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06/05/2013

Dos caminhos profissionais

Não é segredo para ninguém que trabalho como pesquisadora assistente aqui nos EUA . Também já comentei que adoro minha chefe. Ela é uma profissional maravilhosa e um ser humano ainda melhor (não, ela não lê meu blog). Sabe aquela pessoa que confia no seu (no caso no meu) trabalho? Que pede sua opinião sobre coisas que ela sabe que você não sabe? Que ouve de verdade você? Fora que é uma excelente professora. Daí que uns meses atrás, submetemos um artigo que foi recusado (Kuén, mas super normal na área acadêmica, já fizemos umas correções e já foi aceito por outro journal) e do nada, a mesma revista me contactou para revisar um artigo. Para quem não é da área acadêmica preciso esclarecer que esse convite é algo de prestígio, mas não ganha dinheiro (minha irmã sempre pergunta isso).  Terei outra coisa para colocar no meu CV e algo bem importante principalmente porque essa revista é a primeirona na área (ponto de impacto bem alto). Isto significa que de alguma forma, os editores acham que eu sou capaz de revisar o trabalho de um colega (eu iria dar o parecer se o artigo deveria ou não ser publicado, junto com a opinião de outro revisor). Eu acho "chique" e fiquei feliz com o convite. Mas o tema não era assim exatamente na minha área e deu um medinho. Marido disse para eu aceitar e minha chefe disse que me ajudaria no trabalho.

http://www.nature.com/naturejobs/science/articles/10.1038/nj7289-800a


Com frio na barriga, eu disse sim. Daí que eu entendi que eles me enviariam uma cópia do artigo e estava tranquila, mas eu recebi foi um email lembrando que eu teria uma semana para finalizar a revisão. Ou seja, perdi 3 semanas esperando porque entendi errado. O artigo era sobre leis ligadas ao tabagismo. O palavreado era phoda porque né, muita palavra estranha na área jurídica. Eu trabalho na área de tabagismo, mas nunca me aprofundei sobre policy. Li tanto sobre o assunto porque queria ser justa no meu parecer. Minha chefe acabou não me ajudando devido a um problema de família e lá fui eu, na cara e na coragem (mentira, eu estudei muito para isso). Entreguei a revisão e hoje recebo um email com a revisão do outro editor e o parecer do artigo. Fiquei muito orgulhosa do meu trabalho, bem detalhado e muito bom!

Desse causo, eu aprendi que não devo odiar tanto os revisores, eles são gente como a gente. (Quem nunca odiou editor que atire o journal mais recente!).

E a vida danada me empurrar para o PhD e eu teimosa miro o PsyD. Contando os minutos para saber para qual lugar iremos mudar e começar todas as provas e aplicações para o doutorado. Falando nisso, marido tem 6 entrevistas agendadas (a primeiroa é amanhã e é a minha favorita, torçam por ele e por nós!!) e em todas essas cidades tem um PsyD próximo (só na Flórida que esse "próximo" significa 1 hora de estrada, mas marido disse que a gente moraria no meio do caminho, porque ele é ixxxperto e diante das opções voltar ao Brasil ou eu fazer o PsyD em um lugar distante, ele fica com a segunda sem nem piscar).

14 comentários:

  1. Parabens! E tao legal ver nosso esforco sendo reconhecido, voce vai longe menina! E ja estou aqui na torcida por voces, vai dar tudo certo.
    Beijinhos

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    1. Obrigada Monique, quando mais gente na corrente, melhor!

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    2. Estou na corrente tmb:)

      Não só para o lugar em que vão morar...mas para que neste lugar vc consiga fazer o seu PsyD!

      Bjs!!! :)

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  2. Ai que legal Lorna!!!! Tem mesmo que se orgulhar. Olha, eu admiro pessoas que tem essa inteligencia academica, vontade de se aprofundar na vida academica. EU nao tenho vontade alguma, porque sou muito preguicosa. Quando fiz meu TCC pro meu Bachelor's no Brasil jurei a mim mesma que nao iria fazer nem mestrado nem doutorado... foi tao trabalhoso, tive que fazer tudo sozinha. Consegui a nota maxima, ficou otimo, modestia a parte, mas soh de pensar na parte da pesquisa toda, outline, e colocar tudo em pratica... realmente 'e pra quem gosta e tem o dom, e voce tem essas duas caracteristicas, entao soh tenho a te dar forcas, e parabenizar pelas conquistas. Va em frente com seus objetivos. :)

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    1. Nani, eu gosto d e planejar e de colocar em prática o projeto, mas escrever os artigos, eu detesto! Por isso quero fazer o PsyD que é mais focado na clínica e eu sinto muita falta disso. Ainda bem que tem gente que tem juízo e não gosta da área acadêmica, precisamos de todo tipo de gente né?

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  3. Lorna, quando crescer quero ser inteligente assim que nem tu. kkkkkk Parabéns pelo esforço e boa sorte pro Leo/marido amanhã. :)

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  4. Uau, meus parabéns!! Quantas oportunidades vão se abrindo com o tempo. Boa sorte pro seu marido também! Tudo vai se encaminhando ;]

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    1. Sempre que eu vejo um comentário seu, logo penso que foi meu marido que escreveu. Obrigada!

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  5. Que chique, Lorna! Pode " se achar", mesmo! Parabéns.
    Seu marido é bem esperto; Happy wife=happy life! Rssss
    Não sabia que você ia embarcar ( ou pelo menos está considerando) no doutorado... Me explica uma coisa: Doutorado aqui nos EUA tem que pagar? ou você recebe salário? (pergunta tão básica que tenho até vergonha...)

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    1. Ele é esperto mesmo e também, tadinho, já cansou das minhas reclamações.
      Quanto ao doutorado, precisa pagar sim e muito. No entanto, se for um PhD tem bastante oportunidade de bolsa ou para ensinar (você não precisa pagar tuition e ainda ganha uns trocados), mas o que eu quero (PsyD) é mais clínico e não tem bolsa nenhuma...

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    2. Bom saber disso. Começarei meu "search" ( search mesmo, e não research) na internet pra ver algo a respeito. Porque afinal, minha vida mansa de inventar pratos na cozinha e fazer vestidinho estão com os dias contados... Não sei se choro ou se rio...
      Bjs e obrigada!
      Cris

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