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27/02/2011

Sobre pessoas sem noção

No Brasil é comum a gente ouvir que opinião é pessoal e por isso, cada uma tem a sua, mas o que esquecem de dizer para a galera é que, embora você tenha sua `própria opinião` (se é sua, é própria né? rs) você não precisa sair por aí falando dela o tempo todo. Sim, porque as vezes o outro tá ali falando algo pra você, ele não quer sua opinião, só quer alguém que ouça, mas vem você, com seu pré-conceito e cospe uma opinião que nem foi pedida nem nada. Ah, gente assim me irrita, talvez por eu ser psicóloga e ter sido treinada para ouvir, mas acho mesmo que eu sou é uma pessoa "humana", legal e sigo a máxima brasileira que "temos 2 ouvidos e uma boca". A verdade é que fui educada para tentar entender as coisas e não sair julgando a partir do meu ponto de vista. Sim, porque eu já estou `velha` para acreditar que existe uma verdade absoluta, agora sei que existem "diferentes vistas de um mesmo ponto". Infelizmente, sou muito educadinha, cheia de dedos e penso bastante para não magoar o outro, mas comecei um auto-treinamento para desenvolver mais habilidades nessa área. Porque se uma pessoa dá a opinião, eu também tenho o direito de responder com muita habilidade social e uma pitada de ironia, né não?

Coisa pior é você ouvir "verdades" que não te interessam ou você já sabe e não quer comentar, do tipo "seu cabelo está feio", ou "você engordou", "sua sobrancelha está horrível" , com essas pequenas frases, você pode acabar com o dia de alguém. Claro, se você tiver a solução, aí tudo bem, tipo "você está levemente gordinha, mas há aqui essa pílula natural quem vem lá do Pará, você toma uma e queima 5 quilos de gordura". Ter uma opinião sobre algo, um pré-conceito é normal, faz parte da evolução humana e é necessária, mas viver em sociedade é isso, você aprende que não pode sair por aí falando o que der na telha, porque além de você e o mundo, há outras pessoas. Minha mãe me educou assim, você só fala se tem algo à acrescentar, mesmo dsicordando do assunto. Claro, não precisa ser hipócrita ou sair por aí inventando elogios, mas pra quê cargas d'água você vai falar pra sua amiga numa festa que ela está vestindo uma roupa horrível, que marca todas as bainhas? Vai adiantar de quê? De nada...claro que se vocês estivessem em casa, poderia sugerir um cardigan fininho para colocar por cima, enfim, mas lá no meio da festa, se você falar o que acha, só vai deixar a moça triste e insegura  ou P. da vida e vai causar uma briga.

Meu marido diz que eu falo muito as coisas e que escrever no blog abre margem para as pessoas falarem mesmo (ele é extremamente reservado, nem a mãe dele sabe de alguns projetos e isso pra mim é muito estranho, minha mãe sabe de tudo e as pessoas ao meu redor sabem de muita coisa), mas eu gosto de falar, de divulgar as coisas e gosto de saber o que as  pessoas acham (principalmente agora que vivo praticamente enclausurada), mas não gosto de opinião tipo "espírito de porco" e só. Será que vou ter de ficar calada só pra não ouvir críticas destrutivas (porque as construtivas são bem vindas)?! Não, vou acrescentar outra resolução na minha lista de ano novo, se alguém falar algo, vai ouvir e vai ouvir mesmo, porque quando eu sou ruim, eu sou péssima (muhahahaha). E tenho dito!

Uma coisa que aqui é muito melhor, americano é extremamente educado, eles perguntam sobre você, mas não saem falando grosserias, eu adoro!!!

Aniversário de 1 ano nos EUA.

Ontem foi o aniversário de uma bebê linda de viver. Digo bebê ainda, pois ela só será uma toddler* de fato e de direito dia 11 de março. A comemoração teve que ser alguns dias antes pois a vovó estava por aqui. Sofia é uma criança linda, é muito bom poder fazer parte dessa festinha e da vida dessa gordinha. Quando conheci a família dela, ela só tinha 4 meses e era muito assustadinha e agora está andando por aí, aprendendo a dar beijos, faz "high five" , enfim, uma fofura. (Quem tem meu facebook já conhece essa pequena linda e pode ver as fotos da festinha)

Ajudei um pouquinho na arrumação das coisas e na "enrolação" dos docinhos. Tinha tanta comida, tanta comida. Foi super legal, conhecemos algumas pessoas, conversamos e eu só comi 2 brigadeiros (nem eu acreditei, estou de parabéns), mas a sensação mesmo, foi uma espécie de sorvete de cupuaçu feito pela vó da Sofia, gente que negócio gostoso!

Por aqui, a tradição é fazer o aniversário em casa mesmo, manda-se o convite com uma boa antecedência dizendo a hora que começa e a hora que acaba a festa (como Sofia é metade brasileira, no convite só tinha a hora do início mesmo). Prepara-se um lugar para as crianças brincarem, no caso, como a primavera já chegou por aqui, Renata (mãe da Sofia) ajeitou um espaço kids no quintal, ela já tem um parquinho com balanços e afins, colocou a casinha da Sofia com um tapetinho de PVC e muitas mesinhas e cadeirinhas. Só sei que os pequenos só queriam ficar lá. Aqui você não pode deixar seu filho brincando e sair, mesmo que ele seja maiorzinho, tem de ficar por lá, vigiando. As mães costumam comprar painéis, enfeite para o bolo e fazem tudo da festa em casa mesmo. Veio muita coisa, muita forminha lá do Brasil para a festinha da Sofia. As coisas aqui não são tão bonitinhas quanto estamos acostumados, mas fica bom mesmo assim.

A idéia é deixar tudo a mão das mães e das crianças. Quando você chega já vê o gelo, refrigerante (aqui o refrigerante sempre é servido quente e você tem de colocar gelo), caixinhas de suco e água, além da comida. Tudo isso porque não tem garçom para servir e os pais não podem ficar servindo os convidados (não dá tempo pra socializar, tirar fotos, ficar com as crianças e ainda servir a galera). No parabéns, cantamos a versão em inglês que aqui não é acompanhada pelas palmas e depois cantamos o nosso parabéns, com as palmas tradicionais. Deu pra ver a diferença dos 2 estilos de parabéns e o nosso é muito mais alegre, mais brasileiro mesmo.

Aqui nos EUA, no primeiro aninho, há uma tradição que a aniversariante ganha um mini bolo, todo decoradinho, inteiramente para ela. Aí, coloca-se ela sentada na cadeirinha de comer, na frente de todo mundo, e ela fica lá comendo, enquanto os convidados (nós, os abestalhados), fazem vídeos, tiram foto e dão risada da criança se sujando e comendo o bolinho. Depois, é hora de abrir os presentes, aí sim, a pequena aniversariante se soltou, mexeu em tudo, brincou, experimentou, "falou". Em relação aos presentes, não é comum perguntar aos pais o que eles querem, é meio falta de educação da parte dos pais dizer, mas como eu sou brasileira, perguntei e dei o que a mãe sugeriu. Isso porquê, a Sofia tem muita roupa, brinquedo (eu mesma já dei brinquedo pra ela) e eu não queria dar mais do mesmo. Depois da festança, os pais escrevem uma cartinha individual para todos os convidados agradecendo a presença e o presente. País educado esse né?

Ah, tinha foto da pequena espalha pela casa e uma grande, com moldura especial para a gente escrever um recadinho. Tinha também as lembrancinhas, cada criança recebeu uma caixinha personalizada cheia de bugingangas que crianças adoram.

 * Aqui nos EUA, a criança é um newborn (recém-nascido) até 28 dias após seu nascimento, depois ele é chamado de baby e continua assim até 1 ano. De 1 ano até os 3 a criança passa a ser um toddler (tradução livre: aquele que dá passos vacilantes, passos hesitantes) e só depois dessa idade que passa a ser chamada de child (criança).

I hate cooking but yes, I can cook.

Engraçado que nessa busca por uma casinha para alugar, os corretores sempre falam da cozinha espaçosa (e aqui você entende que tudo nessa vida é relativo, espaço pra eles é falta de espaço pra mim) e me perguntam se eu gosto de cozinhar. Minha resposta é "Not really", mas o marido diz logo que gosta (claro que ele gosta, eu preparo os recheios, pico os legumes, lavo...assim até eu posso dizer que gosto de cozinhar! Mentira, não gosto de jeito nenhum). Ele até gosta mesmo, mas não tem tempo e eu tenho tempo e detesto. Marido é do tipo que para em qualquer loja para ver as novidades de cozinha, navega pela internet em busca de receitinhas, compra suas ferramentas e ai de mim se usar a faca dele :).

Eu não gosto de cozinhar, detesto, odeio, acho um porre, protelo o máximo e as vezes acabo saindo pra comer fora mesmo (o que aqui nem sempre é saudável), mas aprendi que esse negócio de cozinhar com amor pra ficar bom é a mais pura baboseira. Acho que inventaram isso pra mulheres modernas (como eu!) se sentirem culpadas por terem pavor a esse trabalho tipicamente feminino (mas graças a Deus, as coisas mudam). Eu cozinho e fica bom. Comida do dia a dia é aquela coisa básica de arroz, salada, carne, nada demais, mas a gente não tem passado fome e posso garantir que de amor não vai nem uma pitada. Cozinhar (basicamente falando, nada de comidas `chiuques`) é questão de proporção de ingredientes e não tem nada a ver com amor. Lembro que quando namorava o Leo fiz um filé à francesa pra ele, que ficou ótimo, mas o arroz estava péssimo, esqueci o sal, "ficou foi ruim" e na situação eu estava cheia de amor (claro, cozinhar de vez em quando, sem obrigação é bom) e não adiantou de nada e porquê? Simplesmente porque errei na proporção. Claro, arroz já não é algo assim muito bom, sem sal então, fica péssimo.

Olhem aí como ando perdendo meu tempo na cozinha...

Muffin de cenoura- versão minha dessa receita


Almoço de domingo: costela ao molho barbecue, salada de batatas (prato tipicamente americano) e arroz (porque somos brasileiros). PS: esse arroz foi feito naquela panela e o arroz americano fica sempre grudadinho,

Panqueca  de carne, purê, verdurinhas ao vapor e arroz soltinho feito por mim no prato de peão do marido (só coube uma panqueca por vez).



Ah, já falei sobre meu "amor" em cozinhar aqui, aqui, aqui e aqui. Pra quem não gosta de cozinhar e faz tudo com rapidez e sem amor, tá bom né?

25/02/2011

Em busca de casa para alugar...

Ainda no Brasil, alugamos esse apartamento que moramos. Tivemos que fazer isso, pois B'ham é uma cidade praticamente habitada por estudantes, então quando chega final de fevereiro, as buscas por lugares se intensificam e se você demorar muito, só fica com o resto (foi o nosso caso). Para alugarmos o apartamento, a universidade dá o nome de alguns corretores, para ajudar na busca. Bom, não precisa dizer que alugar algo sem referência do que é bom, é péssimo, mas foi assim. Escolhemos aqui, porque achei parecido com um castelinho, tem máquina de lavar dentro da unidade (já pensou ter de levar as roupas na lavanderia, esperar lavar, depois esperar secar, dobrar tudoe  voltar pra casa?) e conseguimos um desconto de mais de $100.00. Nas fotos, tudo bonitinho e pessoalmente também. O staff daqui também é bom, eles resolvem qualquer probleminha (apesar da mudança da administração, que antes era ótima e agora, nem tanto). O nosso problema, no entanto, é a vizinhança (que já falei mil vezes), volta e meia tem carro de policia, tem festinhas pela madrugada afora. Infelizmente não podemos cancelar esse contrato, mas já começamos as buscas para o próximo lugar.

Decidimos que não queremos morar em apartamento, só em casa ou townhome e começamos a procura. O mercado de aluguel aqui está super aquecido. Devido a crise recente, muita gente teve que vender suas casas (ou o banco tomou) e está tendo que alugar. Regra básica do capitalismo: aumenta a procura, aumenta o preço, resultado, está quase impossível encontrar algo na nossa faixa de preço, com tudo que a  gente quer. Fora que só iremos alugar em maio e quando encontramos algo, ninguém vai guardar até lá. Por outro lado, as casas estão sendo vendidas a preços super baixos, tem rua que a gente encontra 5 casas pra vender, está um festival de vendas de casa, mas infelizmente, a gente ainda não tem crédito nem para pensar em comprar. Estamos nessa batalha de procurar um cantinho melhor. Encontramos uma townhouse que tem paredes desenvolvidas para isolar o som, com camada de concreto (coisa rara por aqui), quem sabe ela não estará vaga na última semana de maio...

23/02/2011

Esses dias estava lendo em algum lugar que quando você casa tem que escolher direito o lado da cama, tinha mil dicas pra isso acontecer, toda uma ciência pra algo relativamente simples (simples pra mim, veja bem), mas que pode fazer diferença a longo prazo, já pensou se você fica com um lado ruim e depois o outro não quer mais trocar...risos. Bom, eu gosto de ficar o mais longe da porta e essa é sempre a minha preferência, mas eu vivo mudando de lado, durmo de ponta-cabeça, troco de lado e quando durmo só, prefiro dormir perto da porta. Leo é super tranquilo e ele dorme de qualquer jeito basta ter coberta limpa e sono. Eu acho isso estranho, escolher um lugar na cama e ficar por lá pra sempre. Pra sempre é tempo demais e eu não gosto da impossibilidade de mudança (mesmo que não mude, gosto de ter a opção).

Outra coisa que li esses dias é relativo ao conceito de combinação dos homens, digo a falta de conceito. Sim, sei que hoje em dia é moderno combinar listras com flores e laranja com amarelo, mas essas combinações exigem um entendimento ampla do mundo fashion e uma certa postura diferenciada, coisa que a maioria dos mortais não tem, então a gente tende a se vestir mais básico, com combinações mais previsíveis. Homem tem uma dificuldade para entender essas coisas de combinação de cores e estampas, sem falar do tipo de sapato. Engraçado é ver as crianças aqui, dá pra saber de longe se foi o pai ou a mãe que arrumou a cria (aqui nos EUA o pai participa bastante da criação, muito melhor que no Brasil). E taí uma coisa que marido melhorou horrores comigo, modesta parte. Antes era cada combinação maluca, sem falar nas estampas de shorts e afins e tamanho grande das roupas. Mas hoje, ele já entende melhor a lógica da combinação (ou seria a minha lógica?). Leo é um ótimo companheiro de compras, ele tem um olho bom para encontrar roupas que combinem comigo e tenho que admitir, as combinações gravata/camisa social e calça/meia são excelentes e muitas vezes modernas (essa é a farda de todo dia), com direito a camisas com cores/estampas modernas, mas sem perder a formalidade que seu trabalho exige.

Mas comprar maquiagem com ele é uma negação (também já seria exigir demais, né?). Dias desses eu estava escolhendo uma cor de base e perguntei qual era a cor da minha pele. Ele ficou me olhando, pensando e disse "Seu rosto tem um monte de cor, perto do nariz é vermelho, na testa é mais escuro que nas bochechas...", não aguente e ri muito, mas ele tá certo. Dias depois de comprar essa base, a gente saiu e eu estava usando maquiagem, quando cheguei em casa, lavei o rosto e marido perguntou que espinha era aquela no meu rosto e como ele não tinha visto se a gente tinha passado o dia juntos. Eu respondi que estava com maquiagem: corretivo, base, pó e todo arsenal e ele "menina, não é que esse negócio de maquiagem é bom mesmo!". Isso vindo de uma pessoa que chama loiro de cabelo amarelo, ruivo  de cabelo vermelho e moreno de cabelo marrrom, tá bom né?

21/02/2011

Sobre seguro de carro e apartamento

Faz uma semana que renovamos nosso segura e esse tempinho de EUA ensinou algumas coisas pra gente. Bom, o seguro do carro é feito pela internet, claro que existe a loja física e você pode ir até lá se quiser, mas pela internet é mais prático. Qualquer dúvida é só ligar para a empresa e pronto. Aqui, o carro só sai da concessionário com o seguro. Nosso seguro era o básico, mas aprendemos (a duras penas, já que a moça barbeira que carimbou nosso carro ainda não pagou e o conserto de um amassado ridículo sai a $1000.00) que é melhor pagar mais de seguro e ficar mais protegido. Nosso seguro agora cobre tudo, tá bombando! Isso significa que o preço que pagamos dobrou, mas tudo bem, faz parte. Há infinitas empresas de seguro aqui, a gente pesquisou na internet e com os amigos e escolhemos uma que não é a mais barata, mas resolve a situação.

Uma coisa essencial de se ter aqui nos EUA é seguro para as suas coisas. Vou explicar, quando você aluga um apartamento ou casa, o proprietário tem seguro, mas o seguro dele é pras coisas dele (claro!), ou seja, pra propriedade mesmo, mas as suas coisas, se queimarem ou sei lá o quê, já era! Não sabia disso e nunca vi essa informação pelos blogs afora. Como aqui as casas/apartamentos são feitos de madeira (pode pegar fogo e espalhar em segundos) e como tem sempre uma possibilidade de tornado, é importante ter suas coisas seguradas. Fizemos um seguro desses e o mais engraçado é que nosso seguro é maior do que o valor das coisas que a gente tem (nossa casa é de estudante, não tem nada dentro, mas isso vai acabar no meio do ano). Fazer o seguro da casa e do carro na mesma empresa, gera um "desconthenho".

19/02/2011

Vida de residente nos EUA

Vou fazer uma série de posts sobre residência médica nos EUA, pois esse tema bombou e tenho recebido várias visitas aqui no blog por causa disso.

Bom, a vida de residente aqui é bem puxada (mas no Brasil também!). Cada programa de residência tem suas regras e eu só posso falar do programa de Neurologia clínica da UAB, afinal vivo/moro/sou casada... com um residente de lá. Aqui são 4 anos de Neuro, sendo que no primeiro ano há 10 rodízios de clínica médica e só 2 de Neuro. Em clínica médica, o residente passa pela UTI, emergência, enfermaria, passa 1 mês trabalhando toda noite de domingo a quinta (onde o marido está). E é assim, depois que ele recebeu a confirmação que passou na UAB, o residente chefe entra em contato e pede para ele preencher as preferências dos rodizio, data das férias e aí, o residente chefe (em clínica médica são 4) faz a escala tentando agradar todos os 160 residentes (só 6 são de neuro).

Em teoria (está escrito no contrato) trabalha-se 80hs/semana, mas na prática pode variar pra mais ou menos. As folgas dependem do rodízio e do seu residente, na maioria dos rodízios, são 4 folgas que você junto com o residente e os outros internos dividem, embora, se o residente for gente boa e o andamento das coisas estiver bem, ele pode ajeitar e dar mais uma folga. Tem rodízio que você folga um final de semana a cada 2 semanas, tem rodízio que você folga sexta, sábado e domingo de dia (esse que o marido está e na verdade os dias de folga são dias para dormir), "vareia".


Aqui o R1 (residente do primeiro ano) é chamado de interno (PGY1) e há sempre um residente (que é no mínimo R2, PGY2 aqui) que te ajuda, discute os casos. Além disto tem o attending que é o preceptor. Num rodízio o número de médicos -  seja ele interno, residente, attending e até estudantes de medicina de terceiro e quarto ano - varia de acordo com o tamanho da enfermaria, número de pacientes..

A quantidade de plantão também varia de acordo com o rodízio pode ser a cada 4 dias, a cada 5 dias, pode ser short-short call (que é até as 14hs) pode ser short call (até as 20hs) ou long call (que dura umas 30hs).  Claro que até hoje Leo (e imagino que nenhum médico) conseguiu sair exatamente no horário devido, pois sempre tem uma coisa a mais pra ser feita.

Quer saber mais sobre como ser médico aqui nos EUA? Acesse mediconoseua.com 



Ps: Pessoal, pode mandar perguntas e emails que respondo numa boa. Peço que antes, leiam os comentários dos posts sobre o tema, pois ando recebendo perguntas que já estão no blog. Eu escrevi mais alguns posts sobre residência médica nos EUA, procura nos marcadores ao lado. Se continuar com dúvida, pode entrar em contato J
 

17/02/2011

Sobre nome e Sobrenome

Sempre tive problemas para fazer as pessoas entenderem meu nome. Tá, ele é bem incomum no Brasil e raramente as pessoas entendiam de primeira, sempre tinha que repetir e mesmo assim já ouvi muita coisa como Lorena (o mais comum), Norma, Norla, Lorda, Verena (não sei explicar a semelhaça), Lora, Laura, mas o melhor foi uma pessoa que entendeu Morna (acreditem, nesse dia eu ri muito, Morna?!). Antes eu me irritava e até soletrava depois comecei a achar graça, afinal Lorna foi a princesa de Atlântida e eu tenho um nome praticamente exclusivo (no Brasil). Chegou ao ponto de eu brincar com minhas amigas e namorado (que virou marido) se a pessoas iria acertar meu nome.

Aqui nos EUA meu nome é comum (é nome de biscoito, nome de rua, condomínio, centro de lojas e a lista é grande), mas eu ainda não acertei a forma de falar e normalmente eles não entendem direito. O mais interessante é que eu sou Mrs. Almeida (sobrenome do marido), mesmo não tendo mudado o meu nome, aqui (no sul dos EUA, pelo menos) as esposas pegam o nome do marido (e como aqui a regra é ter 2 nomes e 1 sobrenome significa dizer que depois de casada a mulher só carrega o sobrenome do marido). Antes eu tentava explicar que eu sou Mrs. Gonçalves, mas cansei e agora sempre procuro pelo Almeida mesmo (aqui você procura seu nome pelo sobrenome) ou deixo as pessoas me chamarem assim.

O mais interessante tem sido a forma que o americano fala (ou tenta falar) o Almeida. Olhem a lista das tentativas, às vezes não resisto e caio na gargalhada. Já ouvimos Ming (é chinês, japonês?), Bida, Almida (esse faz sentido quando alguém lê o nome), Almaida, Alamida, Almidha, Alamidha, La Midha, Menda e Minda, muito pior que as tentativas do meu nome no Brasil né?

15/02/2011

Mais diferenças

Quando você (brasileiro) quer colocar o número mil, o que você faz? Coloca 1.000 (tá, no dia a dia a gente não usa o ponto, mas essa maneira é a certa, né?). Se for dinheiro, coloca R$ 1.000,00 né mesmo? No inglês o ponto e a vírgula trocam de lugar, então fica 1,000 e $ 1,000.00. Em português é 5,38 e em inglês 5.38. Esses dias eu estava olhando a conta e fui transferir dinheiro para a poupança, estava meio desligada e acabei colocando como a gente faz no Brasil, quando olhei a última tela para confirmar a transação, percebi que ao invés dos $300.00 iria transferi $300,00.00 (claro que não iria conseguir, pois não tenho esse dinheirão todo).

Outra coisa que é diferente é o cheque. Aqui o cheque é bem menor e não tem canhoto e sim um papel mais fino atrás da folha do cheque que funciona como canhoto. Os cheques aqui são destacados na parte de cima (e não na lateral como é no Brasil). E para preencher tem algumas diferenças, como o centavo que não deve ser escrito e sim colocado em forma de fração ( 33 cents vita 33/100), deve-se sempre colocar para quem vai ser o cheque. Para saber mais cliquem nesse link, lá tem um cheque americano que você pode brincar de preencher :). Ah, aqui você não vai até o banco ou no caixa rápido (ATM) buscar folhas de cheque, você faz a solicitação do talão e o correio trás até sua casa uma caixinha com vários.

O Wells Fargo é o nosso banco aqui

14/02/2011

Happy Valentine's Day!!!

Hoje é comemorado o dia dos namorados aqui nos EUA. É um pouquinho diferente do Brasil, mas só um pouquinho. Aqui o cartão é peça fundamental, o foco maior são flores e chocolates. Claro que você presenteia com o que quiser, as lojas de jóias e roupas estão bombando de promoções, mas a tradição aqui está mais relacionada à flores, àqueles balões dizendo "I Love You", chocolate e cartão. Uma coisa interessante é que além do óbvio que é escolher seu paquera/namorado/marido para ser seu Valentine, você pode escolher um amigo. É uma data importante para dizer que você ama alguém, então as amigas trocam chocolate (eu ganhei uma caixinha em forma de coração de uma amiga, muito amor né?). Quer saber como começou essa história? Clica aqui. Tá tudo enfeitado com coração, cupido e muito vermelho. Mas o melhor é que eu ganhei flores e o melhor chocolate do mundo, do meu Valentine forever :).

Imagem: google

11/02/2011

Diferença...

...e eu prefiro o modelo americano, diga-se de passagem.

Nos EUA o anel de casamento (a nossa aliança) é diferente dos que a gente usa no Brasil. No Brasil a aliança da mulher é igual ao do homem, salvo algumas exeções, quando algumas mulheres colocam uma pedrinha para deixar o anel mais bonito. Aqui nos EUA, quando o homem vai pedir a mulher em casamento é um evento, ele planeja a surpresa,  um lugar especial, dia especial (tudo que a gente vê nos filmes) e compra um anel lindo, fica de joelhos e pede. Tá, admito que essa parte eu pularia, mas adoraria ter um anelzão no meu dedo. (Pausa para o comentário do marido: você sempre esquece a sua aliança pelos lugares, imagine a dor que seria perder um diamante por aí!- devo admitir que ele está coberto de razão, a aliança me dá muita agonia (assim como relógio, brinco) e eu acabo tirando e esquecendo aqui e ali).

Olhem as imagens abaixo e me digam se o modelo americano não é mais feminino e mais bonito. A aliança modelo brasileira é da Hstern (não sei o valor) e a americana da Macy's (custa a bagatela de $ 39,000.00).

08/02/2011

Validando o diploma nos EUA

Aqui nos EUA o processo é diferente que no Brasil. No Brasil a validação é feita por órgãos federais (as universidades), você entrega a papelada e a própria Universidade já diz se você precisa pegar alguma matéria, você pega as matérias e pronto, diploma validado.

Aqui a validação não é feita pelas universidades e sim por empresas como essa aqui. Você manda a papelada para eles, paga e eles dizem se você precisa pegar matérias ou não. Caso precise, eles mandam uma documentação e você vai na Universidade tentar pegar as matérias que faltam (e tem de pagar, claro). Tem matéria online, matéria presencial, muitas provas podem ser feitas pela net, em casa, mas sei que a carga de dever de casa é extremamente pesada nas universidades americanas. Depois da validação você precisa entrar em contato com o órgão que regula a sua profissão no estado e fazer provas e/ou pagar a taxa e pronta, já pode trabalhar (se seu visto permitir isso). Claro que esse processo pode durar 6 meses ou anos, depende de muita coisa.

Eu estava me preparando para revalidar o diploma, só esperando sair meu diploma do mestrado (porque no processo de validação você pode usar todos os diplomas de nível superior que fez no Brasil), mas conversei com uma psicóloga brasileira que mora aqui nos EUA há mais de 20 anos e ela me falou que não vale a pena a validação pra mim, o interessante seria eu entrar no doutorado (salientando que terei que refazer meu mestrado, o que eu fiz no Brasil não vale, mas o curso de doutorado aqui já é casadinho com o mestrado). Para tanto, preciso fazer duas provas o TOEFL e o GRE. A primeira é difícil e a segunda extremamente difícil (é o que todo mundo, inclusive americano me fala). Vou passar esse ano me preparando para essas duas provas, fazer aula e no final do ano, lá para outubro ou novembro, farei as provas. Outra coisa fundamental é que eu preciso de cartas de recomendação de professores americanos, ou seja, preciso fazer pesquisa com esse pessoal para poder ter uma chance por aqui, estou correndo atrás disso. Também preciso conseguir publicar em revista internacional meus artigos do mestrado para aumentar minhas chances. Mas o mais importante mesmo é que eu preciso desenvolver bem o meu inglês, afinal psicólogo da vida real fala com os clientes, familiares, precisa discutir os casos com os professores em inglês, claro. Esse é meu primeiro objetivo aqui, falar inglês científico bem. Vou me programar para fazer as provas no final do ano e tentar aplicar para minhas únicas 2 possibilidades (porque ficam relativamente perto de casa) em dezembro e quem sabe em 2012 já serei doutoranda da Universidade do Alabama...

UPDATE: quer saber mais, clica aqui

07/02/2011

Como fazer residência médica nos EUA


Eu e Leo começamos a pensar/planejar nossa mudança para os EUA m 2006 e só em 2010 a mudança realmente aconteceu (claro, ele precisava se formar em medicina para depois começar a residência). Para poder concorrer, o médico (ou estudante de medicina, porque você já pode fazer as provas antes de finalizar a faculdade) terá de fazer algumas provas, os steps, e tirar notas boas para se tornar competitivo para concorrer de igual para igual.

O step 1 está mais relacionado a bioquímica,anatomia, fisiologia ou seja, começo do curso e esse Leo penou mais para relembrar. A primeira parte do step 2 é mais tranquila, é a parte clínica, medicina mesmo (se é que eu posso falar asssim), a segunda parte do step 2 é uma prova prática, o candidato atende 15 pacientes (na verdade são atores) e tem de escrever no prontuário, apontar o diagnóstico, enfim. Há também o step 3 (que Leo ainda não fez, já compramos o livro e ele tem até o meio do ano para fazer a prova), que são rotinas médicas. O legal de deixar essa prova para fazer esse ano é que Leo já sabe muitas rotinas na prática, mas ter esse step concluído conta ponta para entrar na residência também.

Esses testes servem como uma validação do diploma. Todo médico que conheço no Brasil disse que era super difícil passar na residência aqui, mas eu estudei com Leo e não achei nenhum bicho de sete cabeças. Claro, tem que estudar bastante, mas acho o vestibular bem mais difícil. Leo esolheu o material da Kaplan para estudar para o step 1 e o UMSLE World para os steps 2 e 3. Ele comprou os livros, banco de questões digitais e treinou muita coisa. Essa preparação de entender como é a prova foi fundamental, afinal essas provas levam 8hs, em um dia, de vez, e o candidato deve aprender o máximo de macetes sobre elas, pois segundo Leo, depois de 5hs, você já está tão cansado que fica difícil até de entender as questões.

O que eu achei complicado foi a parte burocrática, a UFBA perdia a documentação, não enviava e isso sim foi uma dor de cabeça e agonia. Fora isso, é fundamental que o candidato passe antes uma temporada aqui nos EUA, com professores daqui, pois ele vai precisar de cartas de recomendação e as cartas de professores do Brasil não têm muita validade por aqui. Leo veio em 2008- quando era  estudante, a UFBA abriu um programa com universidades americanas e ele foi selecionado- passou um semestre na LSU, fez pesquisa e conseguiu as cartas de recomendação de professores na área de neurologia (outro fator importante é que as cartas de recomendações sejam de professores da sua área de escolha).

Depois, com a tradução dos documentos, com a nota das provas, com as cartas de recomendação, ele aplicou para algumas universidades, foi chamado para 3 entrevistas (ele aplicou para 20 lugares, o que é considerado um número muito baixo por aqui). Leo passou 1 mês aqui indo para as entrevistas nas 3 universidades. Uma professora sugeriu que uma segunda visita seria muito bom pra quem é estrangeiro, pois mostra interesse e ele voltou (agora comigo) para essa segunda visita. Depois, o candidato tem de ranquear (essa palavra não existe né?) as universidades e as universidades também fazem o mesmo com os candidatos. Esses dados são cruzados e em março sai o resultado. Leo conseguiu a vaga no lugar favorito dele.

Tem muita burocracia envolvida, muitas taxas, provas, vistos diferentes (um pra fazer a prova o outro quando você passa), passagens, transporte, hotel. Além disto, quando você muda, precisa ter o dinheiro do primeiro mês, fora que se morar em cidade pequena, tem de comprar carro. Nossos gastos giraram em torno de R$ 45.000,00, isso mesmo, e o melhor é saber que cada centavo desse montante foi fruto do nosso suor. Claro que esse valor varia, depende do tamanho da família e de como o processo corra. No caso de Leo, ele teve que pagar algumas coisas duas ou três vezes, pois faltava uma assinatura da UFBA e isso foi encarecendo um pouco mais.


Foi uma jornada bem estressante principalmente porque os documentos demoravam para chegar, chegavam com 1 ou 2 dias antes do prazo final. A gente só conseguiu tirar o visto duas semanas antes da viagem, e o meu passaporte ficou perdido pelo consulado de Recife só chegou 2 ou 3 dias antes da viagem. Desespero total!!!! Agora cá estamos tentando sobreviver a esse primeiro ano de residência...


Quer saber mais sobre como ser médico aqui nos EUA? Acesse mediconoseua.com 

Imagem: google

UPDATE: Mais informações sobre a residência médica no site ECFMG  e para saber se a sua universidade/faculdade está cadastrada no sistema americano e portanto se você poderá aplicar para residência médica nos EUA clica aqui.

UPDATE2: NÃO é necessário fazer o TOEFL para a residência médica aqui nos EUA nem nenhum outro tipo de prova para comprovar a proeficiência na língua. A parte prática do step 2 serve como forma deles testaram o inglês do candidato, bem como as entrevistas.

UPDATE3: Para conseguir fazer estágio aqui pode ser através da sua universidade (muitas universidades têm parceria com universidades estrangeiras, principalmente as Federais , além disso, podem oferecer bolsas e programas específicos), através de um professor (muitos professores conhecem professores daqui e eles fazem um acordo para receber o estudante ou médico como forma de estágio) e por sua conta. Você pode procurar nos sites http://www.usmletomd.com/tips4match/2007/09/hospitals-offering-clinical-electives.html, 
http://www.mededu.miami.edu/visitingstudents ou ainda colocar no google "externship" e o nome das universidades para ter mais informações ou "international medical students electives"

UPDATE4: Há uma comunidade no orkut que ajudou muito meu marido no processo até chegar a residência:  a USMLE- residencia EUA BRSugiro que você passe lá. Tem muita coisa, muita informação e é um bom começo.

UPDATE5: escrevi mais um pouquinho sobre o assunto aqui
UPDATE6: O Lucas Eduardo, leitor aqui do blog, encontrou uma página ótima com dicas http://usmlematch.com sobre o processo.  



Ps: Pessoal, pode mandar perguntas e emails que respondo numa boa. Peço que antes, leiam os comentários dos posts sobre o tema, pois ando recebendo perguntas que já estão no blog. Eu escrevi mais alguns posts sobre residência médica nos EUA, procura nos marcadores ao lado. Se continuar com dúvida, pode entrar em contato.
 


06/02/2011

Hoje minha irmãzinha faz níver. Parabéns Sanzinha, desejo um ano maravilhoso, cheio de boas conquistas. Que você ganhe muito juízo, amor, carinho, saúde e que Deus preserve sua beleza e inteligência :). Te amo irmã! Arruma um jeito de vir me visitar, aqui é meio que o fim do mundo, mas a gente acha muita coisa legal pra fazer.

04/02/2011

O que você faria...

... se começasse uma aula de jazzercise e não conseguisse seguir o ritmo, estivesse morrendo, coma língua pra fora e quando você olhasse para o lado teria velhinhas (e eu não tou dizendo coroa não, velhinha mesmo...), fazendo a aula até o fim, feliz e contente?

Fim do mundo...fim dos dias mesmo. Renata encontrou esse lugar pra gente fazer atividade física, ela tem um amigo que perdeu 10kg em 3 meses lá, vimos uma aula (todo mundo magra e com perninhas torneadas). No começo, vi muitas senhoras, achei que seria tranquilo, já que elas conseguem né? Pessoal, pense num negócio difícil, cansativo, "suativo". As músicas, aquelas comuns ritmadas que passam nas rádios, parecem que ficam 10 vezes maiores, porque as professoras não param de pular. Gente, tem uma velhinha corcunda e enferrujada dentro de mim e eu não sabia. Estou quebrada!!!! Eu tenho uma desculpa: estou resfriada e tem sido difícil respirar e fazer atividade física. Acho que em 3 meses estarei ótima e usando meus jeans! Já estou caminhando em uma das minhas resoluções de ano novo...

03/02/2011

Melhor chocolate ever!

Vejam se tem como não querer provar o melhor chocolate que eu já provei e aprovei (o melhor sabor é chocolate ao leite com recheio de caramelo, o da propaganda) depois de ver essa propaganda. Difícil mesmo é comer um só...por enquanto, eu prefiro nem comprar, já que agora a fase é mandar embora esses tecidos adiposos que insistem em se agarrar em mim. Mas as vezes, eu encontro uma mini barrinha com 3 quadradinhos e divido com o marido (2 pra mim e 1 pra ele, claro!)

01/02/2011

O que você faria...

Se estivesse resfriada (agora é época de resfriado aqui e eu fui logo presenteada), ou seja, corpo quebrado, cabeça doendo, garganta arranhando e nariz "entubido", estivesse tentando dormir, mas acordasse a cada 10 minutos para tentar achar uma posição melhor para conseguir respirar enquando dorme (lembrando que o tempo desse lado do mundo é seco, o que já dificulta por si só o simples respirar de cada segundo) e seu vizinho de baixo (nascido de chocadeira, certeza) estivesse fazendo uma festinha?

Eu estava tão cansada que continuei brigando com meu corpo para dormir...mas para minha surpresa, 4 AM, sim, sim, 4 horas da madruga o filho da P*** do vizinho, resolve ter uma briga com a mulher no estacionamento embaixo da minha janela. Sim, ele deve ter enchido o rabo de cachaça e deu nisso. Pense numa enxurrada de palavrão, inclusive ele mandou everybody para aquele lugar e como eu sou alguém e um alguém sensível levei para o lado pessoal :).O mais engraçado foi que o marido estava sonhando e acordou todo agitado, porque a briga do vizinho começou a fazer parte do sonho dele, tadinho!

Bom, sei que posso chamar a policia, mas eu sou boa praça e ainda terei que morar aqui por 5 meses, por enquanto, eu só escrevi uma queixa formal para a administração do condomínio, mas acho que não aguento muito mais. O mais legal é que quando acordamos de verdade, Leo ficou sapateando para acordá-los também. ô vida!