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15/05/2014

Residencia medica nos EUA: o caminho do meu marido

“Como foi o caminho do seu marido ate chegar ai?” Essa eh uma das perguntas que mais me fazem. Entao, abaixo vou colocar os principais pontos. E gostaria de lembrar que esse foi o caminho do meu esposo, mas conhecemos medicos brasileiros que fizeram outros caminhos ate a residencia e deu certo tambem.

1.       Intercambio de pesquisa- Leo foi selecionado para fazer um intercambio de pesquisa atraves de uma parceria entre o governo brasileiro e o governo americano. Ele fez um semestre de pesquisa na LSU. Nesta epoca (jan/2008) ele estava no 11o  semestre da faculdade e estava no internato. Ele aproveitou para fazer o rodizio (ou rotacao, parece que cada estado chama de um jeito) de pediatria la. Alem disso, passou umas semanas em um service da neuro la em Minessota. Dai, alem de querer fazer a residencia aqui, ele conseguiu 3 cartas de recomendacao: 2 neurologistas e 1 neuropediatra.

2.       Provas dos steps- quando voltou ao Brasil, jah definido que queria fazer a residencia nos EUA, ele comecou a estudar para o step 1 em set/2009, se formou em dezembro e fez a prova do step 1 em jan/2009. Em marco ele fez o step 2 (o CK) e em julho o step 2-pratico (o CS), que eh feito nos EUA. PS: nao eh necessario finalizar o curso de medicina para comecar a fazer as provas.

2.1- a burocracia: ate voce se inscrever no ecfmg, conseguir todos os papeis, as traduces, etc pode demorar. No caso do meu marido demorou bastante. Eu acho que uns 4 meses ate ele receber o ok para fazer os steps.

3.       As entrevistas- depois dos resultados das provas, ele pesquisou na internet todos os servicos de neuro. Separou os que ele mais se interessou e fez a inscricao. Ele foi chamado para as entrevistas e passou 1 mes aqui para ser entrevistado (isso foi em dez/2009).

4.       Resultado- o match saiu em mar/10 e ele conseguiu a vaga na UAB (aqui o sistema de residencia eh um so e cada candidato so passa em um unico hospital)

5.       A papelada- Depois foi corer atras da carta do ministro da saude, tirar o visto, vender nossas coisas e mudar.

Quer saber mais sobre como ser médico aqui nos EUA? Acesse mediconoseua.com 

Observacoes:

Mestrado- Quando acabou a faculdade, meu marido comecou o mestrado no Brasil o que ajuda a fazer curriculo.

Dinheiro gasto- Comentei aqui qual foi nosso investimento para embarcar nessa viagem e comentei aqui sobre o salario do residente
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9 comentários:

  1. É, foi uma batalha bem grande mesmo, mas tenho certeza que ele deve estar feliz por ter passado por tudo isso. Além de enriquecer profissionalmente, a experiência em outro país enriquece o pessoal.

    Vc faz o quê?

    Kisu!

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  2. Ele está feliz porque está acabando! Faltam menos de 2 meses :). Mas ele gostou muito do Programa e se sente confortável e confiante para virar médico de verdade. Morar nos EUA é bom e ruim, ele gosta bastante, eu nem tanto.
    Eu sou formada em psicologia no Brasil e aqui trabalho como pesquisadora assistente na área de saúde pública.

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  3. Lorna, só para registrar que gosto muito do seu blog e vira e mexe volto aqui para pesquisar alguma coisa. O meu namorado está estudando para o Step 1 e fico aqui, só torcendo porque não sou da área médica e não tem muito o que fazer.

    Também tenho um blog onde estou começando a falar sobre o nosso processo e espero poder ajudar tantas pessoas quanto o Aventuras na Magic City!

    Beijos!

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    1. Juliana, obrigada! Entrei rapidinho no seu blog, vi o post que você falava um pouco do lugar que gostaria de morar. Assim que finalizar a mudança e voltar a ter uma vida "normal" entro lá com mais calma. Boa sorte para seu namorado!

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  4. Lorna, como vc disse, este foi o caminho do seu marido e não é o único. O do meu marido foi em parte bem diferente, porque já era formado há mais de 15 anos com residência e pós graduação no Brasil.Em parte, bem parecido - as provas, as entrevistas e principalmente a burocracia. Até o momento esta foi pra nós a parte mais difícil e mais chata de todo o processo. A burocracia do ECFMG é só o começo. Tem papelada pra tudo. Estamos apenas no início do nosso caminho, espero muito que valha a pena pra gente. Você foi uma das minhas "fontes" e inspiração antes de vir pra cá. Desejo muito sucesso pra vcs!

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  5. Lorna, nessa época da eleição teve toda uma discussão em relação ao diploma do médico que ia passar a ser de bacharel. Eu fui conferir e em várias faculdades, inclusive a minha, o diploma sempre foi de bacharel em medicina. Você sabe dizer se o diploma do seu marido saiu como médico ou como bacharel? E se o diploma de bacharel realmente influência em poder ou não fazer residencia nos EUA.

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    1. POis é, eu não tenho informação concreta sobre o assunto, mas acho que nada vai mudar, já que eles usam a tradução do histórico para saber a carga horária e matérias estudadas. Talvez seja só uma questão de nomenclatura mesma.

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  6. Olá, Lorna! Sou uma estudante do 4º ano de medicina e lhe parabenizo pela iniciativa do blog, tem ajudado e inspirado muita gente! Pra mim é muito gratificante e encorajador ver um brasileiro sendo tão bem-sucedido na medicina no exterior, especialmente sendo do nordeste, próximo à minha realidade (sou da PB) - por isso, deixo também meus parabéns ao seu marido.
    Gostaria de perguntar sobre o intercâmbio que ele fez durante a graduação, pois como sou estudante, isso me chamou mais a atenção. Sabe dizer qual o nome do programa/parceria que permitiu esse estágio? Ele conseguiu algum tipo de bolsa para se manter durante os 6 meses nos EUA, ou pagou do próprio bolso? Além disso, ele planejou fazer o rodízio de pediatria nos EUA, ou foi algo que ele tentou uma vez que já estava lá?
    Ficarei muito grata pelas respostas que puder me dar!

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    1. O programa foi uma parceria Fibs/capes...na verdade, não temos certeza do nome. Esse programa dava uma bolsa, uma bolsa bem pequena, mas foi suficiente para ele se manter. Daí, quando ele conseguiu o professor-mentor nos eua e sabia onde iria ficar, conversou com ele e o professor falou com uma amiga e ele conseguiu fazer pediatria. Ele ajeitou tudo antes de vir para o intercâmbio. Conversou também com a coordenadora de pediatria do curso no Brasil para entender o que precisaria fazer.

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