser dificil ter q viver em uma cidade que nao te agrada...poxa... desejo mto que vc consiga dobrar o maridao e q vcs achem um lugar maravilhoso pra viver!!
    Hannover tbm é uma cidade linda e encontadora, bem parecida com a Montreal do seu relato. Querendo vir conhecer, as portas estarao abertas!!
    Fica com Deus!!

    Beijos!!
    dasaxoniaabaviera.blogspot.com

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  2. Lorna ainda bem que aqui onde moro não tem várias coisas que vc falou que tem aí. Por exemplo, vejo mts pessoas tatuadas, tem calçada em todo lugar, apesar do onibus e metro demorarem pra passar a gente olha a hora e pronto! Eles chegam na hora, mas se você perder, só daqui 40 minutos de novo. Quanto à imigração não achei que fui mal tratada. Só a fila mesmo que demorou quase 2h, mas o policial olhou pra gente e quase nem perguntou nada. Ainda bem que comigo esta sendo diferente! E espero que vc ache um lugar que lhe encante. Além disso, ja imaginou falar inglês e francês fluentemente? Meu sonho! Bjss

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    1. Carol, que sorte a sua!
      Quanto a imigração americana, já passei por eles em miami, em NYC e lá no Canadá (a imigração americana fica lá no canadá, antes da gente embarcar de volta) e a falta de educação foi igual. Engraçado que até os americanos fazem piadinhas sobre os policias da imigração, porque eles são grossos demais da conta!

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    2. A gente chegou por Atlanta e ano passado foi por NYC e agora lembrei que a mulher da vez passada não foi lá essas coisas! hahaha Ahh, esqueci de dizer que adoro posts grandes!!

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  3. hahaha Lorna! Morri de rir com o que vc disse sobre ficar respondendo que o serviço está ok. Os garçons as vezes sao muito bonzinhos, mas irritam em ficar perguntando toda hora se tudo está OK. Hahaha. Ai que máximo ter transporte [ublico que funciona. Minha irma mora em Zurich na Suíça e pelo que vc descreveu em Montreal é igual. Todos os transportes passam no exato momento marcado, sem atraso. Uma maravilha. Aqui onde eu moro tb é assim, nao ter carro é como nao ter pernas, nao dá pra ir em lugar algum. Estou ansiosa para ler os proximos post. Eeee! Beijo!!

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  4. Oi, Lorna. Meu sonho conhecer o Canadá!! Quebec então... Com certeza, um destino e tanto.
    A nossa idéia original era ir pra lá, mas a barreira da língua pesou bastante, além do custo mais alto ( e do frio)... Todo o mundo que vai fala que é fantástico. Sem contar que a cidadania canadense é bem tranquila de ser conseguida, principalmente para um casal de profissionais liberais com as qualificações de vocês dois. Boa sorte!

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  5. Lorna, eu amo seu blog, te respeito MUITO como pessoa, ser pensante, mas pela primeira vez fiquei um pouco incomodada com um post seu.
    Eu tive 3 experiencias com a imigração e realmente uma foi muuuito ruim (foi qnd passei por Miami, ou seja: o negócio deve ser o SUL).

    Aqui, tenho várias amigas gay, inclusive uma que se veste como homem e é extremamente respeitada por todos os lugares onde passa. Meu marido tem 3 tatuagens (grandes) e em Boston, as coisas são mais ou menos como vc descreveu em Montreal.
    Eu não fiquei incomodada por vc não gostar dos EUA. E sim por vc estar "desistindo" do país só por causa do Alabama!
    Eu tenho um amigo americano que mora no Brasil e sempre fala dos estados "esse é horrível, aquele não tem nada pra fazer, etc, etc, mas Massachusetts é um dos melhores lugares para se morar."... Não desiste daqui! Vem em Boston! Acho que tu vai gostar do jeito das pessoas daqui. Todos são apaixonados por esporte, viciados nos Red Sox, Patriots, Celtics ou Bruins! É uma paixão meio brasileira pelo futebol, sabe?
    Esse país é enooooooorme! Aqui, é como outro país e vale MUITO a pena ser "descoberto".
    Não estou falando isso por ser "america lover", eu e marido até já batemos um papo sobre mudarmos pro Canadá, ele se operou em Montreal, pois lá o médico tinha fama de ser o melhor na área e a operação era MUITO mais barata!

    Ele foi duas vezes a Montreal e disse que o inverno lá é "do mal"! hehe
    Eu vou no inverno e te digo o que achei!

    Beijooo,

    Rebeca
    xoxo

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    1. Rebeca, voce eh uma fofa! Mas sabe o que pesa nessa decisao? O fato de que quando o treinamento do meu marido terminar, eu nao vou poder trabalhar por 6 anos, caso a gente fique aqui. Entao, pior que morar no Alabama, eh morar em qualquer lugar sem poder trabalhar. E olha que eu tentei gostar de ser dona de casa, mas o fato eh que nao levo jeito para coisa. Eu sei que no norte as coisas sao melhores, mas o fato eh que as oportunidades para medicos estrangeiros (por conta do visto) se concentram mais no sul, entao, embora eu nao queira ficar aqui no sul, sei que as chances sao enormes. Imagina ai, morar em um lugar que nao se gosta e ainda nao poder trabalhar, muito ruim! No canada a gente nao precisaria validar o diploma e nem brigar para trabalhar. Fora que a cidadania sai em 3 anos! (aqui iremos passar 6 anos, depois mais 6 para aplicar para o green card, ficaremos 5 anos com o green card e depois poderemos aplicar para a cidadania; eh muito tempo para ter direito iguais, sabe). Tambem, nao me adaptei ao jeito americano, mas ainda faltam 4 anos, quem sabe...

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    2. Lorna, pra mim, seis anos sem trabalhar é depressão, na certa! Misericórdia!!! hehehe
      Boa sorte, viu?
      Torço demais por vc!

      :)

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  6. Nossa, AMEI esse post. Eh bem estilo dos posts que gosto de fazer quando vou a algum lugar. Me identifico com voce porque tb odeio o lugar que moro, e tenho vontade de mudar. Mas concordo com o que a Rebeca falou. As vezes a gente faz uma impressao do lugar que moramos englobar o pais. E nao eh bem assim. As regioes aqui nos EUA sao bem diferentes Lorna, acredite. Eu tb morei em Massachusetts onde a Re mora e concordo com ela, a "vida" por lah lembra muito o que voce descreveu no seu post sobre Montreal. A liberdade, o dia-a-dia, a agitacao no verao, as pessoas serem livres pra fazer o que quiser... tem transporte publico tb, que funciona bem... quanto a pessoas serem mais simpaticas, tb depende de regioes, eu achava que o povo em Boston era simpatico ateh eu mudar pro Oeste Americano. Aqui o povo eh SUPER simpatico. Sao super laid back... e assim vai. Eu ja tive experiencias ruins na imigracao sempre no sul haha, mas tb jah tive experiencias boas, no Texas o povo me tratou assim SUPER bem. Entao acho que nao podemos pensar nos EUA como o Alabama. Assim como nao podemos pensar nos EUA como a California, mas sim um conjunto de regioes com perfis diferentes. Mas te entendo perfeitamente. Porque jah ouvi mesmo pessoas inclusive americanas, que amaram o Canada. Que no geral a qualidade de vida lah eh muito melhor, a seguranca, as pessoas sao mais simpaticas... mas como nunca fui nao posso comparar. Soh posso comparar mesmo os lugares que fui aqui dentro dos EUA. E te digo, se voce for a Chicago, Boston, lugares com mais vida (nem digo New York porque NY apesar de ser legal pra passear, achei bem suja e muito busy pro meu gosto), mas quando voce visitar outros locais dentro dos EUA voce vera o que eu e Rebeca estamos querendo dizer. Ha "vida alem de Farmington, NM, ha vida alem de Birmingham, Al" hehe.
    Olha, eu tb jah pensei em morar no Canada pelo que escuto das pessoas, que a qualidade de vida eh bem melhor e tal. Nao sei ainda... Bryan e eu queremos mudar daqui nos proximos anos. Mas nao sabemos pra onde ainda. Pra te falar a verdade, eu gosto tanto da tranquilidade do lado southwest quanto da agitacao do northweast, aprendi isso quando fui pra Boston este ano. Me senti um pouco "perdida" la, me senti overwhelmed, acho que ja estou ha tantos anos aqui que me acostumei com a tranquilidade. De um jeito ou de outro, eu me adaptaria novamente. Bom, ja falei demais. Um dia nos mudaresmo Lorna. Postaremos em nossos respectivos blogs sobre o dia em que deixamos nossas respectivas odiadas cidades hahahhaa. Beijosss

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    1. Nani, se eu achasse que os EUA fosse so Alabama, jah teria voltado :). A gente continua aqui porque sabe que ha coisa melhor, mas como eu disse para a Rebeca ai em cima, as chances da gente ir p norte sao baixas e ficar aqui sem ter direito a trabalhar seria a morte para mim.

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    2. Mas por que? Tem tantos outros lugares precisando de medicos aqui dentro. Bom, se bem que nao sei qual a especializacao dele. Sim te entendo e apoio no quesito que o Canada no geral oferece mais possibilidades, cidadania eh mais facil e rapido, o mercado de trabalho aceita o diploma dos dois, etc. Soh comentei no quesito comparacao de EUA e Canada com relacao ao Alabama. :)

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  7. Todo mundo quer você nos EUA... Tô sentindo uma corrente se formar...
    Beijos!

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  8. Lorna,
    Estou impressionada com a riqueza de detalhes do seu post ;-) Nao sei se vc se lembra de um e-mail que circulava sobre alguém que anunciava uma casa de campo e nao conseguia vender, quando enfim decidiu pedir a um poeta que redigisse o anuncio. Resultado, o poeta descreveu o lugar com tantos detalhes maravilhosos (como o barulho de natureza que vc refere no seu post) que depois de ler o anuncio a pessoa desistiu de vender. Nao que eu discorde de nada do que vc relatou, mas depois de mais de 3 anos num lugar, tudo vira rotina e ter aulas na universidade com uma prof. de mais de 60 anos vestindo mini-saia é algo que nao me chama mais atençao hahahaha. Coisa morbida essa de rotina, heim? Bom mesmo é receber amigos que descrevem o lugar em que vivemos com tanta poesia e nos fazem valorizar ainda mais as coisas boas ao nosso redor.
    Obrigada pelos bons momentos !

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    1. Obrigada você pelos bons momentos e pela nova perspectiva :)

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  9. Oi Lorna, realmente Alabama ñ descreve os EU q é bem mais diversificado. Gostei dos comments e acho q vc pode confiar nas suas amigas virtuais. Uma dica? tenta conhecer o Colorado.
    No Canada ñ dá pra ser Toronto ou adjacências? Não é tão frio como Montreal pq o inverno de Quebéc é terrível. Outro detalhe meio desfavorável é o custo de vida canadense!!!
    Well, continua nos mantendo informadas OK?
    Ah, conheci vc através do Renato viu? bjs......judy

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