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29/11/2014

Thanksgiving & Black Friday

Na quarta quinta-feira de novembro é celebrado o Thanksgiving por essas bandas. Esse ano foi a primeira vez dos 5 Thanksgiving que passamos aqui, que fomos convidados a passar a data com americanos. Fiquei tão feliz. Me senti tão acolhida. Enfim, a celebração consiste em chamar gente que você gosta e servir comidas típicas (e claro, dar graças pelo ano). Teve peru e cranberry (não gosto dessa mistura, fiquei só com o peru, que já nem é a minha carne favorita), teve sttufing (amo!), teve purê e gravy, teve green beens cassarole, vegetais e teve até arroz (aquele iraniano). Só não teve foto porque eu nunca tenho muito tempo para fotos aqui na Flórida. Aqui você está sempre conversando com alguém e esquece das fotos. Especialmente das fotos da comida. E de sobremesa rolou mil possibilidades, mas eu fiquei com a pecan pie (minha torta americana favorita) com chocolate amargo (que quebrou o doce da torta de pecan pie tradicional de forma maravilhosa) e uma torta de framboesa bem azedinha (adoro!). Infelizmente, tudo isso misturado é quase que uma bomba e a vontade é de voltar para casa e dormir por 10 horas seguidas para se recuperar. Mas a festa foi muito boa. Conversamos, rimos e agradecemos muito esse ano.
Imagem daqui


Em tempo: desde que mudamos, sempre aproveitamos a data para agradecer os bons momentos desse ano (e esse ano tem sido o melhor dos últimos 5, mas eu tenho a certeza que 2015 será ainda melhor), fazemos uma prece caprichada para proteger nossos familiares e amigos, nós mesmos e também uma prece especial para aqueles que não estão mais aqui.

Em relação ao Black Friday, muitas lojas começam as promoções no final de semana antes, acabei comprando alguns itens que estava precisando, online mesmo. Meu marido aproveita a data para comprar jogos de video-game e novos consoles. Nunca me meti nas filas gigantescas e só vejo confusão mesmo em alguns vídeos  na internet de gente se matando por um produto. Aqui e no Alabama, a coisa é arrumada. Por exemplo no walmart, como as lojas não fecham, as pessoas vão chegando umas 15h (O Black Friday começa às 17h de quinta) e fazem uma fila do lado do produto. Faltando meia hora, um funcionário da loja distribui senhas de cada produto e quando a pessoa pode comprar, todo mundo segue a ordem das senhas. Passamos umas 16h no walmart para comprar umas bandejas e tinham poucas pessoas ao lado dos produtos. Depois do jantar, meu marido me deixou em casa e foi comprar o vídeo game dele, ele disse que o walmart (lá tinha o melhor preço) estava cheio, mas não lotado. Ele inclusive nem pegou fila para pagar (isso foi umas 22h) e encontrou o produto fácil. Eu acho que TV e brinquedos devem dar mais confusão. Vi em um fórum online que as famílias americanas pensam em gastar entre $200 e $400 por filho (até 7 anos) no Natal, e minha nossa, fiquei chocada com esses valores. E a TV, realmente não tem como competir, uma TV de 50'' por $220+tax é realmente um bom preço.

18/11/2014

Diferenças culturais

1. Festinha na casa de uma colega do marido (ô pessoal animado!). Tem italiano, brasileiro, japonês...tem até americano! A dona da casa que é italiana, monta o karaokê e o conterrâneo dela fala alto e sem nenhum pudor:
- I liked your body (algo como "eu gostei do seu corpo"), ela olha e responde calmamente: - thanks.

Como os 2 eram italianos, eu pensei que ele estava falando sobre algo específico, porque assim, nada contra falar sobre o corpo alheio, mas naquela naturalidade, na frente de todo mundo, assim tão alto, acho que nem brasileiro faz assim. Achei que fosse um abajur todo diferente que estava atrás dela.

O restante dos presentes começou a se encarar, achando o comentário estranho, até que o japonês não se aguenta e pergunta "wait, whaaaat?". A italiana, que já mora aqui há mais tempo, se deu conta do mal entendido e explica que na Itália, body é usado para todo tipo de blusa. O italiano fica meio sem graça e diz que ele precisa lembrar desse detalhe para não repetir o erro por aí, especialmente com alguma paciente.

2. O encontro foi na casa da iraniana. Ela gosta de cozinhar (já falei que amo gente que gosta de cozinhar?) e faz um frango típico e delicioso! Quando ela traz o arroz, parece uma torta, ela serviu em uma travessa, tudo grudadinho e meio seco. Ele estava levemente queimado no fundo e tinha aquele pozinho amarelo (Esqueci o nome!) colorindo só o arroz do fundo. Eu achei diferente, mas ela estava super feliz servindo todo mundo (serve-se o arroz como se serve uma torta mesmo, com cortador de bolo e tudo). Até que a colega hispânica pergunta o nome do arroz e diz que na terra dela, o nome seria "arroz pegado". A iraniana explica que não, que assim que é servido o arroz no Irã. então tá bom. Era gostoso, só um pouco seco, como eu não gosto de arroz mesmo...

3. A iraniana recebe a ligação de um parente, quando termina o mexicano pergunta "que horas são lá na sua cidade?", a iraniana diz "se aqui são 3h, e lá são 3h e 20 min na frente, então lá são 6:20". O mexicano fala "como assim, 3:20 de diferença?! Isso tá errado, os horários mudam em hora, não pode ser 1h20min". Ela fala confusa "Claro que pode, quem disse que cada fuso precisa ser exatamente 1 hora?!". Óbvio que o google desempatou essa discussão e sim, aparentemente existem 3 cidades no mundo que o fuso é de 1h e 20 min. Você sabia disso? Eu não lembrava...